Eu estava numa bomba de abastecimento, zanzando, de máquina fotográfica na mão, vestida ao rigor dos motards, mas não tão rigorosamente assim, que havia retirado o capacete, e zanzava e clicava, eu tiro fotografias a tudo, é um facto, quando um senhor me interpelou e gentilmente me convidou a tirar fotos aos bichinhos que ele levava na sua carripana. Espreitei e vi que eram bácoros. Coitadinhos, tão fofinhos e tão fedorentos. Tirei-lhes fotos mais para descansar o homem do que para outra coisa. O homem aproveitou para fazer publicidade do seu estabelecimento, obviamente trabalha com porcos e queria aliciar-me com o produto vivo, deu-me um cartãozinho e tudo. Este senhor desconhece, creio, como funciona a mente das pessoas citadinas, é que a gente não pode ver bichinhos vivos sabendo que alguém os vai degolar e a seguir os vamos comer, é demasiado para nós, 'migo. Sério. Bom, acho fantástica a facilidade que algumas pessoas têm em encetar conversa, seja com quem for, seja onde for, e neste caso com o propósito de publicitar o negócio e pronto. Fantástico. E agora ponho mas é para aqui uma foto, não é. Não. E é não porque nenhuma ficou bem.
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