terça-feira, 12 de outubro de 2021

Gina, numa relação como o supermercado.

Do supermercado e o supermercado e mais o supermercado. Num repente lembrei-me do seguinte: sempre ouço que canção deixa o rico filho no autorrádio mas, bem vistas as coisas, também ele ouve a que deixo eu. Isto: ao menos um bocadinho, pois claro, que, logo de seguida, ele ou eu mudamos de acordes.
Então vá.
Tenho vindo a protelar a divulgação de qual a canção que agora me acompanha nas idas e vindas para, e do, supermercado. Trata-se de uma canção bem antiguinha, pertencente ao repertório de Laura Pausini – La Solitudine. Gosto de variar de língua, aliás, de Língua, por isso é que desta vez escolhi o italiano. Esta canção, trago-a na memória também por conta de ser uma das que uma professora de Ginástica que tive em tempos há muito idos usava para o descanso final, aquela parte das aulas em que se alonga o corpo e a escolha musical flecte para algo mais calminho do que, por exemplo, quando se anda aos pulos em cima de um step, ou em rodopios tão próprios da aeróbica. Velhos tempos, lá isso, agora os steps são decks e a aeróbica é zumba, ou coisa assim.

arranque
Marco se n' è andato e non ritorna più
E il treno delle 7:30 senza lui
curva estreita, porém, com avistamento
Chissà se tu mi penserai
Si com i tuoi non parli mai
rotunda da farmácia:
Piangi i non lo sai quanto altro male ti farà
La solitudine...
entrada na estrada principal
Marco nel mio diario ho una fotografia
Hai gli occhi di bambino un poco timido
a curva mais temida
Tuo padre i suoi consigliche monotonia
Lui com il suo lavoro ti há portato via
rotunda das pedrinhas brancas a rasar os lancis
Non è possibile dividere la vita di noi due
Te prego aspettami amore mio... ma illuderti non so!
subidinha das tampas de esgoto
La solitudine frai noi
Questo silenzio dentro me
rotunda das pedrinhas brancas em cogulo
È l' inquietudine di vivere la vita senza te

Depois repete-se alguns versos e percorro o resto do caminho, contendo este uma recta fixe, uma curva para lá de boa, uma subida que termina numa rotunda, onde entro e saio e só páro quando chego a um parque de estacionamento bem bem bem desafogado. É-o assim porque é manhã manhã manhã quando (tudo) isto acontece.

Sem comentários:

Enviar um comentário