sexta-feira, 31 de maio de 2019
Baú
Sei que não vale a pena, não quando o desgaste é superior à utilidade, mas sim quando não há qualquer utilidade no desgaste.
Ver-me-ia em grandes apuros se tivesse que explicar o que escrevo. Há sentimentos que atiro para aqui sem explicações, estão como que camuflados, protegidos pela minha própria linguagem, têm um código que só eu sei descodificar.
A musa apresenta-se mais inspiradora no sítio em que eu menos gosto de estar.
Este sentimento abala-me. Nem sei se ria pelo absurdo, se chore pelo descontentamento.
|Maio 2009|
Éticas
(Sem falar em nomes) O senhor doutor contou-me de uma paciente que encontrou um problema de saúde devido à toma repetida de um fármaco. (Sem falar em nomes) Percebi quem é a paciente e o teor do problema em questão. Isto porque uma cliente, que frequenta o mesmíssimo consultório que eu, me tinha contado uma experiência igual à que ouvi do senhor doutor. Podem as éticas profissionais, a dele e a minha, convergir? Ao que parece, podem, mas calei o bico.
Boa tarde!
Está um calor que não se pode. Trinta e quatro graus na praça mai linda de Lisboa, às cinco e picos.
Adeus amiga árvore amarela, não será brevemente que venho cá ver-te.
No novo espaço
No novo espaço onde a Carminho agora desenvolve o seu labor estético, estava uma antiga cliente minha, que era, invariavelmente, compradora de duas recargas de gás, lembrando barra advertindo em cada compra que se lhe arranjasse botijas baixinhas. O motivo foi explicado apenas uma vez, era por conta de o lugar onde as enfiar ser demasiado baixo, e fique-se então sabendo que aquela marca de gás tinha vários feitios de botija. Hoje, até agora, só escrevi tudo quanto interessa à blogosfera, que eu cá sou boa nisso. Bom. Então. As botijas com aquele feitio eram encomendadas, elevando, portanto, a encomenda a especial, e a vida corria. O marido desta cliente tinha um sobrenome que terminava em 'ão', que era aliás como era conhecido entre as gentes do velho estaminé, e eu, que sempre fui criativa e coiso, quando queria falar na senhora (sem que ela estivesse presente, pois claro) alterava esse mesmo sobrenome para algo lembrador do feminino e que terminava em 'ôa'. Este post é muito bom, bem sei. Bom. Então. Não gosto lá muito de parágrafos, não. Dona Ôa estava então a fazer a sua mise. Sério. Fiquei estupefacta, há anos que não via uma cabeleireira enrolar rolos, perfeitamente alinhados, alegadamente com a mesma quantidade de fios em cada um (eh pá, olhem, se não tinham precisamente a mesma quantidade, parecia!), assim todos muito esticadinhos, sem estarem fora de si, entendem? Depois colocou-se naquele meio ovo gigantesco, vulgo secador de salão de cabeleireiro e ali ficou, lendo. Quando de lá saiu e lhe foram retirados os rolos, havia a cor lilás madeixa aqui, madeixa ali. Que cabeça mai linda! Tudo isto foi por mim assistido enquanto a Carminho me tratava da manicura. Tenho um lindo tom lilás. Desculpem, é que terminar este post em beleza é fundamental. Alusão à canção de outros tempos, pois é. Aparecida somente após o digitar da expressão, acreditem. Não sendo, pouco me importaria confessá-lo. Já agora deixo o vídeo da tal canção a que aludi longe da intenção de o fazer.
Lisboa, 31 de Maio de 2019
Estou a preparar-me para o Dia Mundial da Criança → o meu colega adverte-me que não coma a barrita inteira, que daqui a pouco vamos almoçar e depois não como nada, que ele já sabe como é. Um dia cai-me a máscara infantil, mas por ora aqui ando, cantando e rindo, maravilhada.
quinta-feira, 30 de maio de 2019
A Partilha
Vou partilhar uma história consigo, decidiu ele. Hoje, precisamente acerca deste acontecimento, penso que, muito mais do que a partilha, importou partilhar.
Dias de um Ginásio
Há montes de tempo que não ouvia alguém rir das minhas piadas. Sério, eu ia desenrolando o tema e ela ria a bom rir. O chato é que o tema era varizes... Pois.
Do caderno antigo
Estou no consultório. Logo que entrei olalei o senhor doutor com entusiasmo e senti-me estranha por conta do tanto entusiasmo que foi. Ele recolheu-se para terminar de atender o paciente da hora (capazmente, como é aliás seu costume, de maneiras que não me surpreende) e eu fiquei aqui, na sala de espera, a moderar este meu estado descontente. Será bem melhor mudar o registo, daqui a pouco estou ali, com a secretária desaparafusada pelo meio da gente os dois, acabrunhada devido ao meu desempenho vocabular.
Nesta sala há um elefante dourado com uma pessoa lá em cima, que é vermelha no corpo, ou na vestimenta, e dourada na cabeça. Tem um turbante, ou lá que é aquilo. Daqui não vejo bem. Mas deve ser isso. Já caminho de cabeça levantada. Há pouco voltei a notar isso, é coisa que tenho vindo a reparar. É claro que nem sempre estou este poço de autoestima, mas. Lá dentro ouço a voz suave do senhor doutor, tem um sotaque incrivelmente bonito. Na verdade eu gosto dos sotaques todos, Norte a Sul e Ilhas. É tudo giro, não sou lá muito esquisita. A ver se lhes pára a conversa, que daqui a pouco não tenho folhas no caderno. Espaçada como é a minha caligrafia, é o que estou a prever. Parece que já estão a despedir-se. Vou parar.
