Agora que passaram alguns dias por sobre a obrigatoriedade do uso da máscara cirúrgica em espaços que não excedam xis de metros quadrados, há caras que vejo integralmente pela primeira vez. Sério. É que, parecendo que não, passou cerca de um ano e meio e aconteceram-nos novos conhecimentos e novos clientes, daí lidar com algumas caras pela metade há tudo isto de tempo. No outro dia entrou no estaminé uma das pessoas de quem até então apenas conhecia os olhos e a voz. Não a reconheci senão pela voz, qual olhos qual quê. Depois fiz-lhe saber que havia gostado de lhe ver a cara. «Olhe, estou apaixonada!» Disse ela - «É logo outra coisa!» Percebi uma certa ironia, um desejo escondido, uma malícia insegura. Pronto, coisas assim.
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