terça-feira, 29 de novembro de 2016

1 Primeiro
4 Depois
1 Entretanto

Primeiro pus-me a fazer uma contagem decrescente no lbogue... ai perdão, blogue. E eis que hoje faltam nove dias e eis que hoje faltam oito e sete e seis e vai que daqui a cinco dias acontece isto, isto dizia eu, e dizia que o decrescente era no sentido de brindar o povo que lê o blogue com a notícia de que sim, finalmente se haviam acendido as luzes de Natal em Lisboa!
Depois pus-me a fazer a minha Árvore. Enquanto andava à roda dela lembrei-me mais duma vez que devia mas era ter feito o decréscimo relativamente ao enfeitar da minha Árvore. Mas não.
Depois, como era sábado, ainda pensei, olha vou mas é tirar umas fotos enquanto passeio o cão (que isso de ver perspetivas bonitas e ter vontade de as captar são coisas que geralmente não me abandonam, o que acontece é que tenho tanta coisa para escrever e para falar que deixo as fotos para depois) e assim meto no blogue algumas, faço um montinho de posts e já não parece mal pôr o decréscimo sozinho e abandonado no blogue. É que pode às vezes quem sabe e tal (ausência de vírgulas propositada) os leitores repararem que a Gina não publicou o post 'Primeiro' e porem-se a pensar ah o que será que lhe aconteceu será que está tudo bem com ela (e aqui não me apeteceu também as vírgulas e tampouco os pontos de interrogação mas vai-me apetecer o ponto final já a seguir ao fecha-parêntesis). Portanto vai que lá pus eu as fotos no blogue e também o tal do decréscimo de dias.
Depois, à noitinha, visitei o estaminé. É um bocado aborrecido, principalmente para mim, pôr-me para aqui a explicar porque é que visitei o estaminé às onze e tal da noite dum sábado chuvoso. Portanto ficamos assim: eu, no sábado à noite, chovia pra caraças, fui forçada a visitar o estaminé por modo duns trâmites parvos à brava, e vi que as luzes de Natal se haviam acendido aqui assim por esta zona, embelezando-a. Ou então tornando-a luminosa, vá.
Depois aconteceu que o meu decréscimo esmoreceu completamente, não valeria a pena continuar, haviam acendido as luzes a vinte e seis de novembro e não a um de dezembro, como eu erradamente julgara. Tipo assim já não valer a pena pôr-me com contas e mais não sei o quê.
Entretanto junto a este post as luzes lindíssimas que puseram nas árvores da praça do Chile. Ou seja: noticio o facto. Parecem iluminados cachos de uvas, mas na verdade não têm nada a ver, é que nem as árvores da praça do Chile são videiras, quanto mais, e acresce que não sei de que espécie são. E fazem pisca-pisca, esses cachos que o não são.

Término

Já que estou numa de terminar, olha, cá vai mais uma:
Tal como previra num post para aí assim algures, no passado fim-de-semana terminei de ler o livro do momento 'Um quarto que não é seu', de Alicia Giménez Bartlett. Foi bom. Sério, gostei muito. À parte a minha questão parva com a leitura, gostei mesmo muito deste livro.
Ao longo da leitura construí alguns posts onde apontei as quatro vozes que o livro me parecia ter*, e tinha-as, e também apontei o quão duvidosa** estava acerca da veracidade dos factos, ou seja: se os trechos do tipo diarista eram efetivamente retirados dos diários da cozinheira de Virginia Woolf, Nelly Boxall, e/ou dos da própria Virginia Woolf, o que vim a esclarecer – eram. Portanto: este é um livro onde a autora, não só apresentou pedaços de diários, como romanceou a partir de factos daí retirados.
Muito bom, o livro. Gostei tanto. Já tinha dito, pois é. É para se perceber que gostei mesmo, não vá eu não estar a conseguir isso.



*O livro do momento 'Um quarto que não é seu', Alicia Giménez Bartlett' tem três vozes:
a da autora, escrita na primeira pessoa, descrevendo a saga em busca da verdadeira relação que existiu entre Virginia Woolf, a escritora, e Nelly Boxall, a sua cozinheira, apoiada nos diários de ambas
a da cozinheira, assim como que escrita à pressa e sem brio: ausência de vírgulas e pontuação mal-amanhada, os textos são escritos obviamente na primeira pessoa para vincar o registo diarista, escrito pobremente para parecer uma cozinheira que tem o gosto pelas memórias
a da autora, em modo romance, idealizando, julgo eu, a relação entre as duas criadas (há uma outra, Lottie) e os patrões, estes excertos têm as vírgulas todas, ah ah, e uma pontuação excecional, ah ah, é que nem eu fazia melhor, ah ah, contém inclusive diálogos mas sempre sob o ponto de vista das criadas, é portanto uma voz escrita na terceira pessoa
Estas são as vozes, portanto é um livro algo confuso, mas bom, muito bom. |23 setembro 2016|

**E já me ia esquecendo de referir que há uma quarta voz dentro do livro que ando a ler. Há dias fiz mal as contas. (...) A quarta voz é a da cozinheira Nelly Boxall, num registo pessoal mas escrito ô puã, o que contrasta vivamente com as partes que, supostamente, foram retiradas do seu diário, tal como está escrito. Supostamente, continuo sem saber se há algo de real no livro ou é todo ele ficção. |29 setembro 2016|

Amanhã

Amanhã acaba-se o novembro. «Tudo acaba, tudo acaba, ai filha, tudo acaba, vais ver que tudo acaba», é o que diz a minha mãe. Por mim acabava-se já hoje, que eu, a ser uma mulher verdadeiramente deprimida, amanhã não vinha trabalhar.

Pontuação amalucada

Tinha um plano para o ano que vem. Bom, não era bembembem um plano, era mais um desejo, uma ideia, ou assim, a de eliminar do blogue o 'não é. É.' e o 'está bem. Está.' Só por dizer que eliminei estas expressões há semanas. Ó pá, é que era uma canseira. Sério.
Não era?
É que nem ponto de interrogação eu punha, nem nada, com a mania que sou rebelde. Também deixei a gargalhada mal escrita, ah ah. Tudo em novembro, o mês que está para terminar não tarda.

Latim

Fui ver o latim. Não me escavaco toda para perceber estas deslocações constantes porque me é benéfico manter mistérios até para mim.

Indo eu

Na rua, cruzei-me com um méne que ia fumando o seu charro. Era eu pra cima e ele pra baixo, de maneiras que faz de conta que suguei eu também o charro, mas afinal inspirei fumo, ao longo de para aí uns dez metros, ou seja, e a bem dizer, enquanto durou. Ora bem, esta coisa toda, moca não deu, e prisão, dará...?

Intervalo grande

Lá por não ter ocorrido escrita da parte da manhã deste dia, não significa que não tenha ocorrido intervalo grande na vidinha espectacular que vive esta que daqui escreve. (escrevo tão bem...) Ocorreu. Contudo: percorri o mesmo trajeto, não pousando nos mesmos lugares, mas também. Portanto: a foto abaixo foi tirada aquando da minha estada num banco diferente e a foto que está abaixo da que está abaixo foi tirada aquando da minha estada num banco da minha adoração, o hater. A foto abaixo foi tirada numa perspetiva para parva parecer montes de original e a foto que está abaixo da foto que está abaixo foi tirada, não só para mostrar como o zoom da minha máquina fotográfica não tão espectacular assim é irremediavelmente incrível, como também para provar aos leitores deste blogue que na praça cheia de ar e de bancos vazios - um deles, o hater, preenchido ao momento do clique por esta que escreve (escrevo tão bem...) - há uma árvore a quem resta apenas uma folha.


Primeiro

Boa tarde. São quinze e dez.
aaaah! (pois! estamos da parte da tarde! aaaah!)
Agora fora do parêntesis: é bom dia da parte da tarde, como dizia um senhor do meu quotidiano doutros tempos mas não doutros lugares. Eh pá, espera lá, até parece que o homem morreu, mas não, só deixou a área de onde falo... ai perdão, escrevo.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

atão vai queu tamãe

De manhã
De tarde

De manhã bebi um café a meias com o meu colega. Quando lhe estendi a chávena, ele decidiu estender a mão, mão que colidiu com a chávena meio cheia de café, café que colidiu com a manga das minhas camisolas e com o chão. Resta falar só mais um tiquinho da chávena: colidiu, também a dita, com o chão.
De tarde bebi um café no lugar (que também pode ser) da musa. Ah,que estranho! Não é nada. Quando percorro o corredorzinho, já despachada das minhas cenas, eis que se vira do balcão uma das septuagenárias com a bandeja. Foi por um triz. A gente aprende mesmo com a prática.

Ó Gina

Ó Gina, tira mas é oito folhinhazinhas da contagem das oitocentas, vá, que as usaste para fazer esta macacada:



E vai setecentas e noventa e uma folhinhazinhas a serem usadas em tópicos para o blogue, número a que cheguei se a memória me não está a falhar, e, a memória falhando, tenho para aqui um imbróglio do camandro, ai tenho-tenho.