O texto acima foi rabiscado em nove de Maio último, no caderno que me ofereceu a rica filha aquando do meu último aniversário. É, acabou-se-me as linhas para lá rabiscar coisas. Expliquei como é o dito caderno neste post.
A chatice da fama sem vírgulas
Perguntam-me amiúde se
Perguntam-me amiúde se não tenho medo de andar de mota e se não é aborrecido ir para tão longe de mota e se e se e se.
Pá, pronto, não morro de amores pelo tema, não senhores, não é que tenha medo... Quero dizer, por vezes acho que a 2ª Circular é demasiado estreita para ultrapassagens em meio de faixas e tal, é aborrecido calcorrear estradas durante mais de meia hora, mas há a paisagem e eu não sou esquisita com isso, tudo me serve, e há intercomunicadores, de maneiras que a gente diverte-se e conversa. Só que há uma questão importantíssima: o meu condutor predilecto tem imenso prazer em viajar de mota, e era logo eu, a pessoa que mais dele cuida, que lho tiraria? Claro que não! Ademais a gente gosta aos bués de viajar juntos, portanto... Está quase.
Terminus
Ó Gina, tu leste? Li. Tenho lido e já terminei o tal livro que foi uma releitura: 'Comam Bolos!' de Jeanne Ray. É uma história muito bonita, trata-se de uma família desmantelada que se reuniu com a preparação de bolos como mote e, por arrasto, a ideia de um negócio e da sua possível prosperidade, e que prosperou.
Confesso que já terminei a releitura há semanas e não tenho tido tempo barra paciência barra vontade para fazer o post do terminus, portanto, por me ser difícil encontrar o sentimento com que terminei a leitura, nada mais tenho a acrescentar. Ah, espera lá, no fim do livro estão duas receitas que quero obviamente experimentar:
Bolo de Amêndoa e Alperces com Licor de Amêndoa Amarga
Bolo de Batata-Doce com Cobertura de Rum
Para a primeira receita vou ter que arranjar licor de alperce, que é coisa que não sei onde encontrar mas não duvido que possa prepará-lo eu, ainda que presuma que é coisa para levar meses a apurar. Ainda assim, também não duvido que leve uns quantos meses a efectivar estas duas receitas, mas, afinal de contas, que mal é que tem, né?
Boa tarde!
Hoje é dia da espiga e nem era preciso dizerem na Rádio, Lisboa está pejada de pontos de venda do famoso raminho. É possível que os pontos se espalhem por todo o país, só por fizer que, eu, (ui, ca vírgulas mai bem coiso) tem sido sempre em Lisboa que passo as quintas-feiras de espiga.
quarta-feira, 29 de maio de 2019
Estou mais gorda
Ao passar pelo tal centro de estética, voltei a ser notificada com um daqueles folhetos publicitários, os tais que prometem rápidos e duradouros emagrecimentos a todo e qualquer um e uma. Eh pá, a sério, mas que merda vem a ser esta? Atão mas atão?
Quando de manhã
Quando de manhã vi a vizinha Gislena, esqueci-me de lhe perguntar se o Tejo havia recebido as minhas saudações de braços abertos ou outro gesto qualquer ou não de todo.
O fulcro perdido
Se tens alguma coisa para me dizer eu largo já isto, disse-lhe eu quando ele referiu que estávamos os três a olhar para os respectivos telefones, em vez de falarmos uns com os outros. Ele largou o dele e eu o meu e pôs-se a contar-me algo que já não recordo, nem é esse o fulcro. O fulcro também não é o facto de o terceiro elemento deste post não ter abandonado o seu telefone. Estou um bocado perdida, na verdade, que já nem sei qual é o fulcro... Talvez os três telefones... simplesmente... existirem...? Nós existirmos... e estarmos absorvidos pelo indevido...? Indevido?!
Nota barra lembrete:
Este é um post cujo título surgiu pelo modo como correu a sua construção. Como tantos, afinal, mas vá, deste fica aqui o registo.
Sombras
Li algures um texto acerca de sombras e luzes, que já não sei reproduzir senão o facto de, no fundo no fundo, se fundirem, uma vez que ambas resultam do mesmo e nenhuma delas existiria sem a outra. Posto isto, considerei ser uma ideia de extraordinária beleza, portanto: cá está ela, registada no blogue.
Boa tarde, consultório
Em tempos idos eu entrava num consultório semanalmente e, chegada a hora de contar como decorrera esse período, era comum a frase surgida ser 'cá vou'. Quem estava do lado de lá da secretária não gostava dessa resposta e fazia-mo saber. Eu entendo. Doía, mas entendo. 'Cá vou' não é porra nenhuma, é uma ideia sem conteúdo, triste, até.
Tenho que perceber
Tenho que perceber se o Instagram mantém os vídeos – stories, na linguagem instagraminiana – num ficheiro lá deles, tipo nuvem ou assim, isto por modo de querer storiar aquando das férias mas sem encher a memória do telefone, muito embora toda a gente me anuncie que aquela porra tem memória que se farta, só que eu, pronto. Neste sentido, pedi ajuda à rica filha, que me afiançou que sim, lá ficam os ditos gravados, por dentro do Instagram, e que posso posteriormente descarregá-los para outro dispositivo. Aconteceu, porém, um horror na minha vida: à conta de andar a mexer aqui e ali dei cabo de uma coleção que tinha começado a construir e que tratava de posts dos ricos filhos que considerara demasiado valiosos para não serem guardados. Ah e tal, dizia-me o Instagram, se quiser guardar isto ou aquilo clique aqui para. E eu cliquei e dei conta da minha coleção. Uma chatice, 'migos, u-ma cha-ti-ce.
terça-feira, 28 de maio de 2019
A minha autoestima, quiçá como contraponto ao post anteriror
A minha autoestima está no cimo of the Everest Mount. O senhor do Banco amandou-me três piscadelas de olho no espaço de dez minutos.
