sábado, 15 de maio de 2021

Infinitamente

Na infinita possibilidade do apaga-e-reescreve do software há facilitismo e rapidez e, se há questão que me aparece há anos, é como sairia o que escrevo se antes tivesse à disposição uma máquina de escrever.
Ia até, agora me lembro, ser giro pra caraças ter capturado o ecrã enquanto passei pelas tentativas de redigir o parágrafo acima - passou por uma boa dezena de 'figuras'. É também mais difícil abandonar os textos, precisamente pelo lado fácil que o software contém.
O que despoletou este tema foi uma entrevista que vi, e ouvi, em que o entrevistado contou que tem uma catrefada de máquinas de escrever e que as usa para escrever o que lhe aparece na hora, independentemente de lhe parecer bem ou de nada ter a dizer, é treca treca treca treca e vai disto. Esse entrevistado disse que um texto redigido através de um teclado de computador é mastigado. Pá, e é, adquire toda uma catrefada de formas (como referi acima) até o redactor considerar que o produto está finalizado. Agora vou pôr-me a escrever treca treca treca treca, a ver se me aguento.

Pois então cá estou. Falar de tempo, se calhar, não? Está um lindo dia de nuvens no céu. Pois, seria onde, né? No chão? Ah ah. O sol desponta mas em poucochinho. Neste momento (ah, sempre o momento) (o momento é a salvação do momento) estou sozinha em casa, coisa que é habitual se num sábado está o mundo. Pode dizer-se que o meu mundo gosta de sábados. Mas eu também. Gosto de estar sozinha, já pus isso no blogue uma catrefada de vezes, não fujo de estar sozinha, antes pelo contrário, promovo, consigo. Deve ser por isso que não tenho amizades profundas. Quero mudar de assunto, ai. Já chega de escrever. Já, é isso, já chega de escrever. Não chega nada. Sabem que eu acho deveras difícil escrever o que vem à cabeça sem ir buscar análises do que sou. Por isso é que escrever nem sempre é fixe e porreiro. Ai não é não. Às vezes escrever é uma merda. E é-o porque o interior clama pelo mau e ruim de mim. Até rimou. Dever ser verdade, então. Agora é que já chega. Registo que este pedaço de texto foi redigido corrigindo somente os erros do dedilhar, não o modo como está escrito e nem mesmo a pontuação. Adeus.

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