Em dada altura das férias deixei de dar atenção à roupa que ia largando pela Europa, e isto por conta de ter mais o que escrever. Sendo assim, deixei para um futuro, pois, isso de esquecer, é que nunca. A blusa que se seguiu foi uma de padrão estranho. Notem bem, estranho não é feio nem parvo, é estranho e pronto. Quando a comprei gostei imenso dela. Ok, isto sim é parvo, como seria parvo se tivesse comprado uma blusa da qual não gostasse em absoluto. Desgostei, pronto. Sei lá, deixou de ter bom cair, o padrão aborreceu-me, é (era, pobrezita) muito larga, em dias de calor os braços roçavam no tronco em presença de um suor indesejado e as badanas esvoaçavam sem graça. Ficou em Antuérpia.
Foto... Não há foto, perdi-a, sei lá como ou por quê.
Seguidamente, Polsbroek foi a localidade agraciada com um dos meus pertences mais lindos. Já havia sido linda, já, a camisola que lá deixei. Trata-se de um espécime azul-escuro, de malha larga, esburacada, mas forrada. O forro tinha na base uma renda e blás. Bom, então o que é que aconteceu para eu ter desistido deste espécime? Encolheu. Sério. Encolheu mas na parte de fora, a esburacada, o que levava a que a parte de baixo, portanto: o forro, desviasse a orla um bom bocado da orla da parte de cima.
Em Andoain, foi a vez de deixar uma t-shirt que a rica filha me deu porque ela própria já não a curtia lá muito. É seu costume perguntar-me se quero ficar com os demais que lhe acontecem em matéria de trapos e, assim, prolongar-lhes o tempo de vida no nosso lar. Aceitei a oferta dela, ficaria com a dita, mas não demorou nada de tempo até eu própria me fartar. Era gira, era, mas não o suficiente, alargara muito e tinha cada vez mais borbotos. Então, e já agora, seria uma óptima ideia levá-la na grande viagem, em certo dia dar-lhe-ia o términus que já se conhece e pronto. A foto que a representa foi tirada ainda em França, num posto de abastecimento, que Mr. Google manda dizer que é o de Lugos.
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