Uma quando entrei e me pus na fila para fazer de conta que sou educada, ao que ele correspondeu com um 'olá'.
Duas quando estava a ser atendida por um colega seu e imediatamente antes do 'olá, está boa?' que ao depois me dirigiu.
Três quando continuava a ser atendida por um colega seu e imediatamente após o 'olá, está boa?' que na sequência me dirigiu.
As duas últimas piscadelas foram-me amandadas por entre o triângulo que formava o braço do senhor do Banco que me estava a atender, em meios da contagem das notas. Foram portanto umas piscadelas muito esforçadas. É de valor. O valor é para condizer com Banco, é certo que podia rematar de outra forma, mas.
Subir o último quarteirão da Alameda sem desacelerar o passo é do caraças.
O senhor doutor vê a cura no cimo de uma escadaria, firmando a ideia de que jamais eu desça mais degraus do que os que subi da última vez. Eu vejo um caminho, sempre sinuoso, mas com desbastes aqui e ali. Que fui eu que desbastei, lá isso fui. Não vejo é o fim do caminho, o que pode significar que desacredito na cura.
Ó Gina, voltaste a fazer croquetes?
Voltei.
Pus-me a cozer a couve-flor mas ao que parece não era para cozê-la. Na receita não revelo se sim ou então não, e desta vez notei que a mistura ficou líquida e espapaçada, necessitando assim de muito pão ralado para a secar, o que me levou a parar antes de ficar seca o suficiente. Fiquei desconsiderada perante mim mesma e não encontrei alento nenhum para coisa nenhuma, vai daí, congelei a mistura. Enquanto a mistura esteve no frigorífico, digo eu naquele tempo em que a esperança não se me secou, a rica filha avistou-a a perguntou o que era, acrescentando que lhe parecia algo delicioso e nojento ao mesmo tempo. Expliquei-lhe o que era, claro, e pus-me a pensar que ninguém, conhecendo como e com o quê aquela mistela se formou, teria vontade a comer.
Outro post com a vizinha Gislena
A vizinha Gislena ia ali para os lados do Parque das Nações e convidou-me para ir com ela. Iria de bom grado, sério, mas tinha que escrever este post, de maneiras que, para fazer figura de gente gira, pedi-lhe que enviasse as minhas saudações ao Rio Tejo.
Os lanchinhos têm
Os lanchinhos têm sido nêsperas que me trouxe a vizinha Gislena lá do seu pomar que comporta uma nespereira. São boas, tão boas. Não ficam atrás das nêsperas de ao pé do Panteão, que belos lanchinhos a gente também tomou ali. Por falar em nêsperas, mas estas serão outras, a Isilda trouxe no outro dia um cestinho cheio delas que colhera da nespereira que ainda vigora no lugar escondido. Não são tão boas, mas.
Arrebitar
Por falar em ver isto e aquilo (assunto do post anterior), por vezes vejo, também, em canais ou blogues, ideias e conselhos para descomprimir e deitar lamúrias e afins para trás das costas. Geralmente, quem divulga fá-lo por meio de uma lista, debitando os itens e desenvolvendo-os como lhe parece bem. Os itens andam à volta de:
Ler, ouvir música, ver um filme ou uma série, tratar da pele ou do cabelo, maquilhar-se, conjugar peças de roupa, ir ao Ginásio ou exercitar-se em casa e, ainda, procurar frases inspiracionais na Internet.
Enfim, todo um rol, né? E nem estou a dizer que tudo isto são novidades, obviamente qualquer pessoa se põe a pensar e chega lá. O pior é fazer. Hum-hum. É difícil a gente sentir-se bem e coiso. Depois, quero eu dizer. Pois.
Fazer coisas diferentes e diferentemente, epifanias
Um dia deu-me um baque do caraças (sim, epifania é bem mais bonito, olarila), num repente recordei um programa de culinária onde o apresentador Nigel Slater aconselhava os espectadores a variar as compras no supermercado, que assim mais facilmente se variaria a ementa caseira. Comparei esta ideia aos meus costumes do costume e pumba!, ó Gina, põe um CD a tocar, vá! E lá fui eu, de bem mandada que sou. Havia anos que não enfiava um CD na ranhura do aparelho de casa, tantos que neste ainda nem tinha calhado lá enfiar um, levei um ror de tempo a perceber como funcionava aquela porra, mas como queria mesmo levar a ideia até ao fim, persisti e venci. Foi tão bom. Sério.
E estava um antigo costume revivido.
Nesse mesmo dia tratei de reviver outro costume, o de me sentar no sofá a ver TV. Sim, não sou lá muito apreciadora desse costume, neste post falo disso, mas é que até há coisa de quatro ou cinco meses atrás eu punha-me a ver programas de culinária e entretanto, cá por coisas, deixou de me apetecer. Mas nesse dia dispus-me então a sentar-me no sofá, direitinha, frente à televisão, que estava no Canal 2 a transmitir um bailado de que não guardei o nome, só sei que fiquei a ver interessadamente e acrescento que bailados não é de todo a minha cena, portanto daí advém uma estranheza, que notei logo na altura e, agora que escrevo, também a sinto. Mas continuei com o visionamento, e com prazer, muito embora não tenha visto tudo tudo tudo. Mas foi também muito bom. Sério.
