terça-feira, 14 de agosto de 2018

Praceta

No tempo do segundo café estive a ver a vida na minha praceta. Uma vizinha levava em braços uma televisão daquelas pequenas. Chegada ao contentor do lixo, jogou-a lá para dentro. Pouco depois apareceu com outra televisão, mas de rojo, por ser maior e mais pesada. A meio do percurso juntou-se-lhe uma vizinha barra amiga e as duas empurravam a televisão. Depois, jogá-la para dentro do contentor é que foram elas. Mas conseguiram. Fui buscar outro café. A minha vizinha do lado atravessava a praceta com o seu passo mole e mas com um motivo, com um destino. Um vizinho que tem um jipe enorme, cuja matrícula é estrangeira, mas é tão estrangeira que não sei de onde veio o jipe, saiu montado nele. E eis surgindo três figuras femininas, duas adultas e uma criança. A mãe e avó, a filha e mãe, a filha e neta. Duas mães e duas filhas, que parece quatro, porém, três pessoas somente. É como aquela adivinha, sabem? Gira que se farta e velha que eu sei lá.

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