quinta-feira, 12 de maio de 2016

Puré(s)

Assim como se faz puré de batata se pode fazer de abóbora. É muito bom. Muito.
Refoguei em azeite uma cebola e um talo de aipo picados. Juntei dois alhos esmagados e deixei estar um pouco. Mesmo pouco, é que o alho, queimando, jamais desaparecerá o seu amargo sabor da comida. Deitei a abóbora aos cubos, aqui não sei bem que quantidade mas a minha experiência diz-me que foi para aí meio quilo e... juntei caldo de legumes em pó. Isto do caldo em pó é estranho, bem sei, mas pronto. É que há um certo tipo de concentrados de sabor em cubos, um tanto ou quanto húmidos, e há também em pó, bem melhores para dosear, o que fez com que me virasse para esse tipo. Ora acontece que não uso tanto assim o pó de sabor e com o passar do tempo o granulado acabou por se unir, formando uma espécie de bolacha no fundo da embalagem.
Já agora junto um à-parte: a minha relação com os intensificadores de sabor (vou chamar-lhes antes assim) já foi mais próxima, daí ter-se-me secado aquele, dantes usava-os pra caraças mas entretanto acabei por apurar o meu cozinhar e deixei de lhes achar tanta piada. Por exemplo: um caldo de legumes, se bem feito, dipensa um intensificador de sabor.
Ora bem, então e agora? Agora é para dizer que parti a bolacha de sabor aos pedaços e deitei um no refogado de legumes. Deixei estar a refogar mais um bocado, a ver se não via o pedaço, o que significaria que se tinha desfeito pela ação do calor e da humidade, mas não vi, que ele lá continuou, estoicamente, aos rebolões no tacho. Entretanto achei que estava na hora de juntar água. Para fazer puré de abóbora teria obviamente que ser poucochinha. Neste momento não sei dizer a quantidade que juntei mas creio que não passou dos dois decilitros. O meu cozinhar é instintivo, como o de tanta gente, sei lá, uma pessoa pensa e faz e pensa e faz e pensa e faz. E não decora. Nada.
Olha, façam assim.
Ok, vá, assim como, ó Gina?!
Não sei, 'migos.
E cozeu durante...?
Sei lá, pá!
Olhem: cozeu e pronto, depois triturei tudo com a varinha mágica. Lembro, que já me estava a esquecer, que o uso do pedaço de intensificador de sabor dispensou a adição de sal. E o puré estava sublime. Mesmo. Façam. Só não sei explicar melhor do que isto... Ah, caril liga bem que se farta com abóbora, mas eu não lho pus, que o aipo deu-lhe um gosto extraordinário.

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