Já é Natal no Banco da senhora mais carismática. Não é ainda Natal no Banco onde há agora uma senhora com mais ares de menina do que de senhora, e isto é uma observação positiva.
A senhora do Banco, a mais carismática, quando a cumprimentei com um bom-dia, respondeu que não estava a ter um dia nada bom. Rebati: 'mas eu estou a desejar-lhe um bom dia.' Ela reconsiderou: 'então eu devia ter-lhe respondido que bem preciso de um bom dia.' E eu: 'pois.' Ela queixou-se só mais um pedacinho: 'é que tenho passado a manhã toda a tapar buracos!' Não acrescentei à conversa o que pensei e que foi:
A Humanidade tem passado toda uma vida a tapar buracos, vamos das grandes obras de engenharia à procriação, e depois há o preenchimento de espaços, o que passa pelo uso de meros bibelots ou pelo encher do prato, do estômago. Quadros nas paredes. Sementeiras. Folhas de papel em branco. Blogues. Escrever para preencher o |meu| tempo.
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