Em tempos a minha sogra manteve a curiosidade de saber qual viria a ser a cor daquele prédio que estava em obras. Pois bem, hoje sabemos que é ocre, a cor da moda. A minha sogra morreu, logo: não vai ver ou saber de que cor está o prédio agora. Poderia agora ruir o mundo, ou mesmo o prédio – este, se no meu imaginário - mas não, primeiro porque recordo a minha sogra na mesma, segundo porque posso registar no blogue, terceiro porque as pessoas só morrem fisicamente. Ainda a propósito de a cor da moda ser o ocre, diz a rica filha que é uma cor de que toda a gente gosta, independentemente de estar, ou então não, na moda, por isso há uma adesão tão grande. Mais, ainda, a propósito da minha sogra, não podia haver melhor post para juntá-la com a rica filha, têm umas certas parecenças no rosto. Sim, têm, presente. Eu sei, eu sei. Já pensaram que a gente nunca mais vê quem morre mas quem morre também nunca mais nos vê? A minha mãe diz que não quer morrer porque nunca mais vai ver os seus.
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