Dia Internacional da Mulher, hoje, 8 de março.
Acho bem ser lembrado o que já se fez por modo a igualar a mulher ao homem em termos de poder de decisão e direito à opinião, em âmbitos tão díspares como lar e profissão, já para não falar em questões políticas ou religiosas. Claro, a gente também pensa, também tem ideias, válidas e valiosas, só por dizer que têm um certo quê feminino, e isso também é claro, quando não a gente vai mas é pertencer à paneleiragem e com paneleiragem quero referir-me aos elementos femininos que querem, ou fazem por pensar, como os homens. Olhem, não façam isso, isso não.
Acho mal quando se exagera, hoje vai-se/vou ver muito por aí a distribuição de flores, bem como uma certa deferência nos cumprimentos habituais, isto só porque sou mulher e hoje é dia de comemorar o género que nasceu com ovários e não com testículos. São tudo coisas que não recusarei por conta da educação esmerada que me deu a minha mãe. Sim, a minha mãe, que eu faço parte daquela feliz geração que tinha as mamãs em casa a cuidar de nós e os papás a trabalhar no duro. O meu pai trabalhava mesmo no duro, era armador de ferro. O viaduto do Campo Grande, em Lisboa, tem vigas que foi ele que pôs lá. Não, não se veem, o betão tapou-as, mas estão lá e o meu pai foi um dos homens que. A barragem de Cabora Bassa, em Moçambique, tem também a mão do meu pai. E a minha mãe é mesmo a minha heroína, quero lá saber se esta afirmação é um lugar-comum.
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