segunda-feira, 6 de agosto de 2018

À entrada

Para apanhar o molho de chaves puxei o cordão que as prende e, sei lá com que voltas, todas as canetas que transporto comigo caíram no chão. Lamentei ser grafómana. Sério. Quem sabe se, andasse eu somente com uma caneta banal, abastecida de tinta de cor banal, isto para registar pontualidades. Mas não. Ando com cinco canetas, todas de cores diferentes:
cor-de-laranja
cinzenta
verde
azul-turqueza
azul cobalto
Esta última é a única cor banal e seria a escolhida, fora eu uma pessoa longe da correria que corro só para apontar as minhas coisinhazinhas, que gosto de apontar em tons diferentes, não propriamente por ordem nem nada do género, é que gosto de variar.
No momento que descrevo acima, andavam dois meninos de sete ou oito anos brincando por ali. Quando as canetas caíram, um deles prontificou-se a apanhá-las. Foi tão rápido que as apanhou antes que eu lhes pudesse chegar. Que raro é o cavalheirismo na infância... Fiquei-lhe muito grata, fiz-lho saber, e aconselhei-o a continuar assim.

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