segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Documento único (de nada, ora essa)

Primeiro
Bom dia. São onze e quatro. Ah...! Tanto tempo sem escrever coisinhas! Ah...! Que saudades de escrever. Ah...! Tanto tempo sem escrever, sem atualizar o blogue, mas, ah, esperem lá, eu afinal atualizei o blogue, pois foi, fiz-lhe assim como que uma divisão na vertical, vá, portanto agora tem uma barra na lateral direita onde já coloquei as minhas etiquetas e os meus arquivos. Tudo eu. Tudo meu. Tudo, tudo. Experimentei ainda colocar o meu perfil mas retirei-o logo por conta de a minha foto ser um bocado parva. Pode ser também falta de hábito, sei lá, não estou habituada a ver-me logo ali em cima, tipo a primeiríssima 'coisa' a ver-se, tão patxau, e ainda por cima numa foto um bocado parva. É do tempo em que criei este blogue, para aí de janeiro, na altura eu usava a máquina fotográfica não tão espetacular assim para fazer os filmes, acontece que essa máquina tira uma foto quando carrego no botão 'gravar', então, vai daí, a foto é de eu a ligar a máquina. Ó pá tóin xirú! Pois, não é nada xirú, qual quê. Então e escolhi-a porquê, não é. É. Escolhi-a porque na altura fez sentido esse clicar no botão, os meus filmes não continham cortes desnecessários porque eu não sabia mexer em nenhum editor. Então hoje em dia não faz sentido nenhum, não é. É. Então e porque é que eu não arranjo outra foto mais de acordo com os dias d' agora, não é. É. Porque ainda não me deu na cabeça fazer tal coisa. Falta a predisposição, a disposição, falta-me portanto tudo. Quero dizer: nem tudo, a cara está aqui.
Movimentação
Pois que me movimentei por casa durante todo o fim-de-semana. O quarto azul não tarda está pronto. Não ficará como inicialmente previsto, aquela situação de organizar os lugares dos roupeiros por modo a arranjar um triângulo onde encaixasse o camiseiro, pois que essa ideia perdi-a, foi melhor, aquilo não ficava nada bem. Aconteceu também desistir doutra ideia que me pareceu espetacular durante meses: a de colocar a máquina de costura de encontro ao parapeito da janela, a para com a secretária do computador, pois é, também não ficava bem, acabou por ficar ao lado do tal camiseiro, na parede que estava, afinal, vazia. Mas a secretária com o pêcê lá vai ficar, junto à luz. Só por dizer que às tantas...
Do filme
Um dia ouvi num filme qualquer alguém dizer que o ser humano tem uma compulsão por preencher espaços, daí o entusiasmo todo perante as palavras cruzadas. Então, quiçá debaixo dessa ideia, coloquei a caneta verde e o lápis verde na caixinha, por modo a preencher o espaço que o saquinho verde ocupou nos tempos áureos.
As horas que são
Meio-dia e cinquenta, vou almoçar não tarda. Gostava muito de comer perna de frango assada no forno, só que não sei, por não ser eu a fazer o meu almoço. A ver vou, então, não tarda nada.
Almoço
Pescada à espanhola, afinal, o meu almoço. O meu colega perguntou ao Zé como era a espanhola e eu, mesmo a conversa não sendo comigo, disse logo que a espanhola tinha as mamas grandes. A pescada estava boa, a espanhola é que não sei, que não cheguei a comê-la, tampouco lhe vi as mamas.
Lugar (que também pode ser) da musa
Há muitas pessoas que vêm aqui e que também iam (quem sabe ainda vão) ao lugar da musa do antigamente. Hoje lá estava um senhor muito bem-posto, um daqueles a quem nunca cognominei.
Chegou a septuagenária. Uma das, quero eu dizer.
A tábua, a forma e o plástico – como são?
A tábua
não é tábua, é um bocado de plástico rígido, decorado com desenhos de cores várias e mui alegres, contornos de objetos que habitam cozinhas: cafeteiras, colheres de pau, taças, espremedores de citrinos. Tudo no plural, que a dada altura há repetições. A tábua – que afinal é um plástico – tem um friso toda a volta em rosa-choque.
A forma
para pudim é a tal sem ondinhas, escolhi antes essa, quando não, com o uso, partículas de massa iriam ficando agarradas e vai que me dava nojo e coiso. É que é realmente difícil lavar formas deste género, sei do que falo, já uma vez joguei uma no lixo por causa do nojo.
O plástico
para pôr em cima do móvel da cozinha é tão bonito! Não é nada, é um simples plástico semi opaco, amarelo desmaiado e estanque. Eh pá, é um plástico e pronto. Não fica lá muito bem no móvel, gostava duma cor mais vistosa, mas acontece que não havia e havia, ah ah, isso sim, uma certa, para não dizer grande, pressa em cobrir a porra do móvel porquanto bátegas d' água caíam por sobre o dito de cada vez que se abastecia o depósito da máquina de café e qualquer dia tinha-o apodrecido.
Dourado
Uma das rodelas douradas da tal t-shirt que no outro dia tingi de bórdô, estava a soltar-se, já pendia por sobre si e tudo, puxei-a e pu-la junto às outras, aquelas que aguardam o clique fotográfico ao depois de, com as demais, eu construir uma flor por sobre um papel branco. Clique.
À despedida
Este escrever assim compactado já me deu um enorme prazer. Numa escala de zero a cem, deu-me cento e um em todas as vezes. Hoje não, hoje retirei para aí uns cinquenta e cinco de prazer desta apresentação. Note bem: apresentação.

2 comentários:

  1. Vim fazer uma visita e deliciar-me com tantos e tão belos momentos.
    É magnifica no seu deambular do dia a adia, dos episódios que nos passam, tantas vezes, despercebidos e a Gina, como uma máquina fotográfica, perdura o momento.
    Por vezes leio e sigo, mas hoje pela "compulsão por preencher espaços" lembro que um tal Will Shortz é que dizia:
    Como seres humanos, temos uma compulsão natural de preencher espaços vazios.
    Deixo um beijo de muita amizade.

    ResponderEliminar
  2. :)

    Então esse tal de Will Shortz, é capaz de ter sido lembrado no tal filme de que falo. :)

    E temos mesmo, essa compulsão pelo preenchimento de espaços vazios.

    Beijinhos, Manuel.

    ResponderEliminar