domingo, 2 de janeiro de 2022

fui diarista por uns dias

Lisboa, 30 de Dezembro de 2021
{11:19}
Quando percebo que não tenho assunto, falo do estado do tempo – hoje está farrusco, acordou este dia assim. Posso adiantar os graminhas de Fim de Ano, os quais vão, indubitavelmente, estar presentes aquando do Ano Novo. Por estes dias de finais e começos vive-se na expectativa. Pelos dias disto e daquilo também. Mas os graminhas:
oitocentos e dez gramas de tomates
cento e vinte gramas de alhos
mil quatrocentos e cinco gramas de laranjas
novecentos e cinquenta e cinco gramas de maçãs
setecentos e cinquenta gramas de dióspiros
seiscentos e quarenta e cinco gramas de cogumelos
{11:32}
Isto é portanto um diário que construirei nos próximos dias. Pá, cenas. Deixo para o ano que vem alguns rascunhos que apontei este ano. Isso não é novidade nenhuma, desde quando não deixo rascunhos de um dia para o outro? Porque não deixá-los então de um ano para o outro, já que afinal é um segundo que os separa, né? Poi zé.
Ainda o estado tempo: ontem esteve um sol lindíssimo em Lisboa, achei até particularmente engraçado ver os bancos da praça mai linda cheios de gente, e feliz. Foi este momento que me fez surgir a vontade de fotografar a luz solar incidindo nas árvores da outra praça, a pasteurizada (foto).
{11:56}
Na última consulta a menina fée perguntou «2022 vai ser um ano mesmo bom! Não sente isso?» Quedei-me toda eu, devo ter feito a cara 'desculpem, desculpem'. Respondi que «Não.» e justifiquei: «Passei tantos anos a aceitar o mesmo que me é difícil sair daí.» Sou uma pessoa pouco interessada no futuro a longo prazo.
{12:21}
Capicua nas horas, iei! O sol abriu, iei! Sempre quero ver se nos dias a seguir me ponho com isto de registar o estado do tempo. Quem sabe. Quem sabe não quer saber, lá isso.
{12:31}
Tenho tantos mas tantos vídeos para gravar. Não me apetece. E já gravei. Um, apenas. E está uma merda porque não me apetecia gravá-lo. Até gravei dois, agora me lembro, um a dizer que há muito tempo que não gravo vídeos e que me sinto esquisita, id est: sou a mesma Gina mas numa vida diferente, explicando que este ano - 2021 – foi cheio de cortes, daí a esquisitice.

Loures, 31 de Dezembro de 2021
{9:42}
Ontem já não vim engordar este post, que auguro comprido e que, já ontem, augurava. Quando a pessoa tem tempo para escrever, tem, quando não tem, pois que.
{13:24}
Tenho o almoço no forno. É uma mistura de pizza com tarte e com almofada. Vi por aí nas netes uma receita que levava massa de bolacha por baixo, doce de ovos e amêndoas no meio e massa folhada por cima. Ora eu resolvi aproveitar a ideia mas em salgado. Então, o que pus no meio foi: molho de tomate, cogumelos, salmão e bacon. Esta é uma receita que grita por queijo, só por dizer que masqueceu completamente de lho colocar. Posso porventura guarnecer com queijo a fatia que me calhar. Como está quente, o queijo derrete. Fica o modo diferente, e o aspecto também, já o sabor não sei se diferirá assim tanto.
Ontem amandei-me práqui cu tempo, hoje amando-me cas comidas. Mas olhem que tenho uma coisinhazinha do tempo, e é de hoje. (vou ver a mistura de que falei aí atrás, está no forno e esqueci-me de pôr temporizador, ainda masqueço daquilo...)(já fui, ainda não está, pus três minutos no temporizador) Mas a coisinhazinha. Hoje, logo pela manhã, dei de caras com um céu cheio de viagens. Achei tão bonito, ficou desenhos mesmo giros no céu. Tirei uma foto mas não sei quando a vou publicar no blogue. Nem sei se publicarei. Gravei também um vídeo, dizendo que o céu está lindo e pâ pâ pâ, e que as viagens são imensas porque as pessoas vão de viagem neste dia, que é um dia especial. (está o temporizador a apitar, já venho)(já vim, mas, antes, desliguei o forno) Mas dizia eu que o dia é especial e este ainda é mais porque as pessoas andam todas aos testes e na iminência de não poderem viajar e mais não sei o quê.
{18:48}
O ano a acabar. O 2021, o chato, o que se montou inteiro na pandemia.
Gravei vídeos, isto para além do que já mencionei, achei giro ir gravando coisas de casa, comidas e assim. Já agrupei todos os clipes e publiquei no Youtube. Também os publiquei no Instagram mas foi por partes.
Hoje é sexta feira e foi dia de folga, não fui para o estaminé.

