segunda-feira, 30 de maio de 2016

Supermercado

No passado sábado, contrariamente ao hábito desta que escreve, agora sem caneta, ah ah, não fui ao supermercado porque tinha lá ido na quinta-feira antes, por ser feriado e coiso, só por dizer que acabou por acontecer a visita ao supermercado... No domingo, ah ah. Teve de ser. Nessa quinta-feira eu tinha uma promoção daquelas cujo código se encontrava na caixa de mensagens do meu telemóvel e, chegado o momento de descobrir o dito código, eis que me ponho a mexer no telemóvel. Ora bem, isso não tem nada que saber, não é. É. A gente acede e está acedido, não é. É. Mas o meu telemóvel anda parvo, e por parvo entenda-se lento, tanto assim que fui clicando e clicando, esperando e esperando, e num dos intervalos entre cliques e esperas, pousei o telemóvel ali assim junto a mim, avisando a senhora da caixa que o telemóvel anda parvo, ou seja: lento que se farta, e teria de repousar para abrir onde era para abrir e mais isto e mais aquilo, e que entretanto eu ia arrumando as comprinhas nos sacões e tal. Mas a senhora da caixa, indubitavelmente afoita, mas parva pra caraças, aqui o 'parva' é mesmo 'parva', não é 'lenta', como o meu telemóvel, agarra no meu telemóvel e põe-se a ver se sacava o que a gente as duas queria sacar, que eu até sei que a vida é curta e às vezes queremos despachar estas merdices para viver mais e melhor. Contudo, eu, com uma calma apenas aparente, reforcei o meu argumento, numa espécie de aviso, numa espécie de pedido: pois, mas não lhe mexa, é que ele assim fica ainda mais lento. A mulher não fez caso nenhum do que lhe dizia. Nenhum. Era como se o telemóvel fosse dela e eu nem sequer existisse. Claro que ao cabo dum tempo claramente infinito sob o meu ponto de vista, lá se apercebeu que estava a mexer no meu telemóvel, a ver o conteúdo do meu telemóvel, a ser abelhuda à brava. Credo, ainda me descobria todo um rol de fotos de gajos bons com a pila a ver-se, oh céus.
Suscito com mais frequência do que quero este tipo de reações por parte das pessoas, tiram-me as minhas coisas das mãos, certos de que não sei o que estou a fazer, que não tenho razão, que não conheço, que jamais resolverei. Mandava-os todos à merda, mas como não vêm ler o blogue não vale a pena.

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