Passei na lavandaria e ouvi a voz da mulher que me atendeu há tampos... ai perdão, tempos. Tinha ficado de me ligar para combinarmos as entradas e as saídas dos panos de limpeza, estando já de sobreaviso a esfregona e o balde. E a escovinha. De PVC, que as de piaçaba estão caríssimas. Ó 'migos, é assim: vamos trabalhar! Mas ela não ligou. Alvitro, pelo trejeito da boca e onomatopeia vocalizada, que me terá achado molengona. É uma chatice quando me percebem diferente. Enfim. Marió insistia em que eu é que tinha que mudar, se o que sou não é o que os outros vêem, isso é problema meu, não deles. Ou seja, algo de certo, de evidente, de presente, está no que transmito. A vida é uma merda. Porra. Tempo despendido, leia-se: molengona, está de bem para com a perfeição. É um bocado aquela coisa de ter de caminhar de cabeça erguida, os ombros para trás e para baixo, sem parecer pretensiosa. Oh! É que não vai dar...
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