domingo, 9 de janeiro de 2022

Numerar é bom

Comprei daqueles papelinhos em que uma das partes é colante (post-it, yay!). Vêm em quatro cores e são piriris, têm para aí 25x25mm, e hão-de servir para numerar os meus cadernos. Há anos que quero fazer isso, em certas situações dá-me um jeitão. Estou até curiosa de saber quantos cadernos terei preenchido ao longos destes anos (22). Não preenchi um por ano, não, desde que tenho blogue é o que mais uso para diário. Ainda tenho que estudar como vou colar os papelinhos nos cadernos, se os corto e colo só a parte que cola, se ponho cola na parte que não cola. Corta-e-cola. Cola-e-não-corta. Enfim, é daquelas questões a ver no momento. Há dias andei de roda desse rol, o dos cadernos (não, eu não gosto de parágrafos) e fui dar com um montão de folhas vazias. Numa das últimas folhas preenchidas eu referia que abandonava o caderno brevemente porque o tinha muito cheio de colagens e por isso estava deveras pesado para andar com ele para todo o lado. E abandonei mesmo. Mas, neste dia em que o abri, deu-me pena ver as folhas vazias e pensei usá-las para engordar o bloquinho rudimentar. Detive porém o ímpeto de rasgar as folhas porque iria tomar como incoerência o que havia registado atrás, pois se dissera que abandonava o caderno com muitas folhas em branco, como é que num futuro longínquo eu perceberia aquilo? Então resolvi escrever no mesmíssimo caderno (que é de 2018) todas estas questiúnculas – que era não sei quantos anos depois; que vira as folhas em branco; que me dera pena deixá-las assim; que as rasgaria e transformaria em bloquinho rudimentar.

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