À conta dos quilos, tenho vivido circunstâncias um tanto ou quanto diferentes do meu comum, como a observação espantada de uma funcionária de loja:
Mas isso é muito grande para si...!
Pois, que querem, tinha na minha cabeça um padrão de medidas que ainda não havia actualizado, e o que eu estava a fazer era a escolher mediante esse padrão. Uma outra questão, quiçá inversa, foi o argumento:
Ah, não se preocupe, este modelo não é muito grande.
Que ouvi quando percebi que aquele era um modelo de tamanho único. Não tarda estão as senhoras das lojas a correrem para mim com braçadas de calções daqueles em que se mostra parte das nalgas e o caraças, com o elogio mais incentivador que há:
Ficam-lhe muito bem.
E eu, grata e condescendente, a dizer que não (obrigadinha).
Depois foi-me acontecendo outras coisas, como quando me pus a sondar o roupeiro e experimentei um dos vestidos de que mais gosto. Mas percebi que me fica mal, de largo. Ao me ver naquela figura, o Luís perguntou ironicamente:
Vais acampar?
Larguei a rir. Pois, é que não encaixa no perfil. Numa outra sondagem ao roupeiro escolhi uma camisola que talvez não fizesse de tenda para o corpo que agora tenho e tal, enfiei-a e, quando perguntei à rica filha (a minha conselheira de moda predilecta) o que achava, mesmo sabendo de antemão que não encaixava, a rapariga, impaciente como é, o que fez foi responder-me muito depressa:
Ó mãe, tu estás magríssima, que queres? Arranja roupa do teu tamanho!
Larguei a rir também. Pá... Grau superlativo. Gue-rau su-pe-re-la-ti-vo a-be-sso-lu-to e sintético. Bom, está-me cá a parecer que, por tanto, este post é maior do que eu. Ai. Bom resto de dia a todos, é o meu desejo, que há ainda um terço dele para usar.
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