quinta-feira, 9 de maio de 2019

Três vezes

Num mesmo e dado dia visitei três vezes o mesmo fornecedor. Não sei que raio me terá dado neste cérebrozinho para lá de fantástico que eu tenho para que na vez segunda me visse a circundar a igreja. Não foi fugir do assunto, nada disso, foi uma questão de, em cada uma dessas vezes que me meti ao caminho, querer fazê-lo por ruas diferentes e vai que me vejo então a afastar-me do destino.
A primeira vez esbarrei em coisas e dei meia volta.
A segunda vez fui ao que ia da primeira mas já não esbarrei.
A terceira vez fui buscar a factura que havia esquecido na segunda. Pusera-me a falar com o senhor de lá... Quero dizer, o senhor é que se pusera a falar comigo, todo interessado no teor do meu estaminé e mais não sei o quê, quererá avenças, sei lá, o meu negócio é absurdamente rentável, portanto já se sabe.
Bom.
Então.
Este post tem ainda que acolher um certo desligamento que tive com a minha afamada espontaneidade, aquando do diálogo que já referi. Movido pela curiosidade (quiçá, ó Gina, mete o quiçá ao início, vá) Quiçá movido pela curiosidade , o senhor perguntou-me 'é uma loja de quê?' , respondi que era 'de ferragens, ferramentas e drogaria' e ele rematou em modo casual 'ah, era só para me situar'.
Ora bem.
A minha espontaneidade devia ter respondido assim:
Situar-se? O senhor tem a morada na ficha de cliente. Ah ah.
Mas ultimamente estou a dormir em muitos momentos do dia e eu nem sou eu nem nada. E olhem que ter-me visto a circundar a tal igreja tem parte com este adormecimento. Estou toda estropiada, 'migos, toda estropiada.

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