segunda-feira, 7 de março de 2016

O meu caderno

Fiquei de falar, ou escrever, mais isso, acerca doutras coisinhas que encontrei naquele meu caderno escolar.
Para já, uma das páginas tem lá escrito




, o que me deixa perplexa, uma vez que eu era uma excelente aluna nesta disciplina. Claro que aquelas afirmações podem constar no caderno devido a etapas que seriam ultrapassadas assim que a turma aprendesse a multiplicar numerais decimais e a resolver problemas. Claro que podia ser uma espécie de puxões de orelhas aos meninos que não sabiam, ainda, solucionar essas questões e eu tive de escrever no meu caderno por conta da igualdade entre os seres vivos, não fosse algum ser vivo na sala, eu, destoar dos restantes e essas tretas. Claro que podiam ser meros lembretes, porém nada inocentes, que assim de repente aquilo ali em cima mais parece um atestado de burrice, mas pronto. Claro que podia ser, ainda, toda uma série de coisas. Não me lembro e como não me lembro, pumba e coiso, o serviço estacou.
Para continuar, falo agora da minha caligrafia, que era o máximo, sério, era mesmo, principalmente se comparada à dos dias d' hoje. Oh céus, a diferença é abismal, que caligrafia tão certinha e tão bonitinha eu tinha há trinta e cinco anos atrás... Noto-lhe contudo algumas variantes, nalgumas palavras ponho-me a inventar ás e éles e émes e énes, assim como que a imitar a letra de imprensa, vá. Mas não vingou em mim, esse tipo de caligrafia. Lembro-me, aqui sim, perfeitamente, de desistir de manuscrever com letra de imprensa, que piada teria aquilo, afinal? Não, isso não era, nem é, para mim. Então e os meus cês? Ó pá tóin xirú!




Tenho ainda mais coisinhas acerca do caderno, não vão já embora, por favor. Obrigada. Nas últimas páginas encontrei uma série de rabiscos...





… Que identifiquei imediatamente como tendo sido feitos pelas minhas sobrinhas, quando ainda eram umas criancinhas. A mais velha é a responsável pela página da esquerda, é que houve uma altura em que ela assinava tudo o que tivesse forma de livro... e também de caderno. A página da direita foi assinada pela mais nova, que fez um desenho e rubricou a obra e tudo.

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