quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Não vale a

Não vale a pena matar-me já, primeiro conheço a resposta e depois então é que. Tipo assim como antes de ir de férias, é melhor gozar as férias e depois então é que. Estou a lembrar-me de quando era adolescente. Arrumava, por exemplo, o tabuleiro dos talheres. Feito o trabalho pensava assim: se não estiver nenhum prato sujo no lava-louça, mato-me. Sentia uma ansiedade imensa por a minha vida depender parvamente da presença dum simples prato sujo, que adrenalina, se calhar até o peito se me descia e subia aceleradamente. Encontrei o prato sujo mas não tive coragem de me matar, por isso é que estou viva. E os mortos não escrevem blogues.

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