E ficou um jovem costume revivido.
E ficou um jovem costume revivido.
Capa muito linda
Escolhi uma capa para o telefone, optando sem rodeios por uma que protegesse traseira e laterais, nada disso de ser uma daquelas que abre e fecha e não sei quê. Gosto de ver logo quem está a ligar e se devo dar primazia à notificação que estou a receber ou posso tardar em dar-lhe atenção. Mas, no fundo no fundo, não é nada disso, é que me faz impressão uma coisa fechada, tapada, sufocada.
O desenho da capa que escolhi tem donuts. Andei indecisa por entre essa e uma outra com flamingos, mas, ainda que primariamente me tenha embeiçado por este, foi por aquele que me decidi. Pensei assim: «adoro fazer doces e bolos mas nunca fiz donuts...» Anunciei inclusive este critério ao moço que me atendeu, aproveitando-me, e diga-se descaradamente, da situação atenciosóbalconista que estava ao meu dispor do lado de dentro.
Também vamos passear
Também vamos passear a cadela de manhã e, se calha encontrar o vizinho, pode eventualmente a conversa de eles os dois variar:
Então, mais um dia, não é?
Tem de ser...
Até logo.
Até logo.
segunda-feira, 27 de maio de 2019
Nada como terminar um dia de blogue com a presença dos dois ricos filhos
Pus-me a gingar o corpo mediante o som da música e dei por mim a fazer-me exageradamente sensual, uma vez que, sensual na medida certa, é coisa que não sei ser, é que nem parada, quanto mais. Como me fiz lembrar as macacadas de uma youtuber, comentei com a rica filha:
Não pareço mesmo a Bumba na Fofinha?
E ela:
Não, mãe, antes de a Bumba aparecer tu já fazias essas figuras.
Ora toma! Mesmo em cheio! Vá!
O rico filho precisou do carro da mãe. Telefonou, ó mãe podes e não sei quê e eu, posso, leva lá. Fiquei a vê-lo dirigir-se ao carro. Entrou, instalou-se, ligou-lhe o motor e fê-lo rolar um tudo-nada, ficando mesmo a jeito de o ver retirar o CD amarelo que eu lá tinha deixado e enfiar um prateado, que não duvido tenha o seu estilo musical favorito, rap. Pareceu ter feito de propósito para eu ver, mas sei que não.
A ordem de apresentação é cavalheiresca, é que primeiro são as senhoras e, de cavalheirismo, o rico filho sabe umas coisas.
Livros à venda num pavilhão
Na praça mai linda de Lisboa há um pavilhão cheio de livros para vender. Talvez seja exagero chamar pavilhão àquilo mas é que casa ou barracão parece-me longe do aspecto que tem, de maneiras que escolhi o pavilhão, é sempre bom exagerar tudo o que tenha a ver com livros.
A foto acima não tem a ver comigo e com a maneira como encaro a leitura, que não sou lá muito viciada barra amante, mas achei-a preciosa na mesma, e isso é o suficiente para aqui a colar.
Dias de um Ginásio
O professor de Pilates mandou-nos abrir os braços sem empinar o peito. Queria dizer-lhe que para o mulherio isso é questão impossível, que é como a pescada – antes de ser, já o era – só que não disse. Pois. Há coisas que um homem jamais entenderá.
Quando vamos passear
À noitinha, quando vamos passear a cadela é comum avistarmos um vizinho, que também anda de passeio ao cão e com o qual o Luís dialoga da seguinte maneira:
Então, mais um passeiozinho, não é?
É.
Tem que ser...
Pois...
Até amanhã.
Até amanhã.
Boa tarde!
Recordei que a árvore amarela tinha em tempos um banco mesmo por baixo. Que saudades de me sentar aí. A planta à janela não estava à janela. Hoje é daqueles dias que tenho que saudades de coisas, como se amigas fossem, como se, podendo vê-las, se me acabassem as saudades. É uma segurança de que preciso. Hoje.
Já agora fica aqui uma coisinhazinha que, nada tendo a ver com o parágrafo anterior, parece-me bem despachá-la já neste post:
Tenho escrito tão pouco nos últimos dias que tenho a cabeça cheia de situações e de pessoas em situações. Há também alguns apontamentos no bloquinho rudimentar. De nada, ora essa. É sempre boa ideia informar a blogosfera disto aqui, de como está. É então para já.
Não é nada, tenho outa coizinhazinha:
Se eu estiver aborrecida (também) me vejo a um canto a escrever longamente acerca desse assunto. Idem para o encontro com esta ou aquela pessoa. Sou grafómana, de maneiras que já se sabe. Ultimamente é mais no título do blogue que outra coisa, mas vá.
domingo, 26 de maio de 2019
Que belo interior
Desvenda-me o teu lado mausão
O túnel secreto a loja de horrores
A arca escondida debaixo do chão
Com poeira de sonhos e ruínas de amor
Eu hei-de te amar por esse lado escuro
Com lados felizes eu já não me iludo
Se resistir à treva é um amor seguro
à prova de bala à prova de tudo
Rui Veloso, Lado Lunar
sábado, 25 de maio de 2019
Sonho
Sonhei que avistava a Alameda do cimo da Fonte Luminosa, a qual se encontrava repleta de pessoas - como é aliás apanágio dos últimos tempos - mas sem carros e árvores. Era toda uma imensidão, sem os recortes que já referi, portanto, e, pasme-se, com pessoas aos ésses, e eu tranquila.