Hoje é segunda-feira

Este fim-de-semana não fui ao supermercado. Ah... Que falta, oh céus! É isso, é, toda a gente sentiu a minha falta naqueles corredores. É que não valia a pena, o que realmente me fazia falta, uma embalagem de queijo ricota, acabei por me forçar a não lhe sentir a falta, portanto não fui ao supermercado.
não fui ao supermercado
não fui ao supermercado
não fui ao supermercado
não fui ao supermercado
não fui ao supermercado
Não fui ao supermercado e já se percebeu que não fui ao supermercado.
e... não... fui... ao... supermercado...
Este fim-de-semana fiz, finalmente, oh glória terrestre, a lasanha de salmão, agriões e alho francês, que retirei da revista Magazine do Continente. É muito boa, a lasanha, é sim senhores. Leva também queijo ricota e não dispensa o molho branco. Isto das revistas de culinária, quanto a mim, o que fazem é lembrar certos ingredientes e de juntar este com aquele. Ensinam também a cozinhar, tudo bem, dão umas luzes, vá, o que faz o cozinheiro doméstico é a prática, e avivam a memória para certos pratos que nem sempre lembramos, até porque as gentes que cozinham em casa, o que mais fazem é repetir pratos. As revistas de culinária dão realmente uma grande ajuda a manter variedade à mesa.
Há muitos mais itens do fim-de-semana, mas estou cansada do tema, apetece-me escrever outras coisas.

Primeiro

Bom dia. São dez e dois. Se houvesse um cantinho no blogue para a gente pôr o estado do momento (um pouco ao jeito do fuçasbuque, vá) hoje punha lá: «sinto-me encasacada», porque tenho muitas mangas e muitas frentes e muitas costas.

domingo, 27 de novembro de 2016

As horas que são

São vinte e três e vinte e oito. A primeira medida para eu ser uma mulher verdadeiramente deprimida, é não ir trabalhar amanhã.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Faltam nove oito sete seis dias...

… para as luzes de Natal se acenderem.

Conversas

Chegou o assunto 'ser-introvertido-ou-então-não' e eis que fiquei com o papel principal. E, estando à mesa, naquele momento, um número à razão de um introvertido para dois extrovertidos, fiquei em minoria. Ai a minha vida...! Apoio-me em quem...? Estou a brincar, ora essa, não é nada disso que vem aí, o que vem aí é que a rica filha lembrou que a introvertida sou eu, sim senhores, mas quem faz vídeos e escreve, quem é? Eu. Acrescentou ainda que ela não seria capaz de fazer tal coisa. Portanto está bom de ver aquela questão que apresento no blogue, dizendo que as Ginas que coabitam dentro desta que agora escreve, que se misturam uma e outra, ou alguma se aparta para se juntar ao resto, enfim, é uma coisa assim muito coisa. Às vezes fico um bocado coisa com essa coisa muito coisa, mas depois deixo-me de coisas e siga a vida.

Meses curtos

Dezembro vem aí, traz com ele os dias pequenininhos. Depois vai ser janeiro e os dias vão parecer enormes lá para o fim. Curiosamente, fevereiro tem o curto no número de dias. Há um curto em março, o tamanho das novas folhinhas. Em abril as chuvas são intensas mas breves. O que é curto em maio, não sei. Em junho são as noites. Em julho idem. Em agosto são as férias, sempre tão curtas... Em setembro é a distância entre o sol e o solo. Em outubro é o dinheiro curto, por conta do novo ano letivo. Em novembro o número de dias que nos separam da época natalícia. Fica a faltar o curto de maio.

Lanchinho(s)

Se usar um guardanapo em cada lanchinho, vou ter o pacote gasto em cem lanchinhos. Se lanchar duas vezes por dia vou ter gasto o pacote em cinquenta dias. Se dividir os cinquenta dias por cinco dias de estaminé vou obter dez semanas. Se transformar as semanas em meses vou contar que em dois meses e meio tenho um pacote de guardanapos gasto.

Era assim
É assim

A Árvore de Natal do Atrium Saldanha, o ano passado, era assim:

Centro Comercial. A árvore de Natal é composta por bolas gigantes suportadas por um veio, vai daí o que supostamente é uma Árvore de Natal tem uma medida alta. O Presépio é embutido na bola que está na base e que foi como que escavado para lá se colocarem a mãe, o pai e o menino, que são feitos num material que lembra a palha d' aço. Mas não. |24 novembro 2015|


A Árvore de Natal do Atrim Saldanha, este ano, é assim*:

Mirei atentamente a Árvore de Natal que está no Atrium Saldanha e pus-me a pensar se, tanto a Árvore como os enfeites que já lá figuram, seriam iguais aos do ano passado.
(Posso pesquisar...)
A Árvore deste ano é gigantesca, toda iluminada - ah que estranho... -, tem três estrelas gigantescas, todas iluminadas – ah que estranheza imensa... -, e o giro é que as estrelas não engolem a Árvore, que vale por si só. As estrelas fazem as vezes dum batom vermelho nos lábios duma mulher, ou seja: o batom embeleza a mulher sem que no entanto ela deixe de existir, já para não falar de quão bela pode ser uma mulher sem se apresentar com batom.
(Pesquiso noutro dia...)



*e portanto já pesquisei

Praça

Passei para lá e notei um homem sentado no banco nadum. Pareceu-me que desenhava uma das perspetivas da área.
Pus a caraça da pessoa ávida e pensei: ah, um senhor a desenhar! Porque que acho que está a desenhar e não a escrever?
Pus a caraça da pessoa sensata e pensei: porque o traço é diferente, e ele tem um ar contemplativo, nada daquela sofreguidão que aparenta quem rabisca palavras.

Almoço

O meu telemóvel fez trrim por conta dos imeiles que lá tinha para ler. Faz sempre trrim, não só por conta disso, como por conta de ter sido o toque que escolhi e por conta de ter escolhido um toque e por conta de abrir a conta de imeile aproveitando o uaifai do lugar onde almoço. Geralmente faz só um trrim, mas hoje decidiu-se a fazer vários, por conta dos vários imeiles que fui recebendo assim tipo em direto, vá. E, por conta disso, em cada trrim, cada olhar interessado que eu recebia de dois cavalheiros na mesa assim mais à minha esquerda, que se decidiram por esse lado, por conta da sua vontade, julgo eu. Quer isto dizer que o meu telemóvel é um gajo que dá nas vistas pra caraças, mas quem recebe os olhares mui atentos e expressivos, sou eu.

Bloquinho rudimentar

Faltam coisinhas acerca do bloquinho rudimentar! Estas:
111
As cores dos papelinhos, que são: branco-luz, cor-de-rosa, azul-bebé, amarelo-pintainho. São portanto corzinhas de bebé.
222
O papelinho usado para apontar as medidas que o meu colega me ditou: estávamos na casa dum cliente e vai que ele me pede para colaborar: ó Gina, aponta aí, e eu apontei, acabando o cliente por brincar: hum, assim é mais caro, com secretária e tudo! Daqui resta dizer que em vez de o bloco obsoleto ao nível profissional render oitocentas folhinhazinhas a usar para tópicos a desenvolver neste maravilhoso blogue onde estais pousados, pois que não, rende mas é setecentas e noventa e nove.
333
Fiz as contas e deu duzentas e oito, as folhinhazinhas que já rasguei do bloco obsoleto ao nível profissional. Note bem: rasguei, que desse número faltam ainda umas quantas serem usadas. Mas, em usando, quer isto dizer que para oitocentas me faltam umas quinhentas e noventa e duas.

Primeiro

Bom dia. São dez e vinte e três.
Ontem às sete e tal da tarde, que agora é noite, recebi uma notícia que sairá cara, aquando de – uma das hastes dos meus óculos está para se separar do resto. Havia esperança de ser o parafuso com falta de aperto, que já no outro dia eu me tinha posto para a aqui a falar dessa questiúncula, mas não é bem de aperto que os meus óculos sofrem ao momento, antes sofrem de parafuso partido e, não se lhe conseguindo chegar, e eu dizendo que sim senhor, o senhor oculista tente lá a ver se, pois que pode acontecer divórcio entre as partes e pumba e coiso, 'bora lá adquirir nova... armação... e... quiçá... novas... lentes... Disse à senhora oculista que deixasse estar, não valeria a pena, uma vez que não havia a certeza de tudo voltar a ser como antes, falo disso de eu possuir uns óculos estáveis de hastes seguras, pois que fico à espera do divórcio natural. Um dia os meus óculos vermelhos vão deixar de o ser - não vermelhos, não meus, mas óculos – nesse dia tratarei da nova aquisição.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Faltam nove oito sete dias...

… para as luzes de Natal se acenderem.

risível

esfregona linda
esfregona de encanto
de fios ondulados ainda
esfregona linda
tu um dia em pranto
esfregona de encanto

Se é até

Se é até aos cem, ainda vou viver muitas coisas.

