terça-feira, 1 de novembro de 2016

Loures, 1 de novembro de 2016

Boa tarde. É meio-dia e trinta e seis.
Já fui a Lisboa e já vim. É. Vim adiante, o carro veloz, estrada, sinalética, túneis. É.
Já amassei o pão, já gravei, já cliquei. É.
Já almocei. É. Tinha para ali um estufado de legumes e um wrap sobrando. É. Enrolá-lo com o algo lá dentro é que não. É. Deitei o morno preparado no morno wrap e não enrolei. É. Mas meti tudo na boca aos poucos. É.

Há filmes em que há cenas em que o personagem se dispõe a escrever um artigo e em que a cena é a decisão estampada no rosto e o frenesim do teclar. A minha vida é (que é) um filme.

Ao meio-dia a sirene soou, portanto já acertaram o relógio dos Bombeiros. Ontem não sei se já. No domingo sei que não.

Fiz gelatina com o (a...? sei lá...!) agar-agar que tinha na despensa há que tempos. Ao contrário das folhas de gelatina, que não podem ferver, esta forma tem que ferver, quando não jamais solidificará.
Procurei, sem resultado, o prazo de validade no pacote, contudo sei, sim sei, que o comprei há que tempos, contudo não sei, pois não sei, quando, contudo sei, sim sei, que foi há muito tempo.
Além de ter colocado o agar-agar no tacho para ferver, tinha já colocado o sumo de meia dúzia de tangerinas, uma manga e uma parte de água, e entretanto tinha já liquidificado tudo. Deu para meio litro de preparado, exatamente o necessário para pôr uma saqueta de agar-agar a atuar com sucesso.

Tenho uma leiteira nos meus pertences. Dantes vivia na sala, resguardada, hoje não. Há uns dias estreei-a para deitar um líquido numa massa de bolo e desde então vive na cozinha, a leiteira. É que é mesmo boa para deitar líquidos em massas, tanto de bolo como doutra coisa qualquer, mesmo que uma coisa salgada e não uma coisa doce como é um bolo.

Bebi café. É. Tão bom. É.

O pão está no forno. Aconteceu um desastre parvo: quis fotografar o amasso, coloquei a massa numa taça de vidro para se ver bem, mas demasiado pequena, que a massa depois cresceu e cresceu. Cresceu tanto que encontrou o pano que a cobria e o sujou de massa crua e fermentada. Felizmente consegui retirar a maior parte. Tenho nove pãezinhos. Quantos teria se? Dez.

Inclinar a cabeça foi bom para descolar a cera dos ouvidos. Quiçá ouça melhor, agora. É que não me apetece pôr música e não está aqui ninguém para me certificar de quão.

Tenho duas varas de arames que não fazem uma de jeito. A pequenina, é isso mesmo: pequenina, sempre que mexo alguma coisa que esteja ao lume quase me queimo, o cabo é muito curto, as varas são como queria e idealizava ao momento da compra, mas o cabo não me serve. A outra é um pouco maior, tem um cabo metálico que foi construído por meio duma mola metálica. O interessante, ou então não, é que uma rodela foi ali posta para deslizar nos arames da vara, de modo a que a vara apequene, o que me faria obter uma vara pequena como a primeira, porém com um cabo maior. Mas não. A força da vara é tão grande que a rodela volta ao ponto de partida.

Cheira bem. É. O nariz funciona, mas, e os ouvidos?

Voltei a fazer a asneira de pôr papel vegetal por baixo do pão, ainda não meti na cabeça que é só pôr farinha no tabuleiro, que ainda que ponha muita e muita farinha em cima do papel vegetal antes das bolinhas, pois que este se pega na mesma.

Dezassete e quarenta e sete. Quase noite, agora. É bem provável que edite este post mais logo. Vamos fazer assim: não havendo mais nada cá por baixo, ficamos aqui, havendo, não ficamos e, nesse caso, até amanhã.

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