Escadote
sexta-feira, 24 de maio de 2019
Despedida
À despedida, a cliente desejou-me a continuação de um bom trabalho. Só para verem a qualidade da minha clientela, quais 'bom resto de dia' ou 'bom fim de semana', quais quê.
Cumprimentos
Encontrei o Zé, o que resultou neste estranho diálogo:
Bom dia madame!
Bom dia senhor José!
Bem, muito obrigado!
Igualmente!
Bom dia madame!
Bom dia senhor José!
Bem, muito obrigado!
Igualmente!
quinta-feira, 23 de maio de 2019
Troca
Em conversa, alguém se enganou e disse milhares de centenas em vez de centenas de milhar. Quer dizer, na hora presumi ser engano, mas, aprofundando a troca, concluí ser igual. Pelo menos em prosa, é.
Quartinho do meio
O quarto do estudante onde eu e o meu colega estivemos a trabalhar não tem espelho nenhum. O moço, querendo ver-se, ou usa o vidro da cristaleira que está a fazer as vezes de um armário, ou liga a webcam do seu PC, ou abre a aplicação 'espelho' do seu telefone. Pode, ainda, esperar que haja um espelho no WC, talvez aquela porta fechada esconda um WC... Hum.
A lembrança
A amiga perguntou-me o que é que eu queria que ela me trouxesse dos euas e eu, ao depois de reflectir um cadinho de nada, disse que podia trazer-me uma caneta. Uma caneta?! Espantou-se ela. Sim. Respondi, e justifiquei: Eu gosto de escrever. (que é coisa que ela desconhece)
Cabelo com cheiro*
Eu ia na rua, sem ninguém à minha frente, e cheirou-me a cabelo deveras oleoso, o que estranhei. Uma mulher ultrapassou-me e o cheiro intensificou-se de tal maneira que percebi que vinha dela. Ou seja: parecendo que invento cheiros, não invento, não.
*cheiro mau, como se deve ter percebido, se lido o post
pacotes de açúcar
Em circunstâncias de desenhos animados
Por circunstâncias da minha vida, tenho ouvido falar em Anime, mais concretamente das séries que constam da Netflix e HBO. Às vezes ouço, isto por via de circunstâncias, lá está, falar amiúde de determinado filme ou série e fico curiosa e vou ver. Só que ainda não fui, coisas que me forcem a sentar-me no sofá mais do que quinze minutos, para mim, é absurdo. Sou inquieta e não é pouco. Ou irrequieta, sei lá. Desassossegada. Posso também ter a mania que sou estas coisas, afinal de contas tenho a mania que sou pouquíssimas coisas. Mas o sofá. Nada contra ao espojamento no dito, é mais por uma questão de tempo de permanência que outra coisa, é que me faz impressão não levantar as nalgas dali durante, lá está, mais de quinze minutos, pois, como se sabe, uma série ou um filme é, ou seria, para lhe estar agarrada bem mais tempo. Claro que posso fazer intervalos. Ou intervalinhos. Mas depois perco o fio, o fulcro e, consequentemente, a razão de ali estar. É por estas coisas que raramente me ponho no sofá a ver TV e não sou fã/dependente/admiradora das netflixes e das agábêós da vida actual. Já de Internet gosto, como presumo que dê para presumir, pois que aqui estou, né? Sou consumidora de Youtube, que é tipo assim o mais aproximado que há à TV, mas não exagero no consumo... quero dizer: cá no meu conceito, não. Dedico-me a este tipo de visionamento porque é comum os vídeos não terem muito mais de quinze minutos, e, se têm, divido-os cá à minha maneira. Mas o Anime. Consta que é coisa de Dragon Ball Z, Navegantes da Lua e tipo isso assim, só que há outros, há muitos mais, alegadamente melhores e com outro tipo de circunstâncias, de onde sempre – sempre! ouço assegurar – se retiram bons ensinamentos e valores. Em todas as vezes que ouvi aconselhar séries tive vontade de registar os nomes para posteriormente pesquisar, visionar e concluir se curto a cena ou então não, mas só em uma dessas vezes registei mesmo um nome, trata-se de 'You're lie in april', que consta de uma história de adolescentes que se movem em cenários de arte, acho que são músicos, ou aspirantes... E há todo um enredo, pronto. E não, ainda não pesquisei os canais no sentido de. Pois. Mas como gosto muito de escrever, escrevi estas circunstâncias.
Cotovelo
A foto é d' hoje mas foi ontem que visitei a árvore amarela por três vezes. Numa dessas lembrei-me, outra vez, que reconheceria este cotovelo em qualquer parte. Imagine-se que o dito emigrava para a Bélgica (incrível ligação com a actualidade política), eu passava por lá e tal, só assim naquela, e pumba, reconheceria o cotovelo da árvore amarela num acender de fósforo.
quarta-feira, 22 de maio de 2019
Dias de um Ginásio
Na aula de stretching, a dada altura, a professorinha ordenou barra incentivou: 'Gina, palmas das mãos no chão!' E eu, cá por dentro: 'porra, estava a ver que ninguém me sabia aqui...'
Almoço
Três garfadas de gratinado de frango tropical, sendo que a caixinha haveria de ter, cá pelas minhas contas, umas vinte.
Noventa por cento do conteúdo da caixinha da salada mista. Muito mista mesmo: alface, tomate, cenoura, couve-roxa e cebola.
De resto, o que ficou de resto, aterrou no estômago do meu colega.
Graminhas
Quatrocentos e noventa gramas de bananas tão maduras que resolvi pedir desconto e o nepalês da frutaria fez-me a vontade.