Hum...

... Ficará melhor bloquinhozinho rudimentar?

Relações

Um dia tive necessidade de apontar a morada da mana picoa mais despachada para um trabalho ao domicílio, mas como estávamos no café, saquei do bloquinho rudimentar na disposição de trabalhar. A mana picoa mais despachada ficou como que agradada com o meu bloquinho rudimentar e chamou-lhe isso mesmo. Retribui o agrado dela com o meu agrado, revelando que era assim que eu chamava àquele aglomerado de papelinhos aproveitados, e cá por dentro curti pra caraças o sucedido, afinal era incrível que alguém se lembrasse de chamar bloquinho rudimentar ao meu bloquinho rudimentar, ao qual chamo isso mesmo no blogue e na vida, mas sem que contudo a mana picoa mais despachada soubesse do meu gosto pela escrita, ou que tenho um blogue, ou, ainda, que chamo bloquinho rudimentar ao meu bloquinho rudimentar, tanto na vida como no blogue.
Bom, isto tudo serve para...?
Para fazer a introdução do que segue em resumo:
Há dias senti-me grata com o facto de dois leitores me terem 'visto' na vida real, portanto aconteceu exatamente o contrário, esses leitores souberam 'ver-me' na vida através do que escrevo no blogue. Atrás dos blogues há pessoas reais (banais / especiais; encantadoras / desprezíveis), bem sei, mas a ideia nunca me tinha 'aparecido' tão nitidamente.

Latim

Tenho ido ver o latim, tenho visto o latim, tenho percebido o latim. É hoje, o esmiuçar do tema.
Há dias andei à roda do monumento, pisando a relva, atenta a cocós de cão, sim senhores, mas sobretudo a inteirar-me do maior número de detalhes possível acerca de. Acerca do monumento, claro está, e não, não pisei cocós. Encontrei uma placa com uma mensagem gravada que dizia do monumento que este não havia sido criado para glorificar o criador e/ou os adoradores.


cadeira-trono

vocacionada para o poder
este monumento anti-monumento
sem pátria e sem idade
criado para servir a todos
e a ninguém
é também o retrato possível
dos instantes que vamos tendo
no arriscado percurso das nossas histórias


Ao ler a placa fiquei siderada. Ó pá, é isto mesmo. Sério, é que é isto mesmo, que ninguém se glorifique. Houve um dia em que parei para ler o latim, o que aconteceu há coisa dum ano, latim esse que traduzido refere que 'aos que passam e ousam deter-se' é o monumento dedicado, sendo que, verdadeiramente, o que fiz foi ousar deter-me sem saber do que lá estava escrito, portanto glória nenhuma houve no ato. Houve a placa, que descobri há dias, e tenho andado em excursões frequentes até lá, para ler a placa novamente, para observar a placa novamente, para respirar aquele ar novamente, não fosse eu estar enganada nas conclusões que tirei.

Lugar (que também pode ser) da musa

Hoje estava cheio, o lugar, e vazia, a cabeça, mas esperançada na cafeína. Vá, enche-te lá, ó Gina, vá lá. Veio o café, saboroso e encorpado, que bebi prazerosamente. Gina, a mulher que come o corpo do café. Ó Gina, tens vergonha de estar sempre a escrever nso papelinhos? Raramente. Raramente.

11

Em cada dia 11, apaixono-me. 11do1, 11do2, 11do3 e afora. Não, hoje não é dia 11, é que nem com o noves fora me safo. Já sei que o mês é 11, vá, mas não serve, é mês, não é dia.

Lugar (que também pode ser) da musa

Antes de visitar o lugar (que também pode ser) da musa no dia de hoje, quero dizer que já sei onde mora a septuagenária da novela, é que ontem vi-a sair do prédio tal, às tantas horas, vinha eu já de regresso. Ó pá, qualquer dia vou visitá-la a casa! Ó pá vai ser tóin xiru!

Palavra do dia (disseram na radio)

A palavra hoje é palmilha. Decerto já depositei a(s) palmilha(s) na blogosfera. Pesquiso singular e plural para uma pesca mais farta. Pesquisei, escolhi e ó:

Era uma vez dois pares de palmilhas tamanho 34. Coloquei um par dentro dos sapatos e recortei um pé do outro para compor o resto. Sobrou um pé. Notei que era um material perfurado, fofinho, num lindo tom azul. Usei-o para pregar os brincos pequenininhos que sempre andam aos rebolões dentro da caixa de bijuteria. Um dia tiro fotos. |23 setembro 2014|

Palmilha anti-odor;
cartaz anti-derrapante;
placa termo-isolante.
Não-ficam-tão-bonitas-as-palavras-hifenizadas?
|27 julho 2011|

Primeiro

Bom dia. São dez e quarenta e sete.
Há dias em que preciso de reunir coragem para escrever, como hoje. Quem diria que eu, a grafómana, precisaria de coragem para grafar, e olhem que não são raros os dias. Parece até que o pêcê do estaminé está comigo, é que ultimamente leva um ror de tempo a abrir o meu documentozinho.
Vamos a uma foto?
Vamos!
A foto abaixo foi tirada ontem, ao depois de eu entrar num prédio, não sem antes tocar à campainha, mas sem contudo me terem aberto a porta, por não se encontrar ninguém em casa, mas como a dita estava encostada, pois que entrei e depositei o documentozinho profissional na ranhura da caixa de correio do cliente e vai que me pus a perscrutar o espaço e, achando-o iluminado, adentrei meia dúzia de passos e cliquei.


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Faltam nove oito dias...

… para as luzes de Natal se acenderem.

Por falar em rasgão

O meu bloquinho rudimentar estava a pedir abastecimento, de maneiras que me pus a rasgar mais umas folhinhazinhas ao bloco obsoleto em termos profissionais. Rasguei e rasguei e comecei a achar que o melhor a fazer era rasgar umas quantas folhinhazinhas do fim, a ver se os agrafos dão de si rapidamente, e um dia saiam de vez, libertando as folhinhazinhas do jugo que é, ou pode ser, algomerações e apertanços, mesmo tratando-se de folhas sem sentimentos, é que neste caso os sentimentos estão em mim. Então, tudo isto não quer dizer nada de jeito, mas quer dizer que no lado que pertence ao direito, como se dum tecido se tratasse, o próximo número a rasgar será o novecentos e setenta, e no lado do avesso será o novecentos e noventa e quatro. Acresce ainda a esta temática montes de interessante que os agrafos são três, dois estão mancomonados com o lado direito, como se dum tecido se tratasse, do bloco, e o agrafo que resta está obviamente solidário com o avesso.

Rasgão

Rasgaram-se-me as calças, quando me baixei para me encontrar com uma caixa de parafusos. Este baixar implicou flexão de pernas, não inclinação de tronco, vai daí o rasgão aconteceu no gancho das calças. De modo que, vamos lá a ver, e o verbo é esse, ver, não se vê o que não é suposto ver-se, não senhores, estou dentro do socialmente correto e admissível, tanto que estou neste momento com elas enfiadas no corpinho, mas é que vai-se a ver, lá está, o melhor que tenho a fazer é despachá-las, que o rasgão não ficará infinitamente deste tamanho. Doravante tenho portanto uma questão a resolver: a aquisição dumas calças para andar aqui no estaminé. Não é que não tenha substitutas ali assim numa gaveta onde pousam vários trapos de andar por aqui, dois desses trapos são calças, sendo que umas, de tanto serem apertadas, perderam a forma, e aparento muitas dobras ali assim ao nível da crista ilíaca, o que me leva a perder o apetite por exibi-las, já que não as exibirei capazmente, e as outras, bom, também as apertei e acontece que não me servem. Sim, eu sei, é difícil perceber isto tudo, mas creio que o leitor perceberá se puser na cabeça que já fui mais gorda, mas também já fui mais magra. Bom, vou então ter de ir, um dia destes, oh glória terrestre, a uma daquelas lojas onde um éle é mesmo um éle, um éme é mesmo um éme, oh glória terrestre outra vez. Ah, e não sei se nessas lojas um ésse é mesmo um ésse, é que nunca me aconteceu ser semóle.

