Antes de mais revelo a grande novidade na minha vida - não mais terei de andar à pesca de comentários por aprovar no 'interior' do blogue. Que boa notícia. Logo de manhã tinha uma mensagem a dizer-me para aceder a tal parte para aceitar o convite de ser notificada. Até que enfim!
Fui ao supermercado. Hum. Que não-vontade, 'migos, que não-vontade. E depois ainda tive de ir dar de beber ao burro, que já apitava nas curvas, tal a fomeca. Mas agora estou aqui convosco. Olá.
Andei a dar uma volta ao meu caderno diário e ao do amarfanhado de folhas. Dentro deste estava um papelinho que dizia:
olejilhões)
mexilhões
mejjillones)
Tentei transcrever o 'desenho' que fiz com as palavras, que não me apetece fotografar, e que significa que numa ementa de um restaurante em Espanha havia uma folha dedicada aos portugueses, onde, quem a compôs, concluiu que mexilhões se escreve olejilhões. Já mejjellones é à espanhola, ou então não, sei lá eu, e nem vou pesquisar. Por entre as folhas do caderno tinha três folhas, de diferentes espécies, que arranquei de um canteiro de um outro restaurante, também durante as férias. É só coisas boas. Não vou guardá-las nem nada disso. Desta vez, não.
Ah, e verdade, da ida ao supermercado, dentre uma catrefada de coisas, trouxe isto:
Ó pá toin xiru, poijé?
Não cheguei a ver o filme que queria ver, o 'Flores partidas'. Ainda tenho tempo, claro, mas isso implicaria não escrever. E eu - não que viva para escrever, mas não vivo sem escrever - prefiro o blogue. Mas, logo de manhãzinha, pus-me a ver um filme (não recordo o nome) com a Maria de Medeiros, um filme erótico e algo intenso e cativante, mas como tinha mais que fazer, deixei para aí a dois terços do fim. Se calhar, daqui a pouco, quando se me esgotar o palavreado, vejo o resto.
O docinho de que falei ontem está mesmo muito doce. Ah, que exagerada, pá. Ou será apaixonada...? Ai... Eu queria que o meu escrever fosse apaixonado. Ai. Quando escrevo à mão, no caderno diário ou no bloquinho rudimentar e tal, sou rápida, mas tenho uma caligrafia de mete-nojo. O Luís diz que escrevo com muita raiva. E eu queria que fosse apaixonadamente. Mas pronto, seja lá como for, é debaixo de um sentimento intenso que escrevo e, se não é o que queria, pois paciência.
Comprei a revista Continente Magazine de Setembro, a que já dei uma parca vista de olhos, mas, ainda assim, já constatei que tem menos cupões de desconto e menos páginas. Até me pareceu que as folhas são mais pequenas, mas pode ser da espessura estar menor. Qualquer dia deixo-me disto de comprar esta revista, é que ando sempre atrasada, por exemplo: saiu agora a de Setembro, mas eu ainda nem sequer comecei a ler a de Agosto, ou, se comecei, é isso mesmo, comecei. Levei-a de férias, sabem?, é, mas nem lhe peguei. Foi só para fazer peso, claro. E sim, aquela minha cena de não conseguir/querer ler também abrange revistas. O mês passado comprei também a revista Cristina, falo portanto da de Agosto, deu-me curiosidade, quem sabe seria uma alegre surpresa e eu, nas férias, a leria toda de uma enfiada. Só que não. A questão é minha, não do tipo de leitura, se é livro ou revista, pouco importa.
Hoje não faço jantar, sobrou do almoço, umas massas em forma de rosca e umas carnes em forma de porra nenhuma. As massas cozi-as com sal e especiarias, sendo estas uma mistura de pimenta preta em grão, açafrão e cominhos em pó, lâminas de alho seco. Estas são as que percepciono, que outras há, ou então não. A carne é de aves e espetei com ela dentro de uma frigideira onde tinha posto o líquido que ontem escorrera dos bifes de frango que fritara. Entretanto guardei a água de cozer as massas para cozer, daqui a nada, os bróculos. É só aproveitamentos. Se calhar não é bem vindo, este caldo de cozer massas, por largarem farinha com a cozedura, mas se eu deixar assentar, que estou a deixar, o cimo do líquido estará livre do indesejado. Talvez eu conte como correu. Os bróculos são para juntar a isto tudo. Deve ficar bom.
Também tenho visto alguns programas de culinária. Quero dizer, na verdade são todos do mesmo, 'Os Segredos da Tia Cátia', de Cátia Goarmon. Uma querida. Uma fofa. Tem cada invenção mai linda, pá. Há pouco fui dar com uma tarte de manjericão, que não entra no recheio, não senhores e senhoras, mas na massa, joga-se tudo para dentro do processador e pumba. O recheio é de queijo de cabra e chalota, ingredientes substituíveis, pois claro. Ah, e ovos a ligar, e não tudo jogado no processador, não senhores e senhoras, que a chalota é refogada em manteiga, para mais macia ficar, e deitada na base de massa ao depois da mistura de ovos e queijo.
Ah, o Ginásio, pá! O Ginásio! Estou quase lá. Há anos e anos e anos que o Agosto é de interrégno. Tenho saudades, há movimentos que me acalmam o corpinho. E a cabeça. Senhores professores e senhoras professoras: segunda-feira estarei junto de vós.
Do tal filme erótico, já vi mais um pouco, estou agora para aí a metade e entretanto também já vos posso dizer o título - Henry e June - e vai agora escaldante, e gosto. Entretanto já pesquisei acerca, uma vez que o escritor Henry Miller faz parte dos personagens, e descobri que o filme é baseado nos diários de Anaïs Nin (é ver aqui, em querendo), que escreveu num diário durante cerca de sessenta anos, sendo ao todos umas trinta e cinco mil páginas. Porra, acho que não chegarei a tanto... Mas vá.
Ontem chegaram-me umas luvas coloridas, que são de ciclista mas é aqui a motard-pendura que as vai usar. São muito coloridas, bem ao jeito dos néones da malta de duas rodas, e sei que são de ciclista porque apenas as palmas estão protegidas, nada nos nós dos dedos, quer isto dizer que, em caso de azar, não esfolo as palmas das mãos mas parto ossos. E também os esfolo. Hoje chegou-me um gorro de malha fina e em cor morta. Agora é noite, não dá para ver bem, mas é coisa que fica ali entre o creme e o cinzento claro. Amanhã digo-vos. Claro que já o enterrei na cabeça, claro que achei que me fica bem. Até fiquei com pena de não o ter mais cedo, ter-me-ia dado jeito para esconder o penteado que daqui a dias mostrarei ao mundo em forma de vídeo a falar dos livros e cadernos que levei trouxe de férias e dos meus cadernos novos. Sim, já tenho novos cadernos.
Não terminei de ver o tal filme, mas conto terminar.
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