segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Fidalgo

O Luís, porque as minhas lides contêm três gatos e falo deles tão entusiasticamente, diz que qualquer dia vamos ter um. Eu tive um gato, no tempo da meninice. Mas, depois de adulto, o Fidalgo 'foi para as gatas', como dizia a minha mãe, e nunca mais o vimos. Isso fez com que tenha passado quase toda a vida sem achar grande piada a gatos. Até que conheci o Kit e a Kat. Depois veio o Miau. E ainda bem que vieram. O Kit é um indolente capaz de atrair o mais duro ser humano, a Kat é uma tímida, porém, fofa e o Miau é... Pá, o Miau é ainda tão infantil que só o vejo como traquinas, mas é giro que se farta.


O Fidalgo tinha as cores do gatinho do desenho. São estas as coisas que lembro dele, as cores, a fugida e a falta que lhe senti. Mas agora não faltam gatos na minha vida, lá isso é verdade. E até cães, tanto a Olívia, que é a minha cadela, o meu bicho-cão, como a dócil Lila, a cadela do corpanzil.
Tenho-me esquecido de registar que a Luna morreu. A Luna era uma cadela muito doente, moradora bem rente ao estaminé, que todos os dias me vinha cumprimentar. Desconheço qual o nome da doença da bicha, só sei que ela caminhava cabisbaixa, como se não pudesse andar mas andando na mesma, e cumpria o ritual de dizer 'olá' às pessoas conhecidas. Chegou um dia em que já nada se podia fazer para que a cadela vivesse condignamente e a sua dona tomou aquela decisão difícil de pedir o abate. E pronto, fica então o registo. Luna, ficas tu também aqui, já que este é um post de animais.

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