De pessoa para cão e para plateia

Por falar em comer

Ando já na enga de escolher o sal e o açúcar do próximo fim-de-semana.
Ideias para o sal
Lasanha de salmão, isto juntando ao salmão: agriões, alho francês, queijo ricota, folhas de lasanha e temperos vários.
Sopa de cogumelos e castanhas, ideia dum leitor. Presumo que fique mesmomesmomesmo bem a junção, principalmente se eu juntar aipo e pimento vermelho ao ajuntamento, já para não falar dos costumes duma sopa, que sempre incluem, cá pra mim, está bom de ver, cebola e alho.
Maionese, ah pois, quero ainda experimentar, finalmente, a maionese feita da tal maneira que. E mais não sei, mas vou saber.
Ideias para o açúcar
Bolo de leite condensado, cuja receita vi num prospeto de supermercado aqui há uns dias. Gostei tanto da ideia que apontei apressadamente os ingredientes, fixando na memória que a confeção não foge à regra, só por dizer que não apontei manteiga e não estou certa de me ter fugido esse item. É caso para experimentar, copiando os meus apontamentos e, achando o bolo seco, fazer outro onde insira manteiga na quantidade que julgue adequada, neste caso: cem graminhazinhas devem chegar. Não é difícil de todo... É só ter a mente aberta ao fracasso, aquando da vez primeira.
Bolachas de manteiga, a fazer outra vez, pois é. Eu explico, ora essa, então que é lá isso, é que já agora, vai que pumba e coiso. Fiz os filmes a juntar os ingredientes, porém ficaram tortos, demasiado tortos. Fiz os filmes e estender a massa e a cortá-la, mas como os do amassar ficaram como já referi, então vai que já quase não valia a pena mas pensei: olha, vou mas é já fazer esta parte e depois logo vejo. Fiz os filmes onde explicava como entrou esta massa simplória na minha vida. Não ficou mal nem nada disso, só por dizer que perdi a vontade de juntar os filmes tortos, mesmo estes estando tortos, e também não me apeteceu juntar os filmes que fiz e que, não tendo ficado tortos, mas por conta dos que ficaram, digamos que perderam a razão de existir. E agora tenho filmes razoáveis e publicáveis, onde explico a simplória massa, dizendo inclusive que a seguir vou fazer as bolachas mas no fundo até nem vou... Ó pá, a vida de youtuber é cá duma velocidade!

Cheia de fome

Ultimamente passa na radio uma canção que diz assim:

I didn't know that I was starving till I tasted you(...)
By the way, you do things to my body
I didn't know that I was starving till I tasted you

Versos que ligo imediatamente a um alter-ego cá dos meus a que soltei as rédeas, construindo Maria Alice, a mulher que afirma categoricamente que comer é foder. Maria Alice nasceu aos 19 de novembro de 2012, assim:

Escrever o quê?
Vamos a isto, conquanto escreva, viverei feliz.
Mulher e colher. Porquê tão igual? Amar é comer. Comer é foder.

Por conseguinte, Maria Alice foi desenvolvendo as suas (presumo eu que peculiares...) ideias que ligam o comer ao foder, aterrando aqui há atrasado numa coletânea de contos. É, Maria Alice figura em livro e fui eu que.


Fonte dos versos: vagalume.br.com
Canta: Hailee Steinfeld, Grey, a canão. Starving

Do plano da mala

Tal como havia planeado, pois que mudei de mala, viajando agora comigo a mala bórdô. Não estou completamente satisfeita, que a castanha que recolhi da avenida dantes tinha um compartimento só seu, tendo agora que dividir o espaço com o pacote de lenços, o saquinho verde para as pequenas compras, a caneta e o bloquinho rudimentar. Dou muita atenção a esta castanha, dou, é uma certa pancada, é, e não é talismã, não, é companhia, é.

Sonho

Sonhei com a mulher do blogue. Afinal é simpática, vejam lá, e eu cheia de medo e assim. Conversámos muito as duas. Eu disse conversar. É sonho.

Primeiro

Bom dia. São dez e vinte e oito. Hoje não revelo quantos rascunhos encontro no documentozinho.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Faltam nove dias...

… para as luzes de Natal se acenderem.

Latim

Fui ver o latim. Há vezes, como esta, em que escolho não contar pormenores.

Nudez

A árvore amarela está nua.

Ó Gina, tu leste?

Não.

Afazeres, 'migos, muitos afazeres retiveram esta que escreve leitora todo o tempo que geralmente tem disponível para a leitura. Deu-me saudades dos personagens, enquanto bebia lentamente o café lá no lugar (que também pode ser) da musa. É. Sofro sempre destas dores aquando do términos do livro. Às vezes dou por mim a achar que não gosto de ler (pela desconcentração, pelas interrupções constantes para apontar as coisinhas do blogue) mas depois acontecem-me estas saudades assim, que provam o quanto gosto de ler.

Lugar (que também pode ser) da musa

No lugar (que também pode ser) da musa estavam hoje três septuagenárias mais o neto duma delas, sei lá qual, não sei não senhores, sei lá eu de qual delas é ele neto. Como sei que é neto? Simples. O moço deslocou-se ao balcão e pediu à menina que lhe enchesse a chávena porque a avó e blás.
Ando baralhada com o número de septuagenárias, já no parágrafo anterior se viu um tiquinho da baralhação que é minha, é que sei lá eu se no verão eram quatro septuagenárias! É que agora só três se deixam ver! Pois!

O meu telemóvel

O meu Instagram anda com problemas de abertura. Tipo assim mais ou menos como eu, vá.

Aos 22 de novembro de 2016

Estamos, todas nós, as Ginas, apetrechadas a rigor para passar o que resta do outono, bem como todo o inverno. Mentira. Luvas, ainda não, mas de resto: ele é lençóis de flanela, ele é pijama felpudo, ele é casaco de pelo e gola aconchegante, ele é cachecol, ele é meias. Ah, e ele é pantufas também. Bom, daqui até fins de março, nada será como era antes deste dia.

.:.logo, logo ao início, cuidámos, nós as Ginas, de ser um brinco.:.

Lista de supermercado

Desisti dos nachos. Pois. Ao momento já não constam na minha lista de supermercado, ainda que não os tenha comprado. Desisti dos nachos, é isso, é.


Pionés

Esqueci-me de o espetar na porta de casa. Tendo espetado, a esta hora afigurar-se-ia um alegre Pai Natal à pessoa que acedesse ao átrio do terceiro andar. Gosto tanto da palavra pionés. Este post acontece (quase que) somente devido à alegria que sinto quando noto e digito pionés. Alegria!

Árvore de Natal

Mirei atentamente a Árvore de Natal que está no Atrium Saldanha e pus-me a pensar se, tanto a Árvore como os enfeites que já lá figuram, seriam iguais aos do ano passado.
(Posso pesquisar...)
A Árvore deste ano é gigantesca, toda iluminada - ah que estranho... -, tem três estrelas gigantescas, todas iluminadas – ah que estranheza imensa... -, e o giro é que as estrelas não engolem a Árvore, que vale por si só. As estrelas fazem as vezes dum batom vermelho nos lábios duma mulher, ou seja: o batom embeleza a mulher sem que no entanto ela deixe de existir, já para não falar de quão bela pode ser uma mulher sem se apresentar com batom.
(Pesquiso noutro dia...)

23/24

Aos 24 de agosto último pus-me numa mala dourada. E vai que aos 23 de novembro, amanhã, me porei noutra. A primeira – dourada, a segunda – bórdô. Daí em diante não porei nenhuma florzinhinha agarrada, que é lá isso.
Da mala dourada vou mas é aproveitar este post para registar que lhe cortei o bolso interior. É que me andava a perturbar a mentezinhinha por demais, sério, já nem dormia benzinho, eu, tamanha a apoquentação, era o bolso sempre a cair para os lados se não tivesse nada lá dentro, era o fecho sempre a emperrar, se tivesse coisas lá dentro, quero eu dizer o conteúdo não se manter lá dentro e portanto cair, lá está, e portanto o fecho a não fechar e portanto o conteúdo cair, lá está.
Sim, o parágrafo acima está mal construído. Não me desculpem a falta, que não carece, não me sinto culpada, que é lá isso, afinal isto é só um blogue.

A pedra da crua vermelha

Sim, sim, ainda digito crua em vez de cruz, questiúncula que aconteceu outrossim no imensamente iluminado título que depositei no post anterior. Quantas pessoas te terão notado, ó 'miga pedra? Acaso saberás? Zero, creio, que a marca (cruz) é minha.


Foto tirada de manhãzinha, como uma cruz, a foto, não a manhã, tampouco a zinha

Primeiro

Bom dia. São dez e cinquenta e oito. Então vamos lá a saber: quantos rascunhos encontro hoje no documentozinho?


Sete.


Número que inclui os dois de ontem, que por este andar quer dizer que para ali vão ficando. De nada, ora essa.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O blogue

O blogue não me dá trabalho. Estive agora mesmo a tirar fotos à lista de faltas do supermercado, centrando-me num certo item, não sem antes optar pelo filtro pop, que aviva montes de cores e aviva-as aos montes, tudo isto feito montes de bem com a minha máquina fotográfica montes de espectacular. Daqui a nada cortarei pedacinhos das fotos que então escolherei e logo mais juntarei tudo por modo a conseguir um só documento que ilustrará montes de bem o texto que escreverei, raquiticamente, amanhã, olha aí as vírgulas, ó mulher, se elas enfatizam os textos, usa-as. E não, nessa altura não abandonarei as netes sem antes colocar por cima dos pedacinhos o filtro órtone setaile do bifanqui das netes.