Oitocentos e trinta gramas de bananas com madureza aceitável e, neste particular, desconto não pedi.
Mil seiscentos e quarenta e cinco gramas de laranjas. Lá em casa estão de resto e eu amanhã quero beber suminho bem bom.
Comidinhas experimentadas
Eis então experimentadas mais duas receitas daquelas que estão agrupadas e presas por um clipe que é um 1. Trata-se de 'Empada de Pato' e 'Mousse de Morango', que não repetirei, pois não me parece valer a pena. A empada não a fiz de pato, fiz de frango, e, como alterei a receita, acabei por amanhar a coisa cá à minha maneira e no fim notei que havia posto pouco frango para uma empada daquele tamanho. Enfim. Já a mousse, é boa, sim senhoras e senhores, mas não é nada de especial. Ocorreu também que não a fiz como mandava o papel, dispensei o doce de morango e compensei nos morangos frescos. Não é que não tenha ficado bom, ficou, mas, como já referi, não é nada de especial.
terça-feira, 21 de maio de 2019
Actualização, 20:48
Gravar um vídeo ou dois ou três
Fazer croquetes de couve-flor e queijo
Passear o cão
Arrumar e limpar a cozinha está feito! Isso e o jantar, que já no post anterior eu referi que não consta da lista, e devia, e que lamento. Sempre não fui com cão dar o seu terceiro passeio (não fui mas alguém foi, nomeadamente a rica filha) mas é provável que vá dar o quarto, e último. Está também rasurado o 'estar feliz por entre' porque me senti feliz em dado momento aquando da preparação dos queques. Dei por mim feliz. De resto está o dia passado. Homessa, não tendes de quê. A frase anterior é uma antecipação a algum agradecimento que porventura alguém sinta dever-me. E não deve. Já que falei de fotos que tiraria, ou então não e mais isto e mais aquilo, deixo uma outra, que não pertence a este dia mas que acho gira porque parece tola ⇒ se uma das linhas está direita por que é que as outras não estão? (porque a lente é angular, eu sei… hum, será?)
Actualização, 16:32
Gravar um vídeo ou dois ou três
Fazer croquetes de couve-flor e queijo
Arrumar e limpar a cozinha
Estar feliz por entre
Passear o cão
Rasurei os queques porque já os fiz, estão neste momento na rede a arrefecer. Não rasurarei os croquetes, pois que os não farei, talvez tenha sido sonhadora barra romântica barra ambiciosa ao me propor tanta porra pra fazer. Rasurei as fotografias porque já as editei, embora as não publique hoje, trata-se de uma ideia a concretizar daqui a dias, portanto nessa data as vereis, isto em querendo, obviamente, e se vos mantiverdes nesta morada, a espaços, sim, pois sempre bem sei que é difícil. Rasurei o segundo passeio com o cão mas palpita-me que o terceiro já não será comigo, a ver se dou conta do jantar e consigo obter uma cozinha limpa logo a seguir. E o jantar nem está na lista nem nada. Oh.
Actualização, 14:42
Fazer queques de banana
Gravar um vídeo ou dois ou três
Fazer croquetes de couve-flor e queijo
Arrumar e limpar a cozinha
Editar fotografias
Estar feliz por entre
Passear o cão
Passear o cão
Ora vamos lá a saber: já editei e inclusive publiquei o vídeo. Tratava-se de ficheiros gravados em 31 de Março último. Sim, Março. 31, pois, mas Março. Estou meio desabituada de ser Youtuber 'migos, tanto que o item 'gravar um vídeo ou dois ou três' é coisa que não acontecerá neste dia. Já comprei as faltas e aspirei os chãos. Na lista podia ter constado itens como tratar da roupa e fazer a cama que por esta hora estariam rasurados. Ah, e também tirei as fotografias que queria tirar.
Actualização, 10:24
Fazer queques de banana
Comprar chicha e morangos e pão ralado
Tirar fotografias
Gravar um vídeo ou dois ou três
Aspirar os chãos
Fazer croquetes de couve-flor e queijo
Arrumar e limpar a cozinha
Editar fotografias
Estar feliz por entre
Passear o cão
Passear o cão
Beber café
Devia ter constando na lista o passear do cão e o beber do café e acrescentado às compras o pão ralado. Constam então esses mais em itálico, que é um tipo de letra que me arrepia o olhar, sei lá, não gosto, mas aqui calha como as ginjas, que é bem. Ah, e a repetição é por conta do número de vezes que é para ser. Outro ah, na segunda linha a rasura está somente em cima de uma palavra porque, ao momento, começar, comecei, só que não terminei.
Afazeres
Lavar as casas-de-banho
Editar um vídeo
Escrever coisinhazinhas
Fazer queques de banana
Arrumar as roupas de Inverno
Comprar chicha e morangos
Tirar fotografias
Gravar um vídeo ou dois ou três
Aspirar os chãos
Fazer croquetes de couve-flor e queijo
Arrumar e limpar a cozinha
Editar fotografias
Estar feliz por entre
Editar um vídeo
Escrever coisinhazinhas
Fazer queques de banana
Arrumar as roupas de Inverno
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Fazer croquetes de couve-flor e queijo
Arrumar e limpar a cozinha
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Estar feliz por entre
segunda-feira, 20 de maio de 2019
Ó pá tóin xiru!