Loures, 1 de Janeiro de 2022
{15:08}
E chegou-se o ano. Novo. E bem novo ainda que ele é, pouco mais de quinze horas tem. Deitei-me quando tinha meia hora, mais ou menos. Não sou de grandes badaladas nocturnas, tampouco noctívaga, sendo que normalmente custa-me bastante ficar acordada para viver, acordada, a passagem de ano. Este ano até foi diferente porque estive entretida a ver um programa de televisão. Um daqueles feito com o propósito da passagem de ano e para, lá está, entreter as pessoas. Às vezes penso no entretenimento que produzo quando apresento coisas no blogue, seja lá o que for - texto, imagem - e sinto-me a mergulhar num vedetismo, presumindo que entretenho alguém. Enfim. Uma vez, lá bem longe no tempo, um leitor disse-me que eu era uma máquina de escrever e, uma outra leitora, uma locomotiva. Não sei porque me lembrei disto. Aliás: sei. Tenho uma foto tirada no ano passado, há coisa de duas ou três semanas, que retrata a máquina de escrever do sô Frederico. É uma máquina que por vezes o meu colega muda a fita. Não é a primeira vez que lá fica para a mudança e nem é a primeira vez que falo nesta máquina aqui no blogue (há link três linhas acima). Desta vez, o meu colega comentou que viu nas netes uma imagem com um puto a dar de caras com uma peça jurássica como esta e comentar em êxtase: «eia ca fixe! uma impressora que imprime directamente!» Que tempos estes, não?! Às vezes ponho-me atónita também eu, ou mesmo extática, vá, com a evolução - as voltas que o mundo deu, oh porra! e nem foi das de parar no mesmo sítio!
{20:09}
Olá a todos! Desejos de um bom ano para vocês. Há pouco vi nas netes alguém dizendo que se esqueceu de pedir coisas aquando da passagem do ano e que lamentava esse esquecimento. Pus-me a pensar se em algum momento da minha vida fiz o mesmo. Concluí que fiz, sim, quando jovem. Quando muito! jovem, aliás. Cedo percebi que quem me faz a vida boa é o próprio. Exceptuando algumas coisas, que obviamente se não controlam, tudo, que na verdade é quase tudo, está nas mãos do próprio obter. Na cabeça, aliás. Quase tudo nesta vida é uma questão de orientação, de procurar a melhor rota. Decerto não instruo ninguém mas conhecem aquela frase «não é o que te acontece é o que tu fazes com o que te acontece»? Então pronto, é isso.
De manhã fomos à praia do Estoril. Nos últimos dias a temperatura tem estado acima da média para a época, o que fez com que permanecer na praia fosse prazeroso. Se tivesse levado biquini tinha-me molhado um bocado, ou quase toda eu. Não, quase toda eu não, assim que sentisse a temperatura da água não deixaria que subisse muito, não. Sou uma friorenta da porra, eu.

Loures, 2 de Janeiro de 2022
{13:14}
Ai tantos doises nesta data também... E daqui por um mês, o que será? Mais doises ainda...? Ai.
O dia está farrusco. Pronto, aí está ela a debitar estados de tempo por mor de assunto nenhum ter. É que nem uma coisinhazinha, pá...
Não tarda ouço o toque do telefone a mandar-me reservar a aula de amanhã no Ginásio. É um toque militar. Quero dizer: escolhi um toque militar sem que contudo houvesse considerado o propósito das nuances militaristas, falo daquelas em que se segue regras sem pensar nada nada nada senão a obediência imediata. Já pus no blogue esta questão de ter um alarme para me lembrar de re (está a tocar... ah ah)(já reservei!) dizia eu: reservar a aula mas não me lembro se referi a questão musical. Não vou pesquisar. Não queria pesquisar mas pesquisei, está aqui, e não, não falei de militarismos nenhuns. Isso foi coisa notada mais tarde.
{18:03}
Bom, estou de saída deste post. Deixo a foto de que falei há dias, ou seja: aí acima, aos 31 de Dezembro, no pedaço das 13:24. É portanto uma foto do ano passado, pois é, e tenho mais, que surgirão proximamente, conto que amanhã. Logo que tenha essas publicadas, não tenho mais fotos de 2021 em rascunho. Estou cansada deste meu escrever de coisa nenhuma, preciso, e não é pouco, de achar importante aquilo que escrevo.

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