O senhor doutor compara a minha demanda a «uma escadaria, firmando a ideia de que jamais eu desça mais degraus do que os que subi da última vez», mas eu não, «eu vejo um caminho, sempre sinuoso, mas com desbastes aqui e ali», já eu no outro dia pus no blogue. Mas, vai-se a ver, é a ideia dele que uso como bitola, provavelmente por a minha não ser porra de bitola nenhuma, é antes uma questão inconstante, afinal num caminho sinuoso tanto pode aparecer curvas, pedregulhos e cardos, como não. Ou seja: não tem a ideia de métrica ou cadência que uma escadaria insinua. Entretanto, descobri que não sou toda a gente. No consultório do senhor doutor, não. Eu sou eu. Não é ser a Gina, é ser eu. Às vezes gosto da ideia. Às vezes não gosto da ideia. As vezes em que gosto são aquelas em que me sinto especial e única e é com vontade que mostro isso ao mundo. As vezes em que não gosto são aquelas em que me sinto sozinha, porque quando estou sozinha quero igualar-me a toda a gente.
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