domingo, 19 de maio de 2019
É a vida na mesma
O mar chão é para um surfista um grande aborrecimento. O alpinista escolhe escalar e não percorrer. É o mar e é a planície, é a vida na mesma mas não é a vida deles. Tenho escrito pouquíssimo nos últimos dias devido ao aumento de afazeres e ocupações várias. É a vida na mesma, eu é que lhe sinto a falta. Digo do escrever. São quase sete da tarde, falta ainda um bocado de tempo até escurecer. Lamentavelmente.
sábado, 18 de maio de 2019
Baú
Há coisas que guardo sei lá por que caso ou figura. Anda-me aqui um carimbo composto por uma série de palavras, serve para agrupar ou destinar todos os documentos que tenham a ver com faturação do antigamente. O carimbo tem uma maçaneta pequerrucha que se vai rodando conforme se quer arquivar, mediante a situação que se atingiu. Tem-se dizeres para estas situações:
facturado
liquidado
lançado
sem despesas
anulado
vendas a dinheiro
registado
duplicado
conferido
cópia
recebemos
pago
As coisinhas mais usadas são o lançado, a cópia e o pago. Menos mal, portanto. Falta ainda dizer que as letrinhas se me afiguram como se as mirasse num espelho, pois, quando não, o decalque faria por sua vez um espelho do que se pretende. Quer isto dizer que, neste caso, um espelho de um espelho é um espelho legível. Um dia tiro fotos a este espécime em extinção, que hoje já não dá.
14 maio 2018
Nota do presente: Nunca tirei fotos ao dito espécime. Que me lembre, não. A ver se para a semana trato disso, sei muito bem onde ainda se encontra. A ver, também, se faço post do lugar onde o expus. Ninguém repara nele, é um facto, mas lá que o expus no estaminé, expus.
Porque hoje é sábado
sexta-feira, 17 de maio de 2019
Ó pá tóin xiru!
quinta-feira, 16 de maio de 2019
quarta-feira, 15 de maio de 2019
Um cremezinho
Que me esforço por reduzir peso ao meio de transporte que me vai levar consigo na viagem que já vislumbro, é facto. E nem é coisa d' agora nem nada, é até coisa que já vem de há anos.
Feita a nota introdutória, avanço.
Em cremes de rosto vou também poupar em peso, já comprei um creme que, não só fará as vezes de creme de rosto como de corpo. Para tal já me muni de um, baratinho, mas que, contudo, oh vejam lá, diz conter em si um por cento de ouro.
Ouro?
Ouro!
Pá, se tem ou então não é coisa que não posso garantir, mas lá que é giro, pelo menos, pensar que a quantidade de creme que espalho no rosto tem um por cento de ouro, é. Na altura da aquisição estive vai não vai para trazer um que dizia ser de caviar, mas depois recordei o orifício de onde sai o dito e achei bem mais romântico o lugar onde se recolhe o ouro e optei então por este.
Há lá agora lugar mais primário, esse de onde vem o ouro?
Não.
Só não sei como relacionar este primórdio com os cuidados para com o rosto, mas é que. É que gosto de escrever e pouco importa aos demais que não relacione isto àquilo e tudo isso com aqueloutro.
terça-feira, 14 de maio de 2019
E cá continuo! Porra pá, há coisas que não se me mudam!
Pergunto-me se o estado psicológico dos últimos dias me impinge este escrever descomprometido e/mas sempre inglório. Respondo-me que sim. O escrever está-me entranhado por ser escapatório, o que não é novidade, para mim ou para o resto do pessoal que escreve, mas que resulta muito bem pelo inesperado que a vida contém. Inesperado → novidade. Jamais conseguirei que o meu blogue contenha o mundo inteiro e toda a minha vida, muito embora eu deseje isso mais que muito.
|19 Outubro 2015|
Pela calada
'I like the sound you make when you shut up' ou algo assim, foi o que vi impresso numa t-shirt exposta numa montra da avenida. Considerei-me igual ao dito quando estou no blogue, pois que no fundo falo falo falo falo mas não se ouve nada.
Encontros nas imediações
1
Encontrei a dona Genoveva na rua e meti-me com ela. Ia de cores garridas vestida, para mais: brincos que condiziam com mala, mala que condizia com camisola, camisola que condizia com cinto... Pronto, coisas assim. Elogiei-lhe o cuidado de se mostrar tão condizente, uma vez que ela se me estava a queixar disto e daquilo, da solidão e doença. Respondeu-me sem demora que, esteja como estiver no espírito, jamais sairá de casa mal amanhada. No fim agradeceu-me o bocadinho que lhe proporcionei, o que é seu costume, que se não duvide disso.
2
Encontrei a dona Genoveva na rua e meti-me com ela. Notei que estava vestida de escuro. Aliás: de muito escuro. A sua atenção estava toda virada para a via de circulação automóvel. Cuidei que esperava táxi ou boleia. Daí alvitro que morrera alguém próximo. Mesmo que amigo, e não familiar, é próximo, não é? Quase não falámos, não passámos de olás e bons-dias.
3
Encontrei a dona Genoveva na rua e meti-me com ela. Pareceu-me alegre quando concluiu 'parece que estamos combinadas, a hora é mais ou menos a mesma' e eu concordei 'pois é' alegremente.
Quer dizer
Se eu sentir um pingo no nariz e considerar ser caso para me assoar - já que o pingo se elevou a escorrimento e encontrou a luz do dia - e o vento me lançar madeixas de cabelo na direção do nariz, que em simultâneo apertarei por modo a assoar-me, isso quer dizer que tenho ranho no cabelo. Lavar-me-ei logo que possa, 'migos, é a não temer.