Embalagem

Andei de roda de sacos velhos, um deles trazia consigo os agrafos cor-de-rosa e é de notar que agora uso os cor-de-laranja, tendo ainda para aí meia caixa, já no outo dia eu tinha dito coisas no lbogue... ai perdão, blogue acerca desta importante temática. Se eu estiver enganada e agora andem a uso os cor-de-rosa em vez dos cor-de-laranja, é questão de o leitor inverter a posição das cores, pois que decerto encontrará um resultado satisfatório. Parece que o pois é de pessoa pindérica que escreve coisas num blogue. Ao que parece o pois não se usa, caso se queira chaine laica creizi daimonde num blogue. Pois.

Chovia

O chapéu-de-chuva tem uma mola tão vigorosa que me surpreendeu. Porra pá, ia caindo ao chão com a surpresa do vigor. Sempre bom, isso da surpresa e do vigor na minha vida, sempre bom mas bom.

O tinóni

Levava as canetas, que já escolhi, os lápis, que já afiei, o estojo metálico com seus botões, a caixinha cor-de-rosa com meus segredos.

avidez

de escrever
estou ávida
ainda
é

Repouso absoluto

O objeto especial está em cima do porta-revistas, que tem lá dentro uma almofadinha de brincar e é aí que está então deitadinho o dito. Repousando.

Ó Gina, tu leste?

Não.

Mas no fim-de-semana dei um avanço do caraças, ficando a faltar umas vinte e tal páginas. Lá para sexta-feira levo o livro de fim-de-semana e já não o trago.

Cogumelos

Há que tempos não passo pelos cogumelos que cresceram num tronco de árvore que foi cortado na horizontal, e quero crer que abruptamente, e assim lhe cresceu então uma base. Os cogumelos nasceram dali. Às vezes penso neles, principalmente se vejo outros cogumelos, que nem precisam estar a nascer das bases que ficam nos troncos quando são cortados abruptamente, posso por exemplo vê-los no meio duma relva verdinha, que logo malembra dos cogumelos que primeiro apareceram neste post.

Sentido

Subi a rua Aquiles Monteverde ao ritmo dos carros. Desci a rua com o mesmo ritmo e cruzei-me com dois carros.

Queda forçada...?

Na rua dos quarenta e oito jacarandás havia pernadas e ramos caídos, quiçá do vendaval de ontem.

Escrito na parede

olá, mãe
eu sou uma alface
adeus mãe
rega-me de vez em quando

Custa-se a ler, tem toda uma série de rabiscos ao redor, mas é tal e qual como transcrevi. Em Lisboa, na rua Luís Pinto Moitinho, no sentido que o trânsito desce e, a gente descendo também, temos ao lado direito a Igreja dos Anjos.

Árvore de Natal

Não fiz ainda a minha Árvore de Natal.
Contudo deixei já a jeito as sacadas que contêm os ramos artificiais e a caixa que contém os enfeites que neste contexto não sei se são artificiais.
Faltou-me um pionés branco para espetar na porta.
A porta foi pintada e vai daí a gente tirou o pionés.
Depois faltou-me vontade de continuar sem ele.
E dei por mim a achar cedo para a questão natalícia do lar aparecer no lar.

Acordar

Não acordei com a passarada que está três posts abaixo deste onde estais pousados. Não crendo eu que a passarada tenha pousado noutra árvore qualquer, não, mas é que hoje estavam mudos. Quando não estão, o banzé que fazem, posso, por exemplo, dizer que é uma inquietação sonora, como desejando ardentemente viver e usar o dia. Carpe diem. Isso. Eu que aprenda com os bichos, vá, outra bofetada da vida.

Primeiro

Bom dia. São dez e vinte. Chego ao estaminé e lembro dois rascunhos que apontei na sexta-feira. Saudades da folha branca com letrinhas que ainda não significam os concretos.

domingo, 20 de novembro de 2016

Décimo

São vinte e três e dezoito. Tenho duas saídas para fazer: 1, do computador (é), 2, de casa (é).

Nono

São vinte e duas e doze no relógio. São partezinhas na imagem.


Oitavo

Há esperança apoiada no futuro, com base no passado. Amanhã (faz de conta que) acordarei antes do despertador e (faz de conta) que ouvirei a passarada que vive na palmeira. Farão num chinfrim tão imenso como fizeram numa manhã de há dias. São vinte e uma e vinte e dois, ao findar o post.

Sétimo

São vinte e uma e dezassete neste post. Eram vinte e trinta e dois no post anterior. Que falha mais maluca.

tu não és fria

sexto

Quinto

São vinte e trinta. Já cortei os legumes para congelar. Pondero sempre se deveria cortar os legumes em pequenos pedaços, de modo a estarem preparadíssimos a descer para a panela. Concluo sempre mas sempre que assim não saberia doseá-los.

Quarto

Dezassete e trinta e seis. Gosto de ir cheirar a massa que está a levedar. Por vezes acontece o cheiro espalhar-se no quarto. Quarto post d' hoje.

Terceiro

De como os planos às vezes dão certo:




Só não tirei foto à massada de cogumelos. Piada fácil: que maçada. São dezassete e trinta e três, finda-se o post.


Segundo

Dezassete e dezoito. Tirei três fotos ao manjericão para mostrar o contraste entre a cor vívida do manjericão e a chuva lá fora e assim ilustrar a minha fobia social, que reforçaria (reforço) afirmando que, estando hoje um lindo dia de sol, estaria por esta hora igualmente sozinha ao que estou num de chuva. Ajuste: as fotos não corresponderam à (minha) realidade, deitei-as fora.

Primeiro

Boa tarde. São quinze e vinte. Tenho nas mãos os restos da massa de pão que acabei de amassar e não me importo nada se sujar o teclado, principalmente porque não o estou a sujar.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Bom fim de semana

Planos para o fim-de-semana

Olhem, estou aqui que não posso com tantas ideias que tenho vindo a esquadrinhar, mas vai que já me decidi. Vai ser...
Bolachas de Manteiga
Brigadeiros
Massada de Cogumelos
Em termos de doces tinha pensado fazer qualquer coisa com framboesas porque tenho mais dum quilo no congelador. Mas não, até porque a framboesa é um fruto que dura até dois anos congelado, vi eu num artigo da tal revista Magazine do Continente. Aguarda-se então. Oh, não se lamentem, algum dia hão-de-ser comidas, migas (isto sou eu a falar para as framboesas), não desesperem, que há dias e bocas para tudo e todos. Entretanto, ontem, folheando um prospeto de supermercado, vi uma receita de bolo de leite condensado e lembrei-me logo que tenho no frigorífico uma lata dessas assim com esse jeito, ademais: aberta e portanto mais ou menos usada, vai daí tenho mesmo que a despachar. Mas não (para o bolo), vou mas é fazer brigadeiros. Até tenho na despensa um frasquinho com granulado de chocolate que comprei há meses, por estar em promoção. Sim, vou atrás dessas tretas, vou, e vergonha, por ora, não há. Fiz também recentemente uma massa vienense com o intuito principal de mostrar ao mundo como faço bolachas de manteiga, porém aconteceu que a máquina fotográfica montes de espectacular (que por acaso também filma) estava torta por demais, de maneiras que não vou poder usar os filmes que fiz (contudo: já ando a pensar ir buscá-los à reciclagem do pêcê e marimbar para a tortice e filmar mais cenas amanhã, tipo assim enquanto estendo a massa a fazer as bolachas e a metê-las no forno e tal e a mordê-las, oh céus). Ora isto tudo serve para dizer que amanhã vou fazer bolachas de manteiga independentemente de. Creio até que já se tinha percebido logo ao início deste post, mas como gosto tanto de escrever ponho-me a escrever as mesmas coisas, só por dizer que diferentemente.
Em termos de salgados decidi fazer massada fosse do que fosse, porque o que não me falta na despensa, ao momento, é pacotes de massa. Sei lá, vou comprando, presumo que não tenho e, passando no corredor das massas, pumba e coiso, venha de lá um pacote ou dois para me encher o carrinho e me engordar a conta. De manhã, quando comprei os cogumelos (que entretanto já o mundo inteiro sabe que comprei cogumelos, pois que fiz post anunciando os gramas de tudo quanto comprei no nepalês da frutaria), foi já com essa ideia na cabeça.
Considero, ainda em termos de salgados, ou de comida de prato, preparar uma lasanha de salmão e agriões e alho francês, ideia que tirei (também... pois) da revista que já anotei acima. Leva ricota e tudo, natas e assim, ao invés do molho branco. Provavelmente chamaram-lhe lasanha por conta das folhas de massa intercaladas com a chicha e os vegetais. Eu agora uso uma marca (falo da lasanha) muitaaa boa. Descobri-a. Não descobri nada, lembrei-me de trazer aquela do supermercado, simplesmente isso, às tantas na enga da promoção, sei lá eu, não malembra ou então já masqueceu. Olhem, fica já aqui o meu desejo dum bom fim-de-semana, que prolongarei no próximo post. De nada, ora essa.

