Posso entrar. Sempre. E encontro uma casa sombria e entupida de fotografias, livros, bibelôs e mais toda a sorte de bugigangas. Gosto da fila de sapatos e chinelos, alinhados com a banheira. É aliás a única visão de registo simples, no mais teria que passar dias lá dentro, explorando, olhando, retendo, concluindo, escrevendo. Olha, acabei de resumir o meu processo de escrita. Ah! E fi-lo de uma vez. Mas a casa da dona Genoveva é incrivelmente bela, que disso não se duvide. Só que o crivo é apertado, escorrem os assuntos devagar. Teria que lá viver alguns dias, é isso, é. Mas posso entrar, e sempre.
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