Durante as férias foram três as vezes que bebi café de rua, perfazendo um total de... três! pacotes de açúcar recolhidos. Precisamente. Há dois espanhóis e um português.
Um espanhol é d' EL Cortijo, Hostal - Venta Restaurante. Na frente mostra contactos e morada e o desenho é giríssimo. Digo giríssimo porque, parece a mim, retrata o espaço visto sob a perspectiva do viajante acabado de chegar, um aglomerado de casas, vejo janelas, portas e até chaminé fumegando. É também giríssimo que as linhas do desenho sejam arredondadas e, um desenho assim, alisa o aspecto que, oh vejam lá, podia muito bem ser liso. Ou rígido. No verso tenho então uma frase a modos que informativa: Gracias a la fidelidad de nuestros clientes seguimos cumpliendo años. Pues. Muy bien.
Outro espanhol é de um estabelecimento tão de beira de estrada como o anterior - Venta El Palancar, de seu nome. O jovem funcionário que serviu o café tinha uns olhos lindíssimos, mas, na hora de pousar o pires no balcão, não pousou, atirou, anunciando secamente «l' espresso!». Um gesto destrona a beleza, portanto. Mas o pacote. Na frente tenho contactos e morada e um desenho em azul e branco, que é o retrato do estabelecimento. Está deveras impactado, percebe-se o primeiro andar e tem o rés-do-chão quase todo em azul. Quero eu dizer que, se percebo o que é, percebo pelo primeiro andar. O verso diz AB, de Azúcar Blanco, tudo em vermelho, contrastando do fundo branco.
O português é da Amália, grande fadista nacional. Há uma correnteza de pacotes onde a dizem numa só palavra e, desta feita, calhou-me Humana. Isto dá-me sempre que pensar porque, isso, somos todos, mas vá. O verso tem uma cabeça de Amália vista de perfil, uma cabeça assim como se fosse um balão de diálogo, e digo assim porque lhe puseram uma mensagem: Bem-vinda sejas, Amália.
E pronto, no mais: é só. Está então isto feito.
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