Bom dia. São dez e cinquenta e dois. Bem vindos a mais um post e a mais um blogue.
Liabos. No título comecei por digitar Lisboa duma maneira espectacuar - Liabos. Claro que para ser lido como se Lisboa fosse falta-lhe um acento no i, quando não a gente põe o acento no á.
Acrescentei à lista de supermercado: spray limpa-móveis e cereais para a rica filha.
Ainda não registei que ando há dias em modo página de diário virtual. Então vá: ando em modo página de diário virtual. Sendo que - imaginemos então que - uma página de diário virtual é isto que ando a fazer há dias – um montinho de letras com um assunto, quebra de linha, linha nua, montinho de letras com outro assunto, quebra de linha, linha nua, montinho de letras...
Hoje vou ler. Hoje vou ler com a desconcentração habitual. É futuro. Hoje lerei. Hoje lerei com a desconcentração habitual.
Boa tarde. São quinze e três. O mundo tem que saber disto, quando não estarei ausente.
Se as pessoas contarem tudo, faço o quê com a imaginação? É esta a minha ficção.
Ia-me esquecendo de ler o livro, aquando da presença no lugar (que também pode ser) da musa. Sério. Mesmo sério. Pus-me a rabiscar, vejam lá, e quase esquecia o livro, que entretanto já pusera em cima da mesa. Eu a rabiscar coisas nos papelinhos e a deixar o livro de parte, ah que estranho, é que não é nada costume.
A árvore amarela hoje deu-me pena, tantas folhas a menos que tem. Houve poesia no contraste do céu cinzento com as folhas amarelas no cimo dos ramos, trouxe alegria. Também me alegrou as folhas que se despenhavam com o ventinho, como que não fazendo caso do despenhamento que lhes estava a acontecer. O despenhar é para enfatizar a cena, o poeta vê com deslumbramento,o ventinho é para afofar a cena, o poeta é uma nuvem, o poema também.
Sentei-me no banco si. Optei por esse, dispensando o hater, vi que tinha coisas escritas num rosa-vivo e quis usá-lo. O motivo foi esse, foi. Tornaram-se-me ilegíveis, as coisas escritas, creio que não passa duma sigla ou rubrica dalgum adolescente que se julga criativo.
Já sei de cor os bancos:
mãozinhas, hater, nadum, gatafunhos, si, nadois
e hoje foi no si.
A avenida já não ostenta os tapetes roxos. Na segunda-feira, quando a percorri, num repente julguei que regressara a junho, ou que viajara a junho. Mas não, era a festa das bruxas, havia bancas com roupas, doces, bijutarias. Nesse dia, uma jovem benzeu-se quando lhe foi inevitável pisar um dos tapetes. As bruxas e o deus em que se crê misturam-se com um gesto, o de benzer.
Grande novidade: o meu bloquinho não tão rudimentar assim tem apenas duas folhas em branco. Convido vosselências para a cerimónia fúnebre desde já. É amanhã, a menos que a cerimónia fúnebre me tenha a mim como defunta.
Tudo organizadinho, nestes dias, na montra mais pequena do estaminé. 'Tudo organizadinho' foi a expressão que um jovem usou ao observá-la. É montinhos disto e daquilo, tenho a montra atafulhada de frascos, mas aos montinhos. Aos montinhos de soda cáustica, aos montinhos de pó para baratas, aos montinhos de cré, aos montinhos de escovas de unhas, aos montinhos de ceras acrílicas, aos montinhos de pó amarelo. Enfim, é uma montra feita aos montinhos e acabou a conversa.
Nunca é tarde para ser youtuber. Eu explico, oh se explico. É que a Radio Comercial agora anda na onda das astags e a desta semana é #nuncaétardepara, vai daí, olha, nunca é tarde para ser youtuber.
Não tenho visto programas de tv. Uma chatice. Em parte é devido à edição de vídeos, mesmo os meus sendo sofríveis, tomam-me um ror de tempo.
'Estaminé', a palavra do dia d' hoje na Radio Comercial. Nem vou à procura de semelhante tal para republicar aqui, seria penosa a escolha, nem imagino quantas centenas de vezes já a digitei, nem teria graça.
Boa noite. São vinte e duas e dezasseis. É hoje.
Boa noite. São vinte e duas e dezasseis. É hoje.
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