Tenho duas fantásticas questiúnculas, dois episódios, dois quês... duas diferenças, vá, acerca dos bichos-gato.
Aqui há dias, ao entrar em casa, ouvi um barulho diferente. Espreitei atrás do móvel da sala e lá estava ela, Karen. Ela e seu olhar assustado, contudo, altivo, mas também esperançado de eu não mexer muito na sua vida. Quando mexo na vida de Karen, é em poucochinho, o mais que faço, e que possa eventualmente perturbá-la um niquinho, é cumprimentá-la de longe. Só que este longe costuma ser o cimo do armário da cozinha e desta vez ela estava onde já referi. E por lá ficou durante todo o tempo de permanência desta que escreve, estranhamente. Em dada altura das minhas deambulações, ficou curiosa com a esfregona a-dar-a-dar e brincou com as franjas, esticando a patinha, tal e qual como o mano Kildo. Ó pá ca fofa!
Aqui há dias, quando o meu esquema estava naquela parte em que espero o chão da cozinha secar - porta da varanda abertinha, porta da cozinha fechadinha e tal, com Kildo do meu lado, que o malandreco não pode ir para a varanda porque é destravado - fui fazer outras coisas e mais não sei o quê, e comecei por ouvir uns sons muito altos e diferentes de tudo quanto já ouvira, tipo assim como se alguém batesse à porta. Os sons eram tão vigorosos que fui ver de onde vinham. Era então Mr. Kildo apoiado nas patas traseiras e dando empurrões com as patas dianteiras, daí aquela chinfrineira toda. Queria paparoca. Tódinho...
E pronto, era isto.
Mas há mais:
No mais das vezes, contudo, tem sido o de sempre – Kildo de roda de mim quando lhe desperto interesse, ou com momentos de repouso porque se farta de me seguir; Karen lá em cima, onde e com o olhar que já mencionei, ora encostada ao tubo do esquentador, ora espreitando interessadamente a pessoa que escreve neste blogue. E sempre, sempre sempre sempre, com aquele olhar.
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