sábado, 30 de janeiro de 2021

Dia de (disseram na Radio)

Há meses que, do tempo que dedico ao blogue, não retiro uma porção para escrever acerca do 'Dia de (disseram na Radio)'. Se por isto, se por aquilo, pouco importa esclarecer, o que acontece é que é facto. Mas esta semana ouvi três 'dias de' que sinto como imperdíveis e neste post apresento um.
Era dia do vinho do Porto. Há muitos anos li um livro – 'Ervamoira', Suzanne Chantal – que conta a história de uma família cujo negócio era uma vinha e vinhos daí advindos. Apreciei tanto este livro que, em cada vez que ouço falar do vinho do Porto, não especialmente pelo lado bebível da questão, mas por um qualquer lado histórico, recordo-o sempre. Sempre. Quem me conhece do blogue (e até da vida) sabe da minha dificuldade em ler atentamente e, ou, prazerosamente. Mas olhem que não fui sempre assim, esta questão da (des)leitura apareceu-me por conta da grafomania. E agora o lado bebível da questão – sim, gosto de vinho do Porto. E também gosto muito de livros. É um universo do caraças. Todas as bibliotecas são um universo, mesmo contendo uma meia dúzia de livros. Às vezes, quando entro em casa dos clientes, miro as prateleiras, de longe ou de perto, dependendo da confiança que há. Umas contêm livros bonitos, limpos, alinhados. Esses universos estão como que por desbravar, vá, parece que ninguém mexe ali com regularidade. Outras têm tudo ao molho, pouco importa a quem ali mora se os livros estão do maior para o mais pequeno ou pelo contrário, a uns sai-lhes a lombada mais do que a outros, são umas prateleiras mexidas. Depois há os de mais ou menos, as prateleiras mostram-me que há mexedelas, há olás, há zunzuns. Há de tudo um pouco, claro, afinal o que são universos senão algo onde caiba 'de tudo um pouco', né?

2 comentários:

  1. Post do caralho! Ou da Cona :))))))))))))

    Magnífico, Gigi :*

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    1. Obrigada, alexandra. Vem lá do Norte, lá isso é verdade :))))

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