Fui, como vou tantas e tantas vezes, com o meu colega a casa de um cliente. À despedida, o cliente acompanhou-nos à porta, como tantos e tantos clientes fazem (todos, a bem dizer, todos), e agarrou numa pequena garrafa que estava em cima do pequeno móvel de entrada, oferecendo-ma. Já fora de casa, o cliente recolhido, pousei-a no corrimão da escada para a fotografar.
Em todo este tempo trazia comigo um vasinho com uma planta para entregar a um outro cliente, que entretanto não se encontrava em casa, acontecendo portanto que andei este tempo todo com o vasinho na mão. No dia seguinte dei por falta dele. Onde é que está, onde é que não está, estará estará, não não está. Afigurou-se-me tê-lo pousado no chão para tirar a fotografia acima. Mas afinal estava onde era para estar, no estaminé. Às vezes há gestos tão mecanizados que não se retêm na memória, como é este caso, não me lembro de pousar o vasinho, de o recolher, tampouco lembro se tirei a fotografia com ele na mão. Mas olhem que sou mulher para isso, se há coisa que faço amiúde é tratar de tarefas com as mãos cheias de coisas, como se em ânsias, ou coisa assim.
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