Afinal há mais três posts do passado, mas estes vou escrevê-los, são do banco hater, vale a pena, ou por outra: o banco hater é-me precioso o suficiente para eu preferir escrever.
:::: Num dia estava eu sentada no banco hater, escrevendo coisas no bloquinho rudimentar para não ter de as memorizar, coisa que aliás faço muitas vezes, memorizo muito, mesmo muito, mas não desta vez, quando olho para o chão e vejo uma pedra. Oh, uma pedra! Há algum tempo que quero uma pedra diferente na minha vida, tinha até estipulado - pasme-se, eu a estipular, quando sei que a criatividade não quer nada com o prévio – que traria comigo uma pedra quadrada só para ser diferente da pedra da crua vermelha, que é triangular, e eis que vejo no chão uma pedra mais ou menos assim. Baixei-me para a apanhar e vi que era quadrada, sim senhores, parecia um cubo, sim senhores, mas era feia e tinha muitas irregularidades. Fiquei a rodar a pedra na mão, tentando decidir se, a, trazia, comigo, ou, então, não, e, trouxe-a, sim, senhores. Afinal ninguém é perfeito, ademais o acaso tinha sido mesmo um acaso, eu não estava à procura da pedra, eu estava escrevendo, de cabeça enfiada no bloquinho, mas como sou inquieta até no escrever, movi o olhar e dei com uma pedra que parece um cubo, mas irregular, imperfeito, sem lisuras, portanto é como eu. Arrecadei-a na mala.
:::: Assim que comecei a atravessar a praça vi que estava uma mulher sentada no banco hater. Comecei a falar para ela mentalmente: eh, ó 'miga, saia lá daí! Vá-se embora! Ela levantou-se e seguiu caminho. Por favor: acreditem em mim quando digo que sou repelente.
:::: Estava calor, nesse dia. Fiquei sentada no banco hater até sentir a pele dos braços queimada. Tinha um casaco vestido, portanto a pele estava tapada, mas o casaco era fininho, deixava entrar os raios solares e fiquei com manchas avermelhadas nos braços mas depois passou. Tudo, menos a dor.
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