sexta-feira, 19 de outubro de 2018

O espevitar

Há uma frase, esta:
Sei. Porque tenho memória, sei.
… Que foi coisa que escarrapachei no estaminé há quase cinco anos e desde aí algumas pessoas comentaram. Como no último ano estou bem mais próxima desse mural (vou chamar-lhe assim), o dito aborrece-me. Bués. É que é ganda seca aquilo ali:
pumba, lê, pumba, ah pois é, eu fiz isto, pumba, mas por que raio me dei a este trabalho...?, pumba, valerá mesmo mesmo mesmo a pena registar as coisinhazinhas assim a modos que em definitivo?, pumba, mas eu vou ter que olhar pra esta merda o resto da vida?
Pronto, coisas tipo assim estas. Mas em certos dias isto acalma, pois acalma. O mural está assinado, Gina (olá o meu nome é Gina). Há dias, estava eu lá dentro a ver de umas coisas e ouvi o meu colega falar com alguém, demorando eu pouco a perceber que era acerca da frase e que pelos tons das vozes se tratava de um comentário apreciativo. No entre dos tantos, por o meu trabalho ser necessário ao prosseguimento do negócio (era uma cliente), o meu colega chamou: ó Gina! e eu apareci. Boa-tarde e mais isto e mais aquilo. A cliente disse «ah, Gina, eu vi ali Gina, então foi você que escreveu?»





Ai.






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