É boa ideia que o cliente do fim do dia tenha um quadrinho com uma oração na casa-de-banho. À noite, ou, neste caso, mais à noite, enquanto se prepara para passar a noite, este cliente olhará para o quadrinho e orará sob a orientação do que lá está escrito, na esperança de melhorar a sua existência. Não posso deixar-vos o teor exacto da oração porque já necessito de óculos para ler, isto se há pequenez nas letras, e no momento não os tinha na cara, e nem os ia ter, tanto por pudor como porque me encontrava de mãos ocupadas, ajudando o meu colega a segurar um resguardo de banheira, em vidro. Adianto, porém, que descortinei palavras como mudança, querer e aperfeiçoar. Haverá alguma religião cujas orações não promovam a mudança do ser? Não digo mudar quem se é, calma lá, é mudar hábitos que não edificam e o que fazem é transtornar. Não há, pois não? O objectivo é, sempre, ser melhor. E o limite é, acho eu, almejar a perfeição. Almejar. Isso.
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Outono → Há tanto tempo que não percorria a avenida, quando de noite. E o banco hater, de noite? Oh, é tão triste quanto de dia. Talvez não seja Afinal não é assim tão fixe estar aqui.
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