Apanhei uma pena e uma folha do chão.
A pena veio de ao pé do portão gigante que encerra o pátio lisboeta mais encantador que vi até hoje – tem nas paredes laterais toda a sorte de bugigangas. Ora, se dentre essas, contam inúmeros chapéus, idealizei que a pena descera de um deles – Porque não? Porque sim. É azul, a pena, um azul de bebés.
A folha veio da avenida que é quente mesmo que o Inverno esteja penoso. Se é Inverno, a quentura, que é leve, está debaixo do frio, que é imenso. Se é Verão, a quentura está que não se aguenta. Por isso é que é raro ver-se gente a subir essa avenida às duas da tarde, principalmente se é Verão. Às vezes vou lá a essa hora, e se de Verão. Não é bem bem bem por gostar do calor queimando, é porque não está lá ninguém. Ah, a folha é castanha, manchada de vermelho muito escuro, a forma é arredondada e o tamanho é mais para o pequeno do que para o grande.
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