sábado, 9 de janeiro de 2021

9 de Janeiro

Falo das fotos que tirei durante os dias em que emudeci. Portanto: contrario-me.


Esta foto aconteceu porque considerei ser de maior (sei lá o quê, qualquer coisa em maior, pronto) fotografar um dos meus manuscritos, nomeadamente um de que já tinha falado no blogue. No outro dia, num podcast, a entrevistada, ligada ao mundo da culinária vegetariana, contou que aquando da sua primeira publicação literária quis o livro com uma aparência limpa, optando por pouquíssimas imagens. Entretanto, na publicação seguinte, tendo percebido que o livro já editado lhe parecera pobre, nessa segunda vez incluiu mais imagens e percebeu que as pessoas gostavam bastante de ver o aspecto que a comida poderia vir a ter. Não é que a ideia para este clique tenha aparecido por conta do que ouvi naquele podcast, aconteceu foi que, precisamente por o ouvir é que me lembrei que o principal intuito deste meu clique foi proporcionar mais 'visibilidade' ao apontamento que fiz no caderno do momento.


Tempo de recomeço, é o que qualquer Janeiro é. Enfim, a malta viaja, junta-se, convive, ri – e come e bebe, já agora - durante quase todo o Dezembro e depois eis-nos no trâmites mais comuns dos nossos dias. Ora bem, passa o ano e o calendário, que geralmente se mantém por anual... Pá, cá no estaminé ainda não chegou nenhum que atravesse dois anos. Ou mais. Bom, seja lá como for, se queria a coisa nos conformes em termos de datas, e quis, desfiz o estandarte que mantive durante todo o dois mil e vinte. A foto mostra o 'Dezembro' livre de ímanes porque, a cada mês que passava, eu rodava-os em maneiras de libertar o mês que acabara de chegar. Ora, como isto foi uma parte importantíssima da minha vida e esta maneira de marcar o mês corrente é manifestamente original, então vá de fotografar para congelar tudo isto, permanecendo, assim, eternamente, ai a porra das vírgulas, na Internet. Ou enquanto a Internet for viva, pronto.


Este clique não pertence a este dia (6 de Janeiro), antes ao anterior (5 de Janeiro, óbvio), mas, como a minha mãe faz anos a 6, e uma das cores que sempre lhe vi na admiração é o vermelho, então pronto, fotografei uma manta vermelhona. Foi até ela que ma ofereceu.


Finalmente fotografei este trocadilho cheio de piada. Já havia duas ou três vezes em que por aqui passava e encontrava um piadão neste este dizer, se, para mais, inscrito num caixote de lixo. É que é mesmo irónico.


Fotografar este cenário não foi vez primeira, bem sei que o blogue já conta com umas quantas entradas. Contudo, jamais saberei se tenho esta perspectiva publicada no blogue, só por dizer que... P'ra qu' é qu' iss' int'ressa, né? É. Interessa-me é, e muito, que repita, aqui, neste mesmíssimo blogue, que os dois pinos estão alinhados. Tempos houve em que me dispus a contar quantos passos iam do banco hater até esse alinhamento, descobrindo que era ali assim para os lados do semáforo que nos remete para o Ministério. Isto se num todo, digo: nós, porque eu, já se sabe, remetia-me, e remeto, para a obra de arte que veio do antigo e extinto Teatro, ou então para aquela árvore que está descabelada, por assim dizer, de um dos lados. Parece que lhe foi raspada a folhagem devido a algum vendaval que soprou de um só lado, ou coisa assim. E olhem que esta contagem de passos não aconteceu no tempo deste moderníssimo telefone que agora mantenho, dantes não tinha à disposição esta paneleirice de contar passos, aqueles fui eu que os contei mentalmente. Se não tinha mais nada que fazer...? Pá, não. Que naquele momento me aprazasse tanto, não.

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