Ó pá, nem queiram sabem, então não é que andei a prevaricar contra a Lei? Eu pensando estar em Ordem, claro está. Nisto dos tais cinquenta anos era preciso, como acho que já para aqui vim dizer, actualizar a Carta de Condução, só que não entendi as explicações que me deram, percebi que podia fazer anos e depois tratar do assunto. Mas não. Quando percebi bembembem as vezes que andei de volante nas unhas, duas dessas vezes com um carro que nem é meu, caramba, quedei um pouco. Digo um pouco porque não me espalhei completamente no chão nem nada disso, só que o pedacinho que quedei foi o suficiente para gaguejar enquanto concluía vocalmente perante a moça dos serviços isso de ter conduzido um carro que não é meu quando não podia, ai que horror eu nem falar consigo. É que até aqui eu só gaguejava em frente aos meus, crendo eu que isso se deva ao facto de quando estou com eles por vezes falar entusiasticamente e então vai-se a ver e vem de lá uma gaguez, que é pequerrucha, tudo bem, mas é gaguez. E de entusiasmo, portanto é uma gaguez boa. Mas agora também já se me prende a língua quando falo com estranhos! Ó pá! A minha vida é um inferno, é. É, é.
Eu até já andava para vir contar dessa vez em que andei como carro dos meus sogros. Não foi por nada de especial, é que era preciso fazer-lhe umas coisitas, que seriam feitas numa oficina perto da minha casa, e a maneira mais fácil era eu tomar conta de o levar de volta. Pois dessas vezes aconteceu que viajei sem música, o que me aborrece, mas pronto, e deixei o vidro aberto enquanto me aviava no supermercado, tendo deixado à mão o meu equipamento motard, que vale algumas centenas de euros... Mas nada desapareceu. Não dei conta de ter deixado o vidro aberto porque o meu calhambeque é velho que se farta e já tem aquela paneleirice de se fechar sozinho., Nem mosquinhas mortas lá entram ou de lá saem após o pi.
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