Bolo- Rei... Qual quê...? Sei lá se pode chamar-se tão ditoso nome àquilo que tenho dentro do forno neste momento. Pois, é que o gajo nem cresceu nem nada, era para aquela bola que eu depositei na taça crescer e ficar uma bola, ou um bolo?, agora estou confusa... Olha, era para ficar uma bola, pronto, com o dobro do tamanho, mas qual quê, cresceu uma coisita de nada. Agora lá está, no forno, ao calor. É que nem é uma argola nem nada, que a massa de tão rija, não permitiu grandes massagens, sério, ó, maleabilidade: zero. Fiz um rolo e olha, paciência. Será falta d' ovos? É que os ovos afofam as massas, não é. É. Eu às vezes finjo que percebo à brava da confeção de bolos e doces, mas a verdade é que me acontecem estas coisas que estou em crer que acontecem para me baixar os cornos. O forno há-de estar quase a apitar, quero dizer, a campainha do forno, trrrrrim, é isso, o forno é mudo, o exaustor não, estou a ouvi-lo daqui, quero dizer, o forno não é mudo, o forno faz barulho, o gás a ser queimado e isso assim, quero dizer, então assim o que faz barulho é o lume. Mau. Bom, ao menos que o bolo... quero dizer, eu já sei que o bolo é denso, pois, deu para perceber só com o segundo amasso, não é. É. Ao menos que dê para comer, vá lá, mesmo que só com um niquinho de prazer, hum.
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