A praia está cheia de alforrecas. E mordem, as bichas. 'É um problema, pá, isto é um problema', como diz um amigo das motas. Há piscina, pois há, e é aí que me enfio.
A minha vizinha do lado é mulher para muitos anos de vida. Tem uma casinha pequenina de onde vem um cheiro que se presta a ser bom mas não alcança prestabilidade alguma, pois que cheira a rebuçado com aroma muitomuitomuito artificial. Que ambientador mais mau... Bom, adiante, que mais coisas há a contar da vizinha. Há pouco, ia eu a sair, vi que ela tinha a porta escancarada porque andava a retirar sacaria de casa e a pô-la no átrio com o intuito, presumo, de jogar lixo no lixo, e, como sou montes de cusca, olhei para dentro da sua casinha e vi bugigangas até dizer chega. Tipo assim com o estilo com que decorou a varanda mas mais, muito mais intensa, por de maior número serem as coisinhas. Vi bibelôs e armáriozinhos, tudo recto e arrumado, mas desprovido de... Não sei. Não sei de que é desprovido, não me sinto bem se disser que é desprovido de vida, que é um lugar morto, afinal o que vi, vi de repente e, embora os repentes sejam certeiros, são estúpidos por serem provindos somente da emoção, portanto: que sei eu, né?
Nota de meio de texto:
Este post devia chamar-se 'que sei eu, né?
Hoje poupo-vos ao meu penteado. É para o desejarem mucho. Já estão a desejar muchomuchomucho? Não, né? Então prossigo dizendo que não sei que voltas dei ao cabelo para ficar como mostrei ontem, se não é questão de mudança de detergente e abrilhantador, pode ser da água falar uma língua diferente, será? Poderá ser, quiçá e eventualmente, às custas de eu me ter esquecido da escova de cabelo... Mas pentear-me com os dedos já eu faço há anos, ainda que não haja um só dia em que não passe a escova, mas vá.
Ainda não registei que estou num décimo quarto andar:
Gosto sempre de ver as copas das árvores, seja qual for o ponto do Globo Terrestre. Pode pensar-se que não há insectos devido à altura, mas há. Para já, há coisa de uns dez minutos andava aqui uma mosca. Para depois, há teias e uma vítima:
Acho que hoje escrevi mais do que ontem e, se sim, é porque comecei logo de manhã.
Agora é noite e estou chegada de uma paella, que estava nuito boa. Um casal de uma mesa ao lado, terminada a sua refeição, levantou-se, e nisto a idosa senhora dirigiu-me a palavra: Did you enjoy your meal? Yes! Respondi eu com entusiasmo. Achei tão engraçado quanto curioso. Porque terá ela reparado em mim, terá ouvido o modo como converso, ou ouviu-me trautear uma canção? Fica a dúvida no blogue porque não vou dormir com ela. E, já agora, a lua hoje está mais gorda. Parece-me.
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