Se há pensamento

Se há pensamento que me aflige de longe a longe é o póstumo. Por exemplo: daqui a cinquenta anos, estará ainda em vigor este blogue?
(pois, não sabemos, e que não sabemos, já eu sei)
Não copiei para papel nenhum dos meus textos, a não ser os que foram publicados em coletâneas, portanto, e a bem dizer, nem fui eu que copiei, quer isto dizer que praticamente todos os meus textos são letras no ar, coisas voláteis, tipo nuvens, vá, que alguém poderá transformar, em querendo.
(de manhã as nuvens, que podemos transformar; à tarde as nuvens, que podemos transformar – tudo em querendo, claro está)

Vidro

Se eu fosse supersticiosa ia estar até ao outono de dois mil e vinte e três temendo azares na minha vida. É que parti um espelho. Não foi um vidro, não senhores, foi um espelho. Eu explico tudinho. Este espelho foi-me oferecido aqui há tempo e, não havendo disposição para o pendurar na parede logo de seguida porque temos andado a remodelar a casa lentamente, acrescendo que a armação precisava de pintura, para ali foi ficando e esperando, mais concretamente: em cima da máquina de costura, assim ao alto, tanto é que foi cenário de fotos, e até de vídeos, uma catrefada de vezes. Entretanto, este verão pensei: olha, está na hora de pintar o pobrezinho e, finalmente, oh glória terrestre, pendurá-lo! Algures! Sei lá onde!
Bom, deu um trabalho do caraças pintar tiras de metal com tinta que só sai com diluente especial, era brisa a levantar pó (pintei-o na varanda), era tinta escorrendo para jornal que protegia o chão e o estendal (pintei-o apoiado no estendal de dentro), era medo de entornar a lata de tinta, era ter que esperar secar mesmomesmomesmo bem, para depois o voltar sem que então ficasse colado. Pronto, já se está a ver que levou um ror de tempo até ficar liso e bonito e, ademais, para o pintar foi necessário desarmá-lo, portanto eu até cabeças de parafusos pintei de azul. Era azul, era, a tinta era azul, por modo a combinar com o quarto onde iria, finalmente, oh glória terrestre outra vez, é, pendurá-lo!
Presumo que já se esteja a ver o que aconteceu... Eu até espetei logo com o espelho partido no início do post, portanto qual suspense, qual quê. Enquanto o espelho, aguardava, ainda, lugar numa parede do quarto azul, eis que se me escorrega, mesmo com um paninho a proteger o lugar onde o encostar, é, eis que se escorrega, é, caiu e partiu-se, é.

Canetas

E cá estão as canetas que herdei da rica filha, ó pá tóin xiru! Na foto abaixo aparecem todas. Na foto abaixo que está abaixo da foto abaixo aparecem as que não escrevem lá muito bem.


Pequenez em grande

Ele mostrou-lhe um pequeno papel com um pequeno logótipo, pertencente a uma pequena empresa em começo, e até ainda em estudo, e ela ficou grandemente maravilhada com o pequeno papel que tinha um pequeno logótipo, dizendo que era tão bonito mas tão bonito. Tudo pequeno, na empresa ainda em estudo, mas não a alma da pequena, que nada tinha de pequena. E eis que a vida me dá uma bofetada das grandes, que eu às vezes tenho um bocado a mania da grandeza, não me maravilhando com tanta franqueza assim.

Conversa com o bicho

Gelásio, 'miguinho fofo, tudo bem contigo? Quer então dizer que hoje o que vai é uma botijinhazinha? Então, vá, tira lá uma e muito bom proveito.

Maionaise

A pessoa faz maionese apoiada no seu instinto. Ah, que é a gema, ah, que é mostarda, ah, que é um tiquinho de óleo, ah, que leva alho em a gente querendo, ah, que se mete num copo alto e toca de triturar com a varinha nada mágica. A pessoa já viu várias vezes na têvê as senhoras e os senhores fazerem maionese assim. Mas não dá. Ou seja: deu a primeira vez mas nunca mais deu. A gente vai agora, ou seja: daqui a dias, experimentar pôr o ovo inteiro no copo alto, é que a gente viu na revista do momento (Magazine do Continente, claro está, qual havia de ser, pois é?) alguém (Mário Daniel, o mágico, ou ilusionista, sei lá) dizer que faz assim. A gente há de fazer. Se der certo, a gente vem cá dizer que deu. Se não der certo, a gente vem cá dizer que não deu. Ainda. Já sabem que a gente considera que no futuro reside a esperança.

Três da tarde

São três e picos e chove em Lisboa, começou há precisamente não sei mais ou menos quantos minutos nem nada disso mas é tal e qual. Eu cá já levei com ela nos cornos, aquando do intervalo grande. Havia mais pessoas desprevenidas de chapéu-de-chuva, mas eu cá, a falar de cornos, neste particular, escolho os meus.

Almoço

Filetes de pescada com arroz de grelos e uma saladinha mista, onde figuravam legumes como cenoura e tomate e alface. Sem tempero. Não revelo quantas garfadas disto e daquilo por recear que alguém não queira mais ser meu amigo por lhe aparecer eu muito gorda na sua imaginação.

Das farinhas da moleira

No outro dia visitei um espaço comercial sui generis, trata-se duma espécie de loja onde podemos comprar farinha às sacadas. Geralmente, quando entro lá, não se encontra ninguém para atender, então, vai-se a ver e não é loja nenhuma, que uma loja pressupõe alguém lá dentro, disposto a vender coisas e a cumprir um horário. Mas não. Hum, ok, vá, afinal a senhora mora ali, é só chamar via telemóvel que ela vem logo, mas é que logo, logo. A porta da loja (vou chamar-lhe assim, que me dá um jeitão) está aberta, a gente entra, tira os sacos que quer, deixa dinheiro certo, ou então fica a dever e quando quiser regressar, mesmo que meses depois, paga. Ou então chamamos via telemóvel e ficamos descansados. Sim, é memso assim que funciona este lugar. Sui generis. Pois. Tenho em casa dois sacos de farinha, um com cinco quilos de farinha de trigo com moagem própria para fazer pão, outro com um quilo e meio de farinha de centeio, também moída a pensar no pão, neste caso junto uma mancheia desta farinha à minha dosagem habitual, que é meio quilo, ensinou-me a moleira. Tenho ainda fermento de padeiro. Aquele fermento húmido. Também se vende lá, bem como outras farinhas, como por exemplo a de milho e a integral.

Das farinhas da revista

A revista Magazine do Continente tem um artigo onde expõe questões farináceas. Há farinhas de alimentos tão incríveis como, por exemplo, tremoço, só por dizer que não há talão de desconto na revistinha... E era mesmo essa a que eu queria comprar, principalmente porque nunca tinha ouvido falar em tal coisa.

Comprinhas

Seiscentos e quarenta e cinco gramas de dióspiro
Mil quinhentos e setenta gramas de laranja
Quinhentos e dez gramas de limão
Trezentos e sessenta e cinco gramas de cogumelo

Dicionário do Clóvis

Virgem: diz-se do indivíduo que julga 'pinocar' como se dum stand de automóveis se tratasse.

Lanchinho

É de valor pôr as cascas do dióspiro no saquinho dos tampões. É. É longe que está o tempo em que eu tirava fotos ao lanchinho. É.

Mensagem

O meu cabeleireiro mudou de morada e avisou-me da mudança via éssémiésse. Respondi-lhe via éssémiésse. Portanto, não tarda, é já no próximo ano, para mudar de penteado, deslocar-me-ei até uma avenida rócócó. Não sei se sei escrever rócócó.

Dos vídeos

Depois vou continuar a falar alto. Para a cãmara. Sorriso. Ir buscar um emoji...? Já venho. Fui buscar um emoji. Já cheguei. E fui, ó:


😏


ó pá tóin xiru!

As horas que são

São dez e quarenta e cinco. Um arco-íris risca a plataforma do banco-escadote. Cá pra mim é a nesga de sol que os prédios da frente deixam passar, vai daí a nesga apanha humidade e desenha uma lista colorida: sol+humidade=arco-íris.

Atualização:
Dez e cinquenta, o arco-íris foi embora. Oh.

O chão da casa

Anda uma casa em obras, que visitei há dias, e fui dar com este chão:




É igual ao chão da casa-de-banho da minha infância e juventude. Fiquei assim como que agrada, 'olha o meu chão, ó pá tóin xiru!', pronto, dentro deste género. Em certas alturas da minha vida este chão teve o condão de me assustar, estou até a ver-me com oito anos, mirando atentamente os desenhos esfumados, tipo nuvem, era mesmo com nuvens que a minha mente fazia assemelhar a mosaicos. Às vezes olhava durante tanto tempo que um dos cruzamentos formava a cara dum boneco. Acontece o mesmo se olhamos demoradamente as nuvens, lá está.

Primeiro

Bom dia. São dez e dezanove. Olá estaminé! Terás sentido a minha falta? Vou varrer-te. Não do blogue, claro está.


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Adeus, estaminé!

