Notei uma mulher mirando atentamente a quinta árvore que encontra do lado esquerdo quem desce a rua mais bonita de Lisboa. Era como se lhe contasse as folhas, quantas castanhas, quantas verdes, quantas amarelas. Depois subiu (eu descia) e mirou a seguinte, que neste caso era a quarta árvore. Ó pá tóin xiru! Será que ela conhece o meu interesse desmesurado pela posição das vinte e seis árvores desta rua? Pelas árvores desta rua? Por esta rua? Tudo na maior abundância? Oh porra que até canso? Claro que não. Então e quando cortaram ramos às árvores? E a árvore arredondada, que linda era? Pesadona, tudo bem, ok, vá, mas cortaram-lhe tantos ramos que deixou de fazer jus ao que, não obstante, ainda lhe chamo.
E se a mulher era stalker? Não era nada. Ora. Eu, querendo ser stalker, seria muito boa nisso. Sei lá, é-me fácil passar despercebida, e nem me vou alongar nisso das particularidades, bem sei que as tenho, mas pronto, coiso.
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