Cada vez que venho aqui sinto-me deslocada do lugar e das gentes. Não sou capaz de me fundir mas ao mesmo tempo para aqui ando, invisível. Nem sempre o burburinho me apavora mas alturas há em que luto constantemente contra o pavor. Não me conheço, não me distingo.
É sintoma de depressão, isso de se ter muito frio. Não sei se estou deprimida no sentido patológico, se apenas extremamente triste e exausta. E sono, oh se tenho sono. E eu que não durmo. Quero dizer: dormir, durmo, mas mal, sem descanso. Escrevo estas linhas sustentando o peso do sono. Quando acordar daqui, não vou achar jeito nenhum a isto.
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