Banco si

Estive sentada no banco si. Este é aquele banco que fica atrás do banco gatafunhos, que por sua vez mira as costas ao banco hater e as do nadum, e esses ao mãozinhas. Estive sentada no banco si, preciso de enfatizar a cena, não vá acontecer de os leitores se perderem, e dei por mim ouvindo nitidamente coisas como passos, voos, motores. Sim... aliás: não, eu não estive surda durante anos e agora passei a ouvir, como alguém que recebe um aparelho auditivo, não é nada disso, é que ouvi estranhamente bem e aproveitei o raro momento. Sabem porque considero estes momentos raros mas tão raros? Porque estou sempre a escrever, tanto por fora como por dentro. E enquanto estive a ouvir, ouvi, e no momento em que comecei a escrever este texto por dentro, ainda sentada no banco si, deixei de ouvir daquele modo, era assim como se não escrevesse coisas num blogue, vá, como se eu fosse uma pessoa.

É

Os loucos que não suportam estar sozinhos são loucos melhores. É.

é

te-procuro-te
mas não
t-encontro-te
touço lidária
é

Quantas vezes

Querer saber
Três vezes
Querer saber
Querer saber
Querer saber
Já chega

Das revistas (Magazine do Continente)

Estive ali de roda delas, a rasgar páginas. Ainda não contei que rasgo as folhas que não me interessam, bem como aquelas que contêm as receitas que queria efetuar e entretanto efetuei, vai daí: rasgo-as. Sendo assim, a revista de outubro tem para aí meia dúzia de páginas e a de novembro tem ainda umas quantas. Quer isto dizer que estou encaminhada para eliminar de vez a primeira. Este radicalismo todo faz com que não acumule papelada em casa, se ademais registo no blogue o que realmente interessa, é bem melhor fazer mas é assim.

Lugar (que também pode ser) da musa

Trago duas questões ocorridas há dias no lugar (que também pode ser) da musa e que não registei ainda.
Primeira
Chegou um homem que se sentou na mesa ao lado e começou a rabiscar coisas. Olhei destemidamente para ele para cuscar: copiava números de telefone dum prospeto de imobiliária. Oh.
Segunda
Quando atravessei o lugar para me sentar passei por uma mesa onde uma mulher escrevia num papel. Pelo que percebi (não tive muito tempo ao dispor, afinal ia andando, de chávena na mão, disposta a sentar-me também eu) passava a limpo um papel, mas apenas copiava (sei lá eu que tipo de) informação. Oh.

Do fim-de-semana, à quarta-feira

É hoje que vou contar das comidinhas que preparei no fim-de-semana.
Fiz as tais costeletas de porco e ananás grelhados. Na receita que consta na minha compilação das revistas Teleculinária, o Chef diz que se faça um molho com o sumo da lata de ananás. Ora eu não uso ananás de lata, por vezes atinge-me um certo asco a fruta enlatada, de maneiras que nem fui à procura da página em questão. Acompanhei com batata doce, cenouras e espinafres. Pus os primeiros itens a cozer, previamente descascados e cortados às rodelas, entretanto tratei de saltear os espinafres do modo convencional, sabem como é, azeite, alho, sal e, quando tudo fervente, mas pouco, joga-se lá para dentro os espinafres, não sem que o azeite barafuste, só por dizer que essa discussão é para tê-la, doutra maneira não se chamaria saltear àquele processo, ao que juntei então a batata doce e as cenouras já cozidas, deixando-as tomarem o gosto do azeite e do alho que já estava nos espinafres. Entretanto tratei de grelhar as costeletas e o ananás às rodelas. As costeletas temperei só de sal, o ananás não temperei de coisa nenhuma. Ao ananás não retirei o centro duro, achei que não valia a pena, quem estivesse a comer que usasse a faca, ou então comesse o centro também. Eu comi. Depois fiz um sumo mesmo bom, com ananás (ananás de novo, sim...!), pêra e hortelã, acrescentando água, quando não ficaria grosso para sumo, pareceria um batido de fruta, o que não pretendia. Considerei ser boa ideia adoçar, mas pouco, e usei o açúcar mascavado.
E pronto, estava tudo muitaaa bom! Os 'migos querendo, é só copiar. De nada, ora essa.

Papel

No papel autocopiativo, a caneta d' agora não escreve com regularidade, parece que encontra ressaltos, conseguindo um traço entrecortado. Oh. Mas nem sempre, e nesses momentos fico contente e aliviada, mas logo se dá o contrário. Penso que este desequilíbrio se dá pelas condições atmosféricas, tipo assim o vento ou a humidade.

Dias dum Ginásio

Ó pá, foi tóin xiru que nem sei explicar e deve ser por ser tóin xiru que não sei explicar e é tóin xiru porque, lá está, não sei explicar.
Duas senhoras no Ginásio falavam acerca de coisas que dão muito jeito. Era uma coisa específica mas que não se deixava ver. Eu ia ouvindo que aquilo dá muito jeito, duma, e sim ah pois é sempre bom a gente andar com isto na mala, doutra, o que, por sua vez, a primeira destas duas reforçava contando que no outro dia deu-lhe um jeitão ter aquilo com ela, questiúncula em que a outra engatava, anuindo, pois sim isso é mesmo bom, para cortar qualquer coisa que se nos apresente.
Decifrei objeto cortante e imaginei uma lâmina e, se imaginei uma lâmina, imaginei-a porque não consegui ver o que elas passavam duma mão para a outra enquanto debitavam verdadeiros elogios ao que passavam duma mão para a outra.
Pois, não sei explicar este tóin-xiru, não, é que não dá.

Conversa com o bicho

Olha o senhor Gelásio! Como vai? Vai uma biquinhazinha por agora?

Primeiro

Bom dia. São onze e dezanove. Fui ao lugar escondido e trouxe de lá isto:




E também isto:
A pincelaria mudou o logótipo.
Quatrocentos e setenta e cinco gramas de dióspiro
Seiscentos e setenta gramas de tomate
Seiscentos e quinze gramas de clementinas
Trezentos e cinquenta e cinco gramas de pera abacate
Trezentos e quarenta gramas de cebola branca
Duzentos gramas de cebola roxa
Oitenta gramas de alho
Não fui certificar-me se a última super lua foi em 1948 porque, para o caso, pouco importa, que o que eu quero mesmo é fazer uma conta muito gira. 1948 aconteceu 20 anos antes de mim. Tenho 48 anos. Nasci em 68, portanto só pode o 68 estar aqui metido... Pois está, quem nasceu em 48 tem 68 anos.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Tenho, ainda, uma foto altamente realista e sensual:

EUA

O americano está de volta. Cumprimentou o meu colega com gigantesco entusiasmo e a mim com um 'how do you do' acompanhado dum ligeiro aceno de cabeça.

½ do mês

Hoje são quantos?
XV.

Herança

Mãe tronchuda, pai fininho – filhos tronchudos ou fininhos.
Mãe tronchuda ou fininha, pai fininho ou tronchudo – filhos tronchudos ou fininhos e fininhos ou tronchudos.
Isto porque, quiçá vão buscar caracetísticas dalgum avô ou avó fininho/a se tiverem pais tronchudos, ou então dalgum avô ou avó tronchudo/a se tiverem pais fininhos.
Há ainda a possibilidade (embora não grande, contudo não conheço a percentagem de tal coisa) de ir buscar características aos bisavós, aos tetravós e/ou ainda aos outros atrás destes, que não sei como se diz.
Já eu, bom, eu, ó pá, eu saí à minha mãe, portanto, olhem, é assim: se não se me conhecer as clavículas por baixo da pele, não calculam como estaria o resto. Não calculem, não. Pois.



Artigo definido

Dói e grita bastante, o algo.

As bombocas não são para mim...

Podia ir daqui fazer bombocas. Mas é que neste preciso momento. Claro está que também podia esperar um bocadinho ou então um bocadão até que.

Janelas minhas

O homem das janelas minhas usa muito o verbo 'adjudicar', tipo assim em várias formas verbais. Se calhar é porque a gente ainda não adjudicou nada...

Afazer

Antes de mais fazer um desenho naquela partezinha nova que o senhor Blogspot tem lá por dentro, só depois é que fazer o post a contar a eureka. Porém, não acontecendo eureka nenhuma, terei que aguentar esta questão sem fundo, tentando não ficar com a vida toda desfeitinha.

Lugar da musa

Cruzei-me na rua com a igual. Era uma mulher que eu via frequentemente no lugar da musa do antigamente e que a considerava igual a mim em aparência e faixa etária, daí 'igual' como desígnio. Quando a vi fiquei siderada. Estou a exagerar, fiquei espantada cá por dentro, isso sim, porque já não me lembrava desta pessoa, que há meses e meses que não vou àquele lugar da musa. Que histórias terei perdido por tê-lo abandonado? Decerto algumas, mas para ganhar outras, já se sabe. Enfim, só posso estar num lugar, se numa dada hora, em dois lugares não dá, não ao mesmo tempo, e é apenas com uma das mãos que escrevo, acho até que só com uma lado da cabeça, de maneiras que. Olhem, não teria conhecido as septuagenárias, por exemplo.

