sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

dis-moi

Venho construir um post daqueles a falar de fotos que não há meio de publicar e dizer o que quero acerca. Ou então este é um post atrasado e acabou a conversa. (Só por dizer que continuo.) E, já agora, divulgo que o título me apareceu por conta de considerar que o mundo quer ouvir de mim estas minudências. Eis-nos então, eu e as fotos:

É a perspectiva que por ora tenho quando estou sentada no primeiro banco que encontra quem desce a rua mais bonita de Lisboa. De há uns tempos para cá essa zona tem sofrido alterações por mor da construção de um edifício e, se há paredes que se levantam, há também as que se derrubam, o que pôs a descoberto este 'olá', quando no ponto que já referi. E noutros também, mas pronto. Pus filtros porque, quando em bruto, não é uma perspectiva evidente, e acabei por gostar de ver os 'olás' como se quadros fossem. Anoto ainda que a foto é só uma, os filtros é que são dois. Ora isto perfaz então duas imagens (pá, não vá não se perceber, e este cuidado exagerado não é só para quem chega, é também para a Gina do futuro).


Encantei-me com a planta pendendo. O encanto está principalmente na sua horizontalidade que, oh ca pena, a foto não deixa perceber tanto quanto deixa in loco. Ao chegar o telefone ao motivo de tanto encanto e, precisamente por ser tanto, é deitado que o posiciono, toldado que tinha o pensamento. Ora, quisesse eu fotografar o céu, pois está bem, mas não, era a planta. Pá, uma pessoa baralha-se, atão.


Não é a primeira vez que acho um piadão a esta planta toda espigadota, há até meses que a noto quando por aqui passo. É estranha, parece até incompleta. De comprida e fina que é, move-se com qualquer brisa que se faça sentir. Quando escolhi a perspectiva não sabia que ia gostar tanto das fotos. Este é um bom exemplo para aquilo que por vezes sinto quando fotografo: gosto do que vejo, quero perpetuar sem querer que fique bem e, sei lá se por isso, fica. Parece-me que há algo de exponencial na simplicidade. Mas quem sou eu, né? Poi zé.

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