quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Escrever não me faz sono nenhum

Ando sem saber como fazer os filmes no canal. Estou a filmar-me a escrever, outra vez. Vou aqui especificar o que conto fazer: um filme que se chamará 'Gina, escreve!' mostrando esta que escreve, escrevendo em vários lugares e não só nas férias. Pô-los-ei também na compilação de vídeos das férias. Acho que vai ficar giro. Estou a filmar-me, já disse. Pois estou. Acho que no fim das linhas, a pedra da crua vermelha, a qual resolvi colocar em cima da mesa e, por junto, duas pedras que já recolhi do Mediterrâneo.

São não sei que horas, mas vá, estou a filmar-me neste momento, o que estou para aqui a registar vai ser transcrito para o blogue. Bom, na verdade não sei se vai, que eu tenho sempre dúvidas: e se e se e se. Seja lá como for, estou a filmar-me. Mudei de posição, tracei a perna. Eh pá, às tantas fico demasiado exposta. Tenho dúvidas que fique bem.
Há uma gaita lá fora, não sei que é aquilo, será um realejo? No filme vai-se ouvir. Oh céus.

Cá estou, óié! Tanto ponto de exclamação, tanta treta escrita, registada para a posteridade, óié.
(estou a filmar-me, ah ah)
Há pouco estava a pensar que há pouca coisa tão inglória e infrutífera como isto de registar memórias. Eh pá, a sério, mas quem vai ler isto?! Pouquíssimas pessoas. Para já, as que me conhecem e amam deverão deixar passar algum tempo (parei a filmagem aqui) até que tenham coragem de ler os meus diários e os meus blogues, falo de quando morrer. Pois. Quando eu morrer os entes terão de conseguir ter a dor suavizada ao menos um pouco, por ação do tempo, esse milagroso, até que consigam 'ouvir-me' sem sofrer muito. E isso demorará imenso tempo, será tanto que dificilmente se sentirão capazes de me 'ouvir' algum dia. É então infrutífero. E inglório. Pois. Bem, espera lá, inglório talvez não, que quando alguém morre é automaticamente promovido a boa pessoa, mesmo que no fundo.

Este textozinho é para fazer um filmezinho que constará nas segundas-feiras de julho, grupo que ando a compor para ir para o ar um pedacinho de cada uma das segundas-feiras de julho... ah, pois é, já dava para perceber... Adiante.
Então pronto, estou a escrever sem pensar muito, o costume, aliás, e estou mas é a fazer um filme... eh pá... pronto, assim como que patetinha, que é para rimar com textozinho e filmezinho e outras coisinhas da minha vidinha, tanto às segundas como às terças e afora. Pois.
Bom, vamos mas é embora, que isto de escrever assim não dá lá muita pica, não.

pipiri pipiri, ah e tal estou aqui a fazer a figura escrevente outra vez e coiso, agora que raio vou pôr eu aqui e tal, há uma senhora lá fora falando e falando e falando, a conversa é queixosa, lálálá, quer morrer até ao inverno, que não quer passar mais dias de frio, acho eu, a dignidade, diz ela, deus me dê um motivo para cantar, diz ela, olha, sabe-lhe bem falar com ele, mas o gajo nem se ouve,

Ah e tal e coiso, vou mas é escrever no teclado com o teclado a ver-se e o camandro. Muitas vezes digitei o 'e' e o 'ah', aquando deste escrever assim, repentino e impreciso...

Coisas diferentes, ah coisas diferentes, eu a escrever coisas diferentes, ah ah. Que dia, não? Ainda agora começou e já me sinto queixar por dentro. Ecos. Que não vocalizo, sequer digito. Oh. Lamentos. Se bem que me esteja a queixar, agora, mas é tão subtil, a queixa, que nem chega a nada. Marca da casa. Marca da cabeça. Marca na cabeça. Não rio. Não tenho graça. Não me acho sempre graça, muito embora me ache em certos tempos da minha vida.

coisas diferentes, ah, coisas diferentes, nem sempre me acho graça e já me estou a lamentar, ah e que raio pus eu mais aqui, ah pois foi, pus a subtileza, pois foi, que coisa espectacular, nunca sei se é espectacular ou espetacular, oh, oh, olha, olha eu a lamentar, o oh a rimar com o olhar, mas assim logo de chofre e mais não sei o quê

cão maluco, cão maluco
quem me dera o teu voar
ah e tal estou a escrever nos papelinhos
e o cão maluco é maluco e incrível
mudei de posição
tento endireitar-me e blás
aponta, aponta, aponta

Escrevo agora no quarto em obras de melhoramento. É melhoramento ou melhoração? Hum. Melhoramento. Aprimoramento. Âpegreide, ah ah.





Gina Escreve, antes de mais eu a escrever no estaminé, depois os restantes. Entre os clipes colocar um outro separador a anunciar: olha eu a escrever no estaminé, olha eu a escrever na piscina, etc. As músicas a colocar serão clássicas, pelo bem que fica. Entretanto, pôr-me defronte da lente sóni, a debitar ideias sobre letras que montam frases e sinais que as harmonizam. Vulgo texto & pontuação, portanto. E agora... É para dizer que já está. Mas nada disso, não esta nada assim no vídeo acima, geralmente, eu e as minhas ideias, somos montes de inconstantes. E rebeldes.

2 comentários:

  1. sabes o que me ocorreu, Gina?

    1. Que ias ensinar o teu cão (cadela, certo?) a escrever.
    2. Em não tendo para já meios para isso, notei nela uma vontadezinha de se chegar à câmara (foi cheirá-la)... hã?
    3. A trabalheira que te deve ter dado fazer este vídeo. Mas ficou tão bom de se ver.

    :-)

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  2. 1: ah ah
    2: foi cheirá-la, sim, infelizmente essa parte não se vê
    3: pois deu, Susana, e esperei imenso até estar construído, às vezes tenho de ter cá uma paciência... mas vale a pena

    :)

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