De manhã pus-me a dançar e o Luís comentou que eu estava a abanar o esqueleto. Larguei a rir porque nunca essa expressão fez tanto sentido como agora. Depois refiz mentalmente a minha última eureka, ou epifania, a de que a chuva pode levar-me ao estado alegre, o que é contrário ao comum das, e nas, gentes. Mais: se está sol, parte-se do princípio que há que ter o coração alegre, e eu própria me junto à ideia comum, quanto mais não seja para não ser diferente, só por dizer que o sol não me alegra, eu é que me alegro porque sou eu que mando nesta porra toda.
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