domingo, 27 de dezembro de 2020

sonhos


os sonhos são uma infantilidade qualquer, tudo lhes é desculpável
é principalmente por isso que gosto de os registar


deixo primeiríssima vez, repescado em blogue já bem antigo:

Sonhei com a mesma rua. O número sete era um portão, o único portão da rua. Entrei e vi muitos lances de escada descendentes. Desci o primeiro e alcancei o patamar, desci o segundo, que tinha escadas mais altas que o anterior e alcancei de novo o patamar, voltei a descer e as escadas eram ainda mais altas que as anteriores, dificultando bastante a minha descida. À medida que descia, as escadas eram mais altas e mais altas e mais altas... Até que cheguei ao fim. Aquele último degrau era altíssimo. Apercebi-me que tinha conseguido descer até ali mas não iria conseguir subir e voltar à rua. Foi essa a única vez que olhei para cima. Ao meu lado direito havia uma casa com uma família que convivia alegremente. Pareciam estar a tratar do almoço. Hoje a rua tinha fim mas, o sonho, sinto que não.
2 agosto 2008

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