Dias de um Ginásio
Tenho notado um aparelho largado aqui ou ali, no Ginásio. Não é de nenhuma sala, não é de ninguém, embora seja de todos. É, contudo, um aparelho interessante, não só pela forma de semicírculo como pelo tipo de exercício que se pode fazer com ele. Imagine-se um semicírculo, portanto meia bola, em que a parte redonda é que assenta no chão, agora suba-se para cima da parte lisa e tente-se o equilíbrio. Puxado, não? Nunca tentei mas, como conheço o meu corpo, sei que não me seria fácil. Ainda assim, desde que tenho aulas de postura, não duvido que me seria mais fácil do que há seis meses atrás. Um dia ainda agarro no semicírculo e me ponho lá em cima, armada em artista de circo. Ou bailarina. Ou parva, pois que, sendo armada, melhor.
Sonho
Sonhei que tinha muitos cabelos nas pernas. Sim, cabelos, para pêlos eram compridíssimos. Só que os cabelos da cabeça alteração nenhuma me mostravam, o que lamento. Acho até que a lamentação começou logo no sonho.
Novo sítio
No novo sítio de trabalho da Carminho - a minha esteticista, a mulher que mais calor e cócegas e dor me propicia - o logótipo está escarrapachado no balcão da recepção. No centro tem a letra, enorme, que mais vistosa parece - um K, sem que seja a inicial - e ao redor é visto então todo o nome do espaço que contêm em si a palavra 'beleza'. E é mesmo em forma redonda que esse nome está, tanto que a dada altura se vê as letras de pernas para o ar... Não venham cá com coisas, todos sabemos que as letras têm pernas, algumas até têm perninhas. Mas só vos digo que a parte mais gira disto tudo é que o encostar ao balcão por parte dos clientes, bem como a medida de tempo passado, fez desaparecer algumas letras da 'beleza'. Efémera até assim, a dita. Oh.
Meio de transporte
Está de tal modo introduzido no quotidiano lisboeta o uso de trotinetes que já me aparecem os clientes montados nelas. Claro que as deixam à porta do estaminé, mas querendo entrar com as ditas pela mão não me oporia, temos um corredor muito satisfatório.
Cortes na madeira
Quando eu e o meu colega andávamos azafamados com um trabalho que incluía cortar tábuas com uma serra circular, notei que a dita fazia o seu trabalho deixando um espaço por entre as duas partes*. Não demorou tempo nenhum a perceber que esse espaço estava todo no chão do estaminé em modo serradura. Que já varri e varri e varri. E varri. Há ainda partículas.
*isto antes de o corte chegar ao fim, bem entendido, que em chegando o fim do corte é a separação total de duas partes e já não se vê espaço nenhum
Comprinhas
Fui com o meu colega comprar roupa. É homem, precisa de ajuda com estas coisas.
Comprou dois pares de calças modelo Chino (não, não sei explicar au point como são, mas sei que são algo entre o estilo casual e clássico), dois porque estavam em promoção, uma daquelas promoções incontornáveis, afinal o preço de um é oitenta por cento do preço das duas. Não dá, né?, é imperdível!
Comprou uma t-shirt cor de mostarda com letras azuis. Não tem nada de mais, o que tem, e que não é demais, é ter sido eu a escolher a cor, o modelo e o tamanho.
segunda-feira, 13 de maio de 2019
domingo, 12 de maio de 2019
Dias de um Ginásio
Há uma das máquinas onde exercito o corpinho – elíptica – em que chego às trezentas calorias se lá permanecer trinta minutos. É portanto um rácio de fácil compreensão, dependendo porém da velocidade com que o faço – o que, assim sendo, não é rácio nenhum... não sei, estou embaralhada, alguém querendo desembaralhar-me é fazer favor – e é giro que se farta lutar contra mim mesma no sentido de me apressar para acertar os minutos decorridos com as calorias gastas e, no instante a seguir, pensar que posso abrandar por ter um número mais alto nas calorias do que nos minutos, contudo, não descurar o empenho, quem sabe lá mais para a frente me sinta de tal modo cansada que já não conseguirei acelerar porra nenhuma e me aproveite dessa espécie de excedente.
Cabelinhos
Na listinha anterior está o item 'champô para cabelos longos' e eu quero explaná-lo. Acontece que nas próximas férias a gente vai de mota. Ora, em termos de bagageira(s), a dita é parca, é portanto comum neste tipo de viagens eu opte por levar um champô que fará também as vezes de um gel de banho e, podendo ser um daqueles que contém algum agente suavizante, melhor. Ora esse género de champô é caracteristicamente suavizante, daí ter pensado nele, afinal espera-se que nutra cabelões e eu vou atrás dessa ideia, pois que, tendo eu mui somente (ai tão bom, que expressão maravilhosa...) cabelinho, decerto mo suavizará. A outra piada (sim, há outra, que não protagonizo), é que o Luís não tem cabelo. Pois. Ou tem, vá, mas em pente 1 ou 2 ou coisa assim e tem montes de piada que se lave com um champô para cabelos longos.
listinhas
hardware
cartões de memória
cabos de telefones e máquinas fotográficas
carregadores de pilhas, telefones, máquinas fotográficas
pilhas recarregáveis, descartáveis
necessaire
champô para cabelos longos
creme para a tromba
after sun depois do sol
paracetamol
amigos desta que escreve
pasta e escova de dentes
cartões de memória
cabos de telefones e máquinas fotográficas
carregadores de pilhas, telefones, máquinas fotográficas
pilhas recarregáveis, descartáveis
necessaire
champô para cabelos longos
creme para a tromba
paracetamol
amigos desta que escreve
pasta e escova de dentes
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