Lugar (que também pode ser) da musa

Hoje eram três, iei! E agora eu sei lá se a outra era a quarta. Mas será que elas eram mesmo quatro aquando do verão?! Será...?. Hum, não sei, mas, seja lá como for, venho dizer que a terceira, que a bem dizer é a quarta, mas não estando eu segura de o ser, vou cognominá-la de desconhecida, portanto: a septuagenária desconhecida... Ah não, esperam lá, septuagenária do desconhecido, assim é que é, para ficar com um do, já que todas as outras têm um da.
Portanto, e recapitulando, hoje estavam presentes três septuagenárias: a da camisola, a da novela, a do desconhecido. Faltava a da cicatriz, cá pra mim tinha ido mudar o penso.
Tanto apontei, tanto apontei que trouxe zero folhinhazinhas limpas do lugar (que também poder ser) da musa. Portanto o dia em que mostro o grampo amarelo não é outro se não este.



Cama

Tenho o lençol de baixo roto. Bem sei que era muito mais giro e especial ter rompido o lençol de cima, aí faria prova de grande vivacidade e isso assim, mas é que não, é o de baixo.

Neste meu documento

Neste meu documento de computador tenho uma pastinha muito gira e muito amarelinha onde guardo vários documentozinhos de texto muito giros e muito azulinhos. Já lá (será antes cá? é q' agora 'tou dentro dum...) guardei milhões de caracteres que depois despejei no blogue. É sobretudo para isso de guardar documentozinhos muito giros e muito azulinhos que serve a minha pastinha muito gira e muito amarelinha.
Chega de inhos.
Um desses documentos de texto contém receitas que julgo valiosas o suficiente para experimentar, a ver se é tão bom como parece, ou então não. Às vezes dá-me na cabeça registar no blogue modos de vir a fazer este ou aquele bolo, ou comida de prato, pronto, qualquer coisa em modo plano que eu queira registar e faço-o no blogue, sendo que deixo então os planos desse tipo gravados no documento de que agora falo. Ora bem, esta cantilena toda é para introduzir a seguinte decisão: nesse documento vai passar a figurar também os planos de fazer os bolos (neste caso é só bolos), cuja vontade de experimentar retirei dum ou doutro programa de têvê, ideias essas que têm permanecido apontadas em papelinhos que guardo religiosamente numa pequena travessa que passa a sua vida aparando toda a sorte de pequenas coisas ou então grandes planos, cuja morada é o cimo do microondas. É. Então quer isto tudo dizer que vou gravar no documento o seguinte:





Eu traduzo, vá. Para já, registo que estas receitas foram todas vistas no programa 'Prato do Dia', apresentado por Filipa Gomes, no canal 24 Kitchen. Para depois, registo que já não as tenho na box porque o prazo de retenção expirou, podendo, contudo e presumindo, repescá-las nas netes.
Queijo de Figo (temporada 2, episódio 14)
Trata-se dum doce tipicamente algarvio e que me pareceu extremamente fácil de fazer, além de sair fora do meu costume.
Babá de Manga e Laranja (temporada 2, episódio 81)
Trata-se dum doce molhadinho e presumo que deveras gostoso, também diferente.
Salame de Chocolate, com Uísque e Leite Condensado (temporada 2, episódio 91)
Pois, que dizer? É mais um doce diferente, um salame diferente, confecionado diferentemente e acabou a conversa.

E é assim que se mabala da travessazinha que mora no cimo do microondas estes itens todos da minha vida incrivelmente sabedora e feliz.
Só mais uma coisita: as manchas denunciam a longevidade destes papelinhos.

Afazer

Pesquisar por 'Palavra do dia', a ver se o Google tem mas é uma malapata com a palavra elã. Assim, certificar-m-ei de que já a escrevi, ao menos no lbogue... ai perdão, blogue atual.

Já pesquisei e nicles, melhor esquecer o elã da minha vida.

Nós, as Ginas

Vai que ouvimos a Gina dizer que não gosta de esplanadar porque é demasiado inquieta
Vai que ouvimos a Gina dizer que tem frio quando esplanadada
Vai que ouvimos a Gina dizer que se desconcentra das conversas porque se aborrece de esplanadar
Vai daí não ouvimos porra nenhuma do que a Gina disse porque detestamos pra caraças isso de esplanadar
Vai que este é o post 2112, capicua
Vai daí não tem nada a ver

Pequeno-almoço

Batido de banana com framboesa. De resto, o costume: pão e manteiga. Bom, o que difere aqui é que o pão fui eu que amassei. Não hoje pelas quatro da manhã, já se vê.

Primeiro

Bom dia. São oito e quarenta e três. Não são nada, são onze e vinte e sete, só por dizer que vou agora desenvolver os tópicos que apontei aquando do cafézinho da manhã, sendo que a hora do início desta verdadeira saga que é escrever num blogue... era a que aparece primeiro.
Na mesa atrás de mim estava uma senhora de costas para a rua. Olha, parece eu, pensei, geralmente fico de costas nestas coisas, mas ali não era nada disso, era com o desejo único de ver têvê.
Os pacotes de açúcar que guarnecem o pires já não são da marca Christina, mas da Sidul. Sério. Com aquelas receitas. É. Não há meio de lançarem novas receitas ou novos dizeres, ou novas iniciativas. Novidades, 'migos, mandem lá novidades, vá.
tenho que ir ao lugar escondido; tenho que arrumar os acessórios; tenho que fazer as encomendas
Entretanto, dado o número de letras, ia ficando sem folhinhazinhas, então vou ter que abastecer o grampo amarelo, é que depois acabam-se-me as ditas lá no lugar (que também pode ser) da musa e fico com a vida toda desfeitinha.
Só mais uma coisinha, tenho foto, um clique das 12:12. De nada, ora essa.




Reconforto: um dia chegará também, e novamente, o grampo amarelo.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Post lunar

Hoje há lua grande, lua maior. A ver se malembra de a notar, aquando do caminho às escuras. Chama-se perigeu, disseram agora na Radio, o ponto em que a Lua se encontra mais próxima à Terra.

Latim

Fui ver o latim.
«Ad ephemeram gloriam»
Que (não sei se) significa:
«A todos os que passam e ousam deter-se»
Seja lá como for o latim está acima do português naquele monumento. A primeira vez que li, li porque realmente tinha ousado deter-me, o que me fez sentir um bocado especial. Agora já não sei porque paro ali. Em quase todas as situações, a vez primeira é a melhor. Há sempre um certo quê (elã?) no que é completamente novo.

O amigo das nozes

Tenho um amigo que ofereceu nos dois últimos Natais uma quantidade boa (para aí um quilo) de nozes com casca, que vêm lá do seu quintal. A gente vai-as comendo e despachando em pratos vários ao longo de todo o ano, pois claro, mas, ainda assim, o Natal passado encontraram-se as nozes de 2014 com as de 2015. Portanto, se este ano houver também uma oferta dentro deste costume, vão-se encontrar as nozes de 2015 com as de 2016. Mas acrescento já que não se encontrarão as de 2016 com as de 2014, isso não, que eu ando sempre a par das idades dos componentes da minha despensa.

A mulher distraída

Distração?!
Sim, oh sim!
Quanto mais distração...
Mais distraída.

Quando sentires que

Quando sentires que a fobia te atrapalha ou, pior, reduz, a vida social, corre a pedir ajuda médica. Diz que é assim. Já pedi e depois decidi não aviar a receita porque sou uma mulher cheia de força. Isso significa, também, que não estou assim tão mal. E que não tenho vida social. E que estou viva, o que é condição sinequanone para atualizar um lbogue... ai perdão, blogue.

Cliente

Alguém trouxe uma flor do Porto a alguém que tenho à minha frente como cliente, querendo comprar um saquinho de terra para pôr uma flor que veio do Porto num vasinho diferente. Foi ontem que a flor chegou a Lisboa, vinda do coração duma amiga, contou-me a senhora. Agora, ao escrever este texto, noto que não a aconselhei a deixar a flor ambientar-se aos alfacinhas antes de a retirar dos costumes tripeiros...

Da rua mais bonita de Lisboa

Como já no outro dia referi, andam a esburacar a rua mais bonita de Lisboa, portanto está-se mesmo a ver que venho nessa enga outra vez. Por enquanto é alcatrão, o piso que descarnam, mas, quem sabe, eles adentrem o passeio e me arranquem as vinte e seis árvores pela raiz e mas levem, ou então retirem uma daqui e/ou outra dali. Ia curtir que não, bâte, uí uíl si. Au eva, ia ser porreiro para a primeira árvore que encontra do lado esquerdo quem desce a rua deste post, é que está tão larga e abusadora de espaços comuns, que ia ser bom para ela e para os transeuntes, eu excluída do caso, claro está, que a quero antes assim, pronto, sou assim um bocado egoísta.