Boa tarde. São quinze e cinquenta e três.
Este sábado o mais estranho que tem é não ter sido preciso ir ao supermercado. Não gosto nada de vírgulas, é um facto. Ou são-me indiferentes. Ou não me são indiferentes. Ora bem, dá véro, o que aconteceu dá véro para não ter ido ao supermercado é o facto de ter cozinhado mais... ai perdão, menos, é assim há anos, no verão. Sei lá, menos frio, menos fome, mais tempo para passear, apetite para passear.
De manhã estive entretida com a têvê. Ando a visionar os programas de culinária que já tinha visionado. Sim, isso. É que quando encontro alguma receita que quero experimentar, para ali fica, esperando. Entretanto encontrei alguns programas encetados, dos quais já retirei receitas, e vai que para ali ficaram na mesma. Eliminei-os todos. Todos. Alguns foram gravados em março, vejam lá. Os programas só se mantêm na box durante seis meses. Entretanto vi outros programas que ainda não tinha visto e já tenho uma confeção em espera, trata-se dum bolo-tarte de laranja. Hum, deve ser mesmo bom. A gente não pode é pôr as partes brancas da laranja, nenhumas, mesmo, é que nem as membranas que envolvem os gomos. Nada. Um dia.
Não fiz ainda a tarte de amêndoa que pensei fazer este fim-de-semana e inclusive fiz post a divulgar o plano, mas não deu, ainda.
Agora o que acontece é que é noite não tarda. São dezoito e dezanove, agora. Hum, a bem dizer ainda falta um bom bocado para anoitecer, mas pronto. Estou para aqui fartinha de editar vídeos. Tenho sempre uma catrefada deles para montar ao fim-de-semana.
Na próxima quarta-feira estarei de férias, logo seria de julgar que teria tempo para isto dos vídeos. Mas não. é que vou a uma festa.
Vinte e dezassete. Sozinha em casa, ainda.
Aqui há dias vi o pedaço dum filme - de que não recordo o título - na têvê que me impressionou. Tratava-se dalguém que queira matar alguém e, quando se decidiu a tal, eis que se sentiu revigorar, acordou bem-disposto à brava, cheio de planos, feliz, em suma: com mesma atitude e postura que eu tenho, por exemplo, quando decido que amanhã vou levar aquele vestido. Notei também que as cenas de rua foram feitas num lindo dia de sol, e via-se o personagem todo entusiasmado com a sua vida normal, convivendo com colegas e vizinhos, debaixo dum sol resplandecente. Nas cenas que vi, que foram pouquíssimas, o que me importou não foi um homem querer matar um homem e engendrar planos que o levassem ao horripilante ato, o que me importou foi o sol combinando com o estado feliz e decidido do personagem.
Vinte e uma e vinte e nove.
Vinte e duas e trinta e dois.
Vinte e três e vinte e três. Vim de passear a cadela. Vi ali assim um pombo morto que (julgo eu) pertence à asa de pombo que vi ali assim no passeio das sete.
Vou-me deitar porque amanhã tenho que me erguer da cama às sete para ir ao supermercado. Não demorei nada de tempo no passeio da noite, não é meu costume fazê-lo sozinha. Ali assim vi, também, uma pata de galinha. No ar há cheiro de fumo, a sirene dos Bombeiros tocou não há muito tempo e, antes, a cadela vomitou. Tenho uma vida incrível.
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