terça-feira, 8 de outubro de 2019

Lisboa, oito de outubro de dois mil e dezanove

Vou-me agora aos corantes. Comecei por querê-los, em gel, aos dezoito de julho do ano passado, e apontei na lista de supermercado: corantes alimentares. Na próxima lista, aos vinte e dois do mesmo mês, não constam, presumo que por esquecimento, voltando a apontá-los aos trinta. Estão também presentes aos 4 de agosto e, de novo, aos onze, catorze e vinte e nove dias do mesmo agosto. Em setembro apresentam-se em todas as listas, porém, em outubro, especifico as cores que quero e, segundo recordo, havia comprado o vermelho, faltando-me assim, o azul e o amarelo, e é especificado que prossigo nesta demanda tola e inútil. Em novembro e parte de dezembro é idem. Notem bem: do dezembro disse parte, pois eis que aos vinte e um de dezembro já só me falta o corante amarelo. Dessa data, vinte e um de dezembro de dois mil e dezoito, até esta data, oito de outubro de dois mil e dezanove, o corante amarelo aparece na minha lista de faltas de supermercado, sempre! E na primeira posição, sempre! Ainda não comprei, pois claro, actualmente não estou certa de o querer ter. Ainda não tingi nenhuma cobertura ou massa, não estou certa de os corantes em gel serem melhores do que os líquidos, e queria estar, se afinal os comprei. Não obstante, a falta (ou falta dela, a falta) ser registada na lista de supermercado é um despropósito, se afinal sempre soube que os adquiriria numa loja de produtos para doçaria, que serve principalmente as vias profissionais, sem que contudo feche as portas ao cliente que meramente quer aprimorar o aspecto dos bolos que faz lá em casa.

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