Tenho de deixar a tristeza bater no fundo, não a impedir de me governar, a ver se a venço pelo cansaço e ela me larga da mão. Tenho de lhe irresistir, de a deixar estar, ainda que a luta me traga raiva, que me é necessária, ou então bem-vinda, sei lá, para ultrapassar estes estados depressivos, mas não, pois está-lhe agregada uma culpa que me enterra. E isto de bater no fundo tem uma enorme vantagem, a de ser impossível descer mais, portanto: o caminho é subir. Hoje subi uns quantos degraus e já respiro melhor.
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