Ando tão feita maluca que não sei que faça à minha vida.
A caneta que veio das férias está no fim, pois está sim senhores, e por conta de esta poder findar a qualquer momento, é um impasse, pronto, estou assim como que à espera do seu último fôlego, vá, então ando com uma outra que a substituirá aquando dessa ocasião. Ora acontece que o bolso da mala se descoseu, podendo assim desaparecer todo o material que o povoa e que inclui não só as duas canetas como o bloquinho rudimentar, tudo bem que em caso de desaparecimento não vão para longe, mas é lixado andar à pesca de coisas no fundo da mala, se para mais é por baixo do forro que anda esse peixe todo. Para não perder as canetas resolvi então prender-lhes a asinha da tampa no bloquinho e assim viajamos todos, uns mais contentes que outros. Ora então vai que não sei o que faça à minha vida porquê? Porque quero deixar um restinho de tinta na dita caneta para gastar nos escritos das férias, tema que aliás já contei no blogue, mas repito, portanto quero deixar uma pequeníssima quantidade para que a caneta termine lá e me dê tempo, e, a, grande, questão, é: quando. No fim deste mês? Daqui a um mês? Três ou quatro dias antes de partir?
A pedra da crua vermelha para ali andava, há dias, ainda, por enquanto nem vou vê-la, sei lá, ando num impasse, já tinha dito, bem sei, mas este é outro, quero muito que a levem para imaginar as mimalhices que lhe vão fazer, quero que nem lhe toquem, mais: quero que nem a vejam, para que fique guardada para mim. Quando lá voltar? Como me preparar para o seu desaparecimento? Quando a